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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Decisões morais variam conforme situação

O senso de certo ou errado de uma pessoa varia dependendo da atividade que ela está realizando no momento em que considera uma questão. E isto é feito de forma inconsciente, sem que as pessoas estejam cientes da mudança de sua própria integridade moral.

Esta é a conclusão de um estudo da Universidade Estadual de Oregon, nos EUA, que teve por foco entender por que as pessoas tomam decisões consideradas éticas ou antiéticas.

O estudo envolveu profissionais com dois empregos, engenheiros que trabalham também como gerentes e médicos que também são militares.

Os resultados, que serão publicados no periódico The Academy of Management Journal, mostraram que os engenheiros têm uma perspectiva sobre as questões éticas, mas sua “bússola moral” muda assim que eles assumem a função de gestão.

Da mesma forma, médicos/soldados têm visões diferentes sobre vítimas civis, dependendo se acabaram de sair do seu consultório médico ou se estão vindo de uma atividade puramente militar.

Keith Leavitt, principal autor do estudo, afirma que os trabalhadores que têm um papel duplo em seus empregos mudam seus julgamentos morais com base no que eles acreditam que é esperado deles em cada momento.

“O que nós consideramos como sendo moral algumas vezes depende da plateia para a qual estamos falando naquele momento”, diz Leavitt. “Para um médico, uma vida humana não tem preço. Mas se este mesmo médico é um administrador de um hospital, é necessário um certo grau de flexibilidade moral para cumprir suas obrigações com os acionistas.”

Segundo o autor, as pessoas gostam de pensar que são criaturas morais – você tem caráter ou você não tem caráter. “Mas nossos estudos mostram que a mesma pessoa pode tomar uma decisão completamente diferente baseada no papel que está desenvolvendo no momento, muitas vezes sem sequer se dar conta disso.”

E como evitar que a função leve os profissionais a tomarem atitudes antiéticas?

Segundo o pesquisador, podem ser usados desde o treinamento explícito, fazendo com que os profissionais tornem-se conscientes dessas “trocas de bússola”, até sinalizações bem mais sutis, como quadros e mensagens nas paredes.

“As organizações e as empresas precisam reconhecer que imagens sutis podem dar aos colaboradores pistas inconscientes sobre os valores da empresa”, explica. Para os profissionais, o recado é mais direto: faça tudo de forma consciente. ”Nós descobrimos que as pessoas tendem a tomar decisões que podem conflitar com sua moral quando estão sobrecarregadas ou quando estão apenas fazendo as tarefas de forma rotineira, sem pensar nas consequências”, diz Leavitt. “Assim, a regra é: acalme-se e pense nas consequências quando tomar uma decisão ética”, finaliza.

Fonte O que eu tenho

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