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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Estresse pós-traumático: o medo que não vai embora

Relembrar uma situação traumática durante muito tempo, ter pesadelos, sentir-se em perigo constante, evitar lugares ou pessoas relacionadas ao evento. Uma pessoa que passou por um evento traumatizante onde o risco à própria vida foi intenso, pode muitas vezes desenvolver o chamado “estresse pós-traumático”.

“O trauma causado pelo fato de estar muito perto da morte é um desencadeador do desenvolvimento desse transtorno psíquico. Dependendo de como a pessoa vivenciou aquela determinada situação, isso pode levar um indivíduo a esse estado de medo e ansiedade constante”, aponta Felipe Corchs, psiquiatra da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e consultor científico da  Aporta (Associação dos Portadores de Transtorno de Ansiedade).

O sentimento intenso durante mais de um mês, re-experimentando o trauma, em constante estado hiperalerta (sempre estar preparado para o perigo) e evitando os cenários relacionados com a situação (ruas, locais ou mesmo pessoas e objetos) são alguns dos fatores que precisam ser observados nos indivíduos que possam estar desenvolvendo esse transtorno.

É interessante observar também que o estresse pós-traumático se diferencia dos demais transtornos de ansiedade, e da maioria dos transtornos mentais, por ser causado a partir de um fator externo.

“Não somente casos de sequestro e assaltos – onde o risco de vida fica evidente – mas também em casos onde o indivíduo sofreu um infarto, pode haver o risco do desenvolvimento do estresse pós-traumático. Ficar próximo à morte é algo aterrador” diz Corchs, lembrando que as mulheres são o público mais sensível para desenvolver o transtorno. “Não se sabe os fatores exatos que levam a isso – podem ser vários – mas o número de casos em mulheres são próximos do dobro dos casos entre homens”, observa Felipe.

Entre diversos fatores que levam o público feminino a ter maior propensão a desenvolver esse tipo de estado psíquico está o fato delas serem, normalmente, mais sensíveis a transtornos como a depressão e ansiedade.

Violência impacta mais as mulheres
Além disso, as situações de violência impactam mais fortemente nas mulheres. No caso de assalto ou sequestro a possibilidade do estupro pode estar presente, o que faz com que a violência desses eventos sejam amplificados.

Caso esse tipo de transtorno não seja tratado, pode haver uma evolução do caso. As pessoas podem desenvolver fobias, deixar de sair de casa ou de trabalhar por medo ou entrar em um processo de depressão profunda.

O tratamento desses casos inclui o acompanhamento psicoterápico, mas também pode haver necessidade de intervenção medicamentosa.

Fonte O que eu tenho

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