Não é novidade que ingerir alimentos ricos em gorduras “ruins” –
como a gordura trans e as saturadas – não é bom para a saúde do coração.
Uma pesquisa recente aponta, agora, que o mesmo pode valer para a saúde
do cérebro.
De acordo com os pesquisadores do Centro de Pesquisas Médicas e Saúde
da Mulher de Bringham, a ingestão das chamadas gorduras saturadas, em
especial, estão associadas a uma piora no declínico cognitivo no longo
prazo, e consequetemente, aumentam o risco de demência senil. Da mesma
forma, as gorduras “boas” como as monoinsaturadas – encontrada no azeite
e nas nozes, por exemplo – ajudam a manter a saúde neuronal.
Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico Annals of Neurology,
e partiram de análises dos dados colhidos em mais de seis mil mulheres
com média de 65 anos. Todas elas eram avaliadas para variações na
cognição durante o tempo da pesquisa (foram quatro anos coletando as
informações).
“Quando observamos um declínio cognitivo nessas mulheres, a
quantidade era menos importante do que a qualidade da gordura ingerida”,
explica Olivia Okereke, uma das autoras do estudo que explica que
mulheres cuja alimentação diária inclui as gorduras “ruins”, têm os
piores resultados nos testes cognitivos com o passar do tempo.
“Nossa pesquisa tem uma grande importância para a saúde pública. A
simples substituição de um padrão alimentar no tocante ao consumo de
gorduras pode modificar ou prevenir o declínio cognitivo, como problemas
de memória, por exemplo”, diz a pesquisadora.
Estratégias para proteger a saúde cerebral de idosos, lembra Okereke,
são importantes, especialmente se protegerem contra problemas mais
sérios, como a demência senil que pode contribuir para o avanço do
Alzheimer.
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