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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sob risco de fechar, clínica de aborto no Mississippi tem busca acima do normal


NYT
Ativistas contrários ao aborto protestam em
frente à clínica de Diane Derzis
Projeto de lei, que exige obstetras e ginecologistas com privilégios em hospitais locais para realizar abortos, pode fazer com que Estado seja o único dos EUA sem clínicas do tipo

Os telefones não paravam de tocar na única clínica de aborto no Mississippi na segunda-feira de 2 de julho. As recepcionistas diziam a dezenas de jovens que ligavam desesperadas que elas ainda poderiam consultar um médico sobre uma gravidez indesejada. Mas elas teriam de vir até a clínica o mais rápido possível.

A clínica, a Organização de Jackson para a Saúde da Mulher, estava tendo de lidar com um prazo. Ela seria fechada naquele mesmo dia, pois não estava em conformidade com uma nova lei estadual que exige que os médicos que realizam abortos sejam obstetras e ginecologistas com privilégios em hospitais locais.

No entanto, no domingo de 1º de julho, um juiz federal bloqueou temporariamente a mudança e marcou uma nova audiência que deve acontecer em 11 dias. Se a clínica tivesse sido forçada a fechar, Mississippi se tornaria o único Estado sem nenhuma clínica de aborto nos EUA. Isso seria motivo de comemoração para ativistas contrários ao aborto que se reúnem diariamente diante da clínica para cantar hinos, recitar versículos da Bíblia e tentar dissuadir as mulheres de prosseguirem com os abortos.

Mas também levou muitas mulheres de todo Mississippi a decidir abortar. Os três médicos da clínica normalmente realizam cerca de 40 abortos por semana, mas eles passaram a receber mais de 100 pacientes em um dia na semana passada. Dois dos médicos vivem fora do Estado e precisarão usar um avião para realizar abortos nos próximos, disse a proprietária da clínica Diane Derzis.

Em abril, o Mississippi se tornou o décimo Estado a aprovar uma lei que obriga os médicos que realizam abortos a ter privilégios hospitalares. O projeto de lei foi criado pelo republicano Sam Mims, que afirma que existem dois objetivos para ela: reduzir o número de abortos no Mississippi e garantir que eles sejam realizados por médicos devidamente treinados que poderiam levar as mulheres para um hospital caso aconteça algum imprevisto ou emergência.

Política
Grupos que defendem o direito ao aborto dizem que a lei é motivada por política e não pela ciência. O Centro de Direitos Reprodutivos, que contestou a lei do Mississippi no tribunal, disse que a lei federal já exige que os hospitais recebam pacientes de aborto em casos de emergência.

O Mississippi tem várias outras leis que também restringem o aborto. Ela exige que as mulheres menores de 18 anos tenham de ter a permissão dos pais para fazer um aborto e exige que todas as mulheres aguardem 24 horas e vejam um ultrassom do feto antes de realizar o procedimento.

Houveram 2.297 abortos realizados no Mississippi em 2010, segundo o Departamento de Saúde do Estado. Os médicos que realizam menos de 10 abortos por mês não estão sujeitos às mesmas regulamentações que as clínicas. Mas não há registros de quantos médicos desse tipo existem no Estado.

Fonte iG

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