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sábado, 1 de setembro de 2012

Nos EUA, restaurantes eliminam saleiros deixando clientes sem opção

Críticos dizem que medida é exagero e que decisão sobre o quanto de sal será consumido deve ser individual

Na semana passada, a Boston Market, cadeia nacional de restaurantes de frango de rotisserie, tirou os saleiros das mesas, substituindo-os por pequenos cartazes que promovem o interesse da empresa na redução do consumo de sódio.

Como estratégia de marketing, foi algo inteligente, rendendo mais publicidade grátis para a franquia de 476 restaurantes do que o popular macarrão com queijo vendido neles. Como uma medida de saúde, no entanto, provavelmente não fez mais do que alimentar o longo debate sobre a necessidade de limitar o consumo de sal para pessoas que têm pressão arterial elevada .

"Estamos removendo a tentação de colocar sal na comida imediatamente antes de saboreá-la", disse George Michel, chefe-executivo da Boston Market.

"Como parte de nossa responsabilidade social e promessa de servir alimentos saudáveis, queríamos dar um passo ousado como este."

Críticos disseram que as precauções estão se antecipando à ciência. Ao contrário do álcool, do tabaco e outras substâncias prejudiciais à saúde, o sódio continua a ser um tema de debate entre os pesquisadores.

Não há evidências de que pessoas comuns – aquelas que não são hipertensas – precisam de menos sódio, disseram os críticos, e o pouco consumo deste nutriente pode ser tão perigoso quanto o excesso.

"A ciência não suporta um esforço para reduzir o sódio em pessoas que comem em torno de 3 1/2 gramas de sódio por dia, que é a maioria dos americanos", disse Michael H. Alderman, editor do Jornal Americano da Hipertensão.

"No entanto, aqui estamos fazendo coisas apenas no nome das Relações Públicas. Saleiros são responsáveis por apenas cerca de 10% do consumo de sal de uma pessoa. Eu não acho que isso seja eticamente justificavél."

Do outro lado estão os defensores da saúde pública – mais notavelmente o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, com um forte apoio da administração do prefeito Michael R. Bloomberg, em Nova York.

"Existem provas conclusivas de que dietas com altas quantias de sal levam a hipertensão", disse Michael F. Jacobson, diretor executivo do Centro para a Ciência no Interesse Público e um porta-bandeira anti-sal ", e existem provas conclusivas de que hipertensão aumenta o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral . "

Alguns clientes da Boston Market pareciam bem frustrados com a situação.

"É como se estivéssemos tomando um tapa na mão", disse Sandra Otero, que estava comendo em uma das franquias da Boston Market, em Nova York na semana passada.

"Eu não como sal porque entendo os benefícios que isso traz para minha saúde. Mas ainda acho que deveria ter autonomia para fazer essa escolha sozinha."

Fonte iG

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