Médicos reivindicam remuneração por ficar à disposição de pacientes
A cobrança da disponibilidade médica pelo obstetra – o sobreaviso – será o tema
central de fórum que debate o exercício da profissão e tem encontro marcado para
a manhã deste sábado no Auditório da Amrigs, em Porto Alegre.
Os médicos alegam que os partos, por não terem hora para acontecer, exigem que fiquem à disposição das pacientes.
Liderada pela Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (Sogirgs), a discussão parte do pressuposto de que, quando fica disponível para atender um parto, é como se o médico estivesse trabalhando e, por isso, precisa ser remunerado.
— Uma gravidez dura 40 semanas, mas o bebê pode nascer a partir das 37ª semana. Temos que estar disponíveis durante esse tempo todo, por isso queremos ser melhor remunerados — afirma o presidente da entidade, Flávio da Costa Vieira.
A questão, que já foi discutida pelos conselhos regionais de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, chegou ao Conselho Federal de Medicina e aguarda posição oficial. Hoje, a entidade prevê que o sobreaviso é uma atividade regularizada e remunerada, porém não é o caso da disponibilidade para o parto.
Representantes de hospitais participam do fórum neste sábado
O evento conta com palestras do diretor de Defesa Profissional da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Hélcio Bertolozzi Soares, e do presidente da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), Marcelo Lopes Cançado.
Reunindo mais de cem profissionais do Estado, sendo a maior parte de Caxias do Sul, Pelotas, Passo Fundo e Alegrete, o fórum terá a presença de representantes dos principais hospitais da Capital e das entidades de classe – Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), Conselho Regional de Medicina (CRM) e Sindicato Médico do Estado (Simers).
Fonte Zero Hora
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