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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Adesivo com microagulhas pode substituir vacinas convencionais contra sarampo

Comparação entre conjunto de agulhas hipodérmicas com microagulhas utilizadas para administrar a vacina do sarampo
Foto: Gary Meek/Georgia Tech
Comparação entre conjunto de agulhas hipodérmicas com microagulhas
utilizadas para administrar a vacina do sarampo
Imunização permanece eficaz durante pelo menos 30 dias e pode eliminar gastos de transporte e conservação de agulhas hipodérmicas
 
Cientistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA, descobriram que a vacina contra sarampo dada por meio de adesivos de microagulhas indolores e de fácil administração oferece imunidade tão eficaz quanto a fornecida por via subcutânea.
 
O estudo, que utilizou uma técnica para estabilizar a vacina do sarampo, mostrou que a imunização permaneceu eficaz durante pelo menos 30 dias após ter sido dada por meio das microagulhas.
 
Os resultados mostraram que a vacina foi rapidamente liberada na pele e capaz de induzir uma resposta imune potente em um modelo animal.
 
A equipe acredita que a técnica de microagulhas pode fornecer uma nova ferramenta para programas internacionais de imunização contra o sarampo, que matou cerca de 140 mil crianças em 2010.
 
"Mostramos neste estudo que vacina contra o sarampo entregue usando as microagulhas produziu uma resposta imune muito semelhante com a resposta produzida quando a vacina é fornecida por via subcutânea", afirma o autor Chris Edens.
 
Programas atuais de vacinação contra o sarampo usam agulhas hipodérmicas convencionais para entregar o vírus inativado. Grandes programas de imunização globais, no entanto, necessitam de apoio logístico significativo, pois a vacina tem de ser mantida refrigerada.
 
Como exige uma injeção de agulha hipodérmica, programas de imunização devem ser realizados por pessoal médico qualificado. Finalmente, agulhas e seringas usadas devem ser descartadas adequadamente para evitar a transmissão da doença ou a reutilização.
 
O uso de microagulhas adesivas poderia eliminar a necessidade de transporte de agulhas, seringas e água estéril, reduzindo as exigências logísticas.
 
A vacinação pode ser feita por pessoal com menos formação médica, que vão simplesmente aplicar os adesivos na pele e removê-los depois de alguns minutos.
 
A equipe agora está trabalhando para melhorar a estabilidade da vacina com o objetivo de eliminar a necessidade de refrigeração. Eles também estão estudando o uso de microagulhas a base de polímero que seriam totalmente dissolúveis na pele, eliminando a necessidade de descarte em lixos.
 
A vacina ainda precisa ser avaliada quanto à segurança e eficácia em um modelo de primata não humano e em vários ensaios clínicos antes de poder ser utilizada na prática clínica em humanos.
 
 
Fonte isaude.net

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