
Durante o evento, foram distribuídos folhetos informativos sobre a doença
para explicar o que é a próstata, fatores de risco, prevenção, diagnóstico e
sintomas. De acordo com a coordenadora de Instituto de Projetos do Instituto
Lado a Lado pela Vida, Denise Blaques, a campanha pretende chamar a atenção dos
homens para a importância do exame de toque retal.
A próstata é uma glândula do tamanho de uma castanha que só o homem tem e
está localizada na parte baixa do abdômen, logo abaixo da bexiga, à frente do
reto. Como os outros exames não conseguem chegar até a região, com o toque o
médico é possível sentir se há algum aumento, anomalia ou endurecimento da
região.
“O instituto detectou que o preconceito do homem em ir ao médico continua
muito forte. No caso do câncer de próstata é necessário que o homem consulte um
urologista e faça o exame de sangue PSA, além do toque retal. Só com esses dois
exames o médico consegue avaliar se a próstata está saudável ou não”, disse
Denise Blaques.
Ela explicou que os principais sintomas são dificuldade para urinar, pouca
urina, dor ao ejacular, dor nos ossos e sangue na urina ou no sêmen. Entretanto,
muitos homens não apresentam sintomas, o que acaba dando a ilusão de que está
tudo em ordem e assim afastando-o do médico. “Geralmente quando a doença
apresenta os sintomas já está em estágio avançado, ficando mais difícil reverter
a situação e dar maior sobrevida ao paciente”, disse.
O indicado é que a partir dos 50 anos o homem procure atendimento específico
e faça todos os exames, ou aos 45 se houver histórico de câncer na família. “O
exame é rápido e indolor. O único caminho é se conscientizar, não ter
preconceito e cuidar da saúde. A proposta do instituto é continuar insistindo na
importância da informação”. Denise ressaltou que dados do Inca apontam que além
da faixa etária e do histórico familiar, os negros também apresentam maior
incidência da doença.
O tratamento depende da avaliação da doença, variando de pessoa para pessoa e
podendo chegar até à retirada total da glândula. “Pode haver algumas sequelas,
mas nada que não possa ser corrigido com medicamentos existentes no mercado. O
ideal é diagnosticar o mais cedo possível. Se detectado em estágio bem inicial,
há chances de cura de 90%”. A visita ao urologista deve ser anual.
O ajudante Erivaldo Dias Tavares, de 40 anos, contou que nunca fez o exame,
mas pretende começar a fazê-lo devido a sua idade. Ele contou que conheceu
pessoas que sofreram com a doença e por isso aprendeu que é preciso ter atenção
com a próstata. “A doença é terrível, muitas dores, dificuldade para andar. E
eu, vendo isso, pensei que quando chegasse na idade iria começar a me prevenir.
Tenho um tio que faleceu há uma semana por não fazer o exame e quando descobriu
já estava muito avançado”.
Aos 68 anos, o marmorista Adalberto Francisco Gualberto, disse que tentou
fazer o exame em uma ocasião, mas não foi possível e ele acabou não voltando ao
posto de saúde. Mas ele reforçou que está com pressa para voltar ao posto e
agendar seu exame. “Eu não tenho preconceito e acho muito importante fazer o
exame. Tenho medo da doença, apesar de não ter tido ninguém na família que teve
câncer. Mas como se fala muito, vou fazer a prevenção”, disse.
Fonte Agência Brasil
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