Dissertação de mestrado do biólogo Luiz Fernando Possignolo, desenvolvida na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade de Campinas, mostrou que a dieta materna rica em gorduras para roedores, durante períodos críticos do desenvolvimento da prole, levou os filhotes a terem alterações metabólicas na vida adulta.
Segundo a edição atual (12 de novembro de 2012 a 25 de novembro de 2012) do Jornal da Unicamp, eles apresentaram resistência à insulina, hipertensão e alterações na expressão de proteínas ligadas ao transporte de colesterol e à via inflamatória.
"Apesar dos experimentos serem feitos com animais, existem estudos na literatura avaliando mulheres com alterações de dieta que já demonstram doenças metabólicas e que poderão levar efeitos sobre os filhos", diz o texto. E foi essa alteração que sugeriu a pesquisa ainda preliminar que teve a orientação do docente da FCM José Antonio Rocha Gontijo e também da pesquisadora Adrianne Palanch.
De acordo com Possignolo, o período crítico ocorre na gestação pelo fato de o feto se desenvolver pelos estímulos da mãe, que lhe dá uma ideia prévia do ambiente lá de fora para, quando nascer, estar preparado para essa vida.
A isso chamamos programação fetal. Essa dinâmica criaria no feto condições metabólicas, funcionais e morfológicas diferentes dos filhotes de roedores cujas mães tiveram uma dieta saudável, acrescentou.
Fonte R7
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