
Pesquisadores do Centre national de la recherche scientifique (CNRS), na França, descobriram que as picadas de abelhas domésticas (Apis melífera) contém um anestésico natural conhecido como 2-heptanona (2-H).
A descoberta vai permitir que 2-H seja produzido comercialmente como um anestésico local, que oferece vantagem adicional de baixa toxicidade para os seres humanos e animais.
Várias hipóteses têm sido feitas sobre a função de 2-heptanona (2-H), composto presente em muitos alimentos naturais e em insetos, mas suas propriedades anestésicas eram desconhecidas.
Os resultados agora mostram que 2-H, secretado pelas glândulas da mandíbula das abelhas, pode paralisar pequenos artrópodes picados pelas abelhas, por até nove minutos.
Como uma cobra, a abelha pode usar suas mandíbulas para morder um inimigo e secretar a substância na ferida, paralisando-a. As abelhas podem então retirar o intruso de seu ninho.
Esta abordagem é particularmente eficiente contra os predadores e parasitas que são pequenos demais para serem picados e mortos com veneno. Mas este anestésico, que ajuda a repelir as pragas que atacam as colônias das abelhas também tem um enorme potencial na medicina humana.
Os investigadores compararam as propriedades anestésicas de 2-H com os da lidocaína, um dos anestésicos mais utilizados no mundo. Testes das duas substâncias em larvas de traça e em uma preparação isolada do nervo ciático de ratos mostraram que suas propriedades e modo de ação foram muito semelhantes: ambos bloquearam particularmente os canais de sódio. Além disso, a 2-heptanona parecia ser muito menos tóxico do que a da lidocaína.
Devido a ter uma toxicidade reduzida em comparação com os anestésicos clássicos, a equipe acredita que a substância natural vai ter várias aplicações na medicina humana e veterinária.
Fonte isaude.net
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