Divulgação
Especialistas afirmam que o sal é
adicionado ao queijo
por razões técnicas e higiênicas
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A organização Consenso e Ação sobre o Sal e a Saúde (Cash, na sigla em
inglês) alertou recentemente para as excessivas e desnecessárias quantidades de
sal sendo utilizadas na produção de diferentes tipos de queijo, o que pode ser
prejudicial a quem sofre de pressão alta.
O grupo analisou 722 porções de queijo medidas em 30 gramas e descobriu que
muitas delas continham mais sal que um pacote de salgadinhos. Os tipo mais
salgado foi o roquefort, com 1,06g de sal a cada 30g. Os dois próximos da lista
são o feta e o halloumi.
O instituto britânico analisou 30 variedades de queijo durante quatro meses e
descobriu que os tipos com menos sal são a muçarela, o emmental e o wensleydale.
Mas também foram encontradas grandes variações entre marcas diferentes, mas da
mesma variedade, como ocorreu com o gorgonzola e o cheddar.
Segundo o Cash, a ingestão diária de sal deve ser inferior a 6g por dia,
cerca de uma colher de chá. O grupo ainda pediu aos consumidores que reduzam a
quantidade consumida por dia e que, se fosse necessário, que diminuíssem as
porções de queijo de suas dietas.
Graham McGregor, presidente da instituição, informou que mesmo as reduções
pequenas podem ser significativas. "Para cada grama a menos que a população
ingere, podemos evitar 12 mil ataques cardíacos, derrames e paradas cardíacas,
metade dos quais seria fatal", disse ele, afirmando ainda que "a indústria do
queijo precisa cooperar."
Especialistas, porém, lembraram que o queijo é um alimento nutritivo e que
suas propriedades não podem ser confundidas com as do sal. "O queijo fornece uma
série de nutrientes, incluindo proteínas, vitaminas e minerais como o cálcio. O
sal é uma parte do processo de produção de queijo. Não é acrescentado pelo
sabor, e sim por razões técnicas e de higiene", afirmou Judith Bryans, diretora
do Diary Council, ONG que analisa os produtos lácteos na Grã-Bretanha.
Fonte Estadão
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