As crianças não nascem com o sistema visual completamente formado. À medida que elas vão se desenvolvendo, o sistema visual vai amadurecendo também. “Entre o sexto e sétimo meses de desenvolvimento intrauterino já existe a capacidade de perceber a luz.
Quando nasce, consegue enxergar o que o rodeia bem de perto – entre 15 e 40 centímetros -, na forma de vultos enevoados, sem detalhes ou profundidade, e apenas distingue algumas cores, principalmente os tons fortes”, explica o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstia Oculares (CRM-SP 13.454).
No início da vida é como se os bebês vissem o mundo através de um vidro embaçado. “À medida que crescem, a visão se desenvolve. É como andar ou falar, uma conquista gradativa, que depende de treino e do amadurecimento neurológico. As conexões da retina com a região do cérebro que recebe os impulsos da visão só ficam maduras por volta dos seis meses de idade”, explica o oftalmopediatra Fabio Pimenta de Moraes, que também integra o corpo clínico do IMO.
No início da vida é como se os bebês vissem o mundo através de um vidro embaçado. “À medida que crescem, a visão se desenvolve. É como andar ou falar, uma conquista gradativa, que depende de treino e do amadurecimento neurológico. As conexões da retina com a região do cérebro que recebe os impulsos da visão só ficam maduras por volta dos seis meses de idade”, explica o oftalmopediatra Fabio Pimenta de Moraes, que também integra o corpo clínico do IMO.
Os principais avanços no desenvolvimento da visão ocorrem nos seis primeiros meses de vida. “Aos dois meses, o bebê ainda não consegue distinguir bem um gato de uma criança que passa ao lado do seu carrinho. No sexto mês, ele já sabe a diferença entre um e outro. Nessa fase, ele começa a ver objetos em três dimensões e tem maior noção de espaço”, explica Fabio Moraes.
A visão é um dos primeiros sentidos que o bebê utiliza para interagir com a mãe. Além do choro, é pelo contato olho no olho que o bebê busca expressar o que está sentindo nos primeiros meses. “É também pela visão que o bebê percebe que é igual às pessoas que o cercam, momento em que descobre a própria imagem no espelho, o que costuma ocorrer entre o primeiro e o segundo ano de vida”, explica Fabio Moraes.
Por volta do dois anos de idade, a criança já percebe o ambiente tal qual um adulto, porém ainda não com toda a capacidade visual definida, pois o desenvolvimento neurológico completo da visão só se dá entre seis e oito anos.
Fonte Corposaun
Ao longo do crescimento, as crianças são muito estimuladas visualmente. E nada estimula a visão de uma criança com mais facilidade do que um brinquedo. “Por isto é importante ter em mente que no ambiente doméstico são mais comuns os traumas oculares em crianças provocados por objetos pontiagudos, substâncias químicas e brinquedos. Como a maioria das crianças passa uma grande parte do tempo brincando, os pais precisam se certificar de que estes brinquedos são seguros para a saúde em geral, bem como para a segurança dos olhos. Normalmente, quando os brinquedos não são seguros é porque eles não são adequados à idade da criança”, defende o oftalmopediatra Fabio Moraes.
No caso de traumas oculares graves, cerca de 30% dos pacientes acabam com uma visão muito baixa ou subnormal, e isto corresponde, aproximadamente, a 10% de todo ferimento ocular em crianças. “A prevenção é o melhor tratamento para o traumatismo ocular infantil. Educação e orientação são fundamentais. Informar a sociedade, fiscalizar a indústria de brinquedos, utilizar equipamentos e medidas de prevenção como cintos de segurança, capacetes e eventualmente óculos de proteção podem contribuir na prevenção dos traumas oculares na infância”, diz o médico.
Como escolher brinquedos seguros
• Na hora de escolher um brinquedo, além de observar a indicação da idade, é preciso ter certeza que o brinquedo é seguro. “Por exemplo, partes bem pequenas podem ser encontradas em brinquedos rotulados para crianças acima de 3 anos de idade. Se a criança tem 4 anos de idade e ainda gosta de colocar as coisas na boca, esse brinquedo não é adequado para ela”, explica o oftalmologista;
• O tamanho do brinquedo também é importante. “Se um brinquedo não é grande o suficiente para não caber dentro da boca de uma criança, você pode guardar este brinquedo até que seu filho fique mais velho”, recomenda o médico;
• É importante certificar-se que os brinquedos foram construídos de forma robusta e que não vão quebrar ou desmontar com o uso. É aconselhável verificar se as tintas ou os acabamentos não são tóxicos e/ou susceptíveis a descamar;
• Brinquedos de pelúcia devem ser laváveis na máquina de lavar. E para as crianças mais novas não devem ser feitos sem pedaços minúsculos e fáceis de retirar, como botões ou fitas.
Fonte Corposaun
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