
“O que leva a uma situação de
perplexidade entre nós da sociedade, e do sindicato dos médicos em particular, é
esse discurso uniforme dos novos prefeitos de reconhecer a crise do setor de
saúde em suas cidades. Se por um lado isso é positivo: um novo governo já
assumindo reconhecendo uma situação de calamidade, por outro é preciso que esses
discursos tenham como contrapartida ações governamentais que venham a
transformar, de fato, a situação da rede de saúde, dando-lhe condições de
atender bem a população”, disse.
A decisão do prefeito de Petrópolis foi adotada após vistoria feita no
Hospital Alcides Carneiro – o principal da cidade. Foram constatados problemas
na unidade e no sistema de saúde do município.
Mesmo reconhecendo a validade da
decisão, que permite a compra de medicamentos e contração de serviços e pessoal
sem os trâmites burocráticos de praxe e a realização de licitações, Darze
manifestou preocupação com os rumos que a decisão do prefeito pode tomar. “Ao
mesmo tempo em que o governante usa o decreto para agilizar a tomada de
decisões, ele também pode usá-lo de maneira indevida, como fator gerador de
improbidade administrativa, se os órgãos fiscalizadores não exercerem
efetivamente o seu papel e, desta forma, evitar que desvios de conduta possam
ocorrer”.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Médicos, é preciso que os
prefeitos que estão assumindo o Executivo de suas cidades, ao reconhecerem a
existência do problemas, busquem soluções que efetivamente beneficiem a
população. “O problema é que, na maioria das vezes, essas posições são muito
mais marketing político do que propriamente uma decisão concreta de
assumir o compromisso de solucionar o problema e encontrar uma saída responsável
para o caos existente da rede pública de saúde”, declarou.
Fonte Agência Brasil
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