Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Reabilitação funcional é tão eficaz quanto cirurgia para ruptura de tendão

Pesquisa mostra que tratamento produz recuperação mais lenta, mas é mais seguro que a opção cirúrgica

Pesquisadores canadenses descobriram que, em longo prazo, um programa de reabilitação específico pode ser tão eficaz para pacientes que sofreram ruptura do tendão de Aquiles quanto o tratamento cirúrgico.
 
"Se você sofre ruptura do tendão de Aquiles é preciso considerar o tratamento conservador, porque é mais seguro que o tratamento cirúrgico. O que isto significa é que se você tiver o tratamento conservador com a reabilitação funcional você vai ter um resultado tão bom quanto a cirurgia e você quase elimina o risco absoluto de complicações cirúrgicas", afirma o pesquisador Mark Glazebrook.
 
O tendão de Aquiles, localizado na parte de trás da perna, entre o calcanhar e panturrilha, é o tendão mais comumente rompido, segundo os pesquisadores.
 
Opções de tratamento não-cirúrgicos envolvem tipicamente a utilização de um molde, ou uma tala, por vezes acompanhada de terapia física ou reabilitação funcional. Esta órtese é uma inovação relativamente recente que permite que os pacientes comecem monitorando a amplitude de movimento do exercício logo após a lesão inicial.
 
No entanto, nos Estados Unidos, a cirurgia tem sido o tratamento mais utilizado, em grande medida devido à crença generalizada de que o risco de re-ruptura é mais baixo com a cirurgia do que com o tratamento não cirúrgico.
 
Dito isto, enquanto a intervenção não cirúrgica é considerada de risco extremamente baixo, cerca de 10% dos pacientes cirúrgicos acabam desenvolvendo complicações graves, como infecção profunda e morte. Cerca de 15% também irá desenvolver complicações de pele relativamente menores.
 
Os autores revisaram os resultados de 10 estudos realizados entre 2005 e 2011. Em suma, os estudos incluíram 418 pacientes que foram submetidos à cirurgia e 408 pacientes, em sua maioria homens, que foram submetidos ao tratamento não cirúrgico. Alguns pacientes tinham sofrido ainda a reabilitação funcional, enquanto outros não.
 
Quando a reabilitação funcional foi incluída em uma mistura de tratamento, os pesquisadores não encontraram nenhuma diferença significativa no risco de re-ruptura de tendão quando foram comparados pacientes cirúrgicos e não-cirúrgicos. Da mesma forma, os dois grupos de pacientes se saíram tão bem em termos de amplitude de movimento, circunferência da panturrilha e função global quando a reabilitação funcional foi usada.
 
No entanto, quando a reabilitação funcional não fazia parte do pacote global de tratamento, os pacientes cirúrgicos enfrentaram um risco mais baixo, cerca de 9% mais baixo, de re-ruptura em relação aos pacientes não-cirúrgicos.
 
Ao olhar para os quatro estudos que avaliaram o tempo que os pacientes levaram para voltar a trabalhar após o tratamento, a equipe descobriu que os pacientes de cirurgia tiveram uma recuperação mais rápida.
 
Glazebrook e colegas concluíram que em instituições onde a reabilitação funcional está disponível, a opção não cirúrgica deve ser considerada, dado o risco inferior de complicações. Mas acrescentou que, quando a reabilitação funcional não é uma opção, a cirurgia deve ser a abordagem principal.
 
"A pesquisa realmente reforça nossas compreensão das opções de tratamento. Mas a minha preocupação é que não seja mal interpretado descartando a opção cirúrgica porque cada uma das opções é válida, dependendo da necessidade do paciente. E este estudo mostra claramente que não há uma resposta para cada paciente, com cada um tendo de pesar cuidadosamente os tempos de recuperação e o risco", afirma Barber.
 
Fonte isaude.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário