Uma célebre frase uruguaia registra: “mentir y comer pescado requieren mucho
cuidado” (mentir e comer peixe requerem muito cuidado). O alerta é ainda mais
importante no verão, quando os pratos de frutos do mar são presença mais
constante na mesa dos brasileiros.
Claudia Eckley, otorrinolaringologista do Fleury Medicina e Saúde, alerta que
quando uma espinha de peixe ou outro corpo estranho qualquer se aloja na
garganta, a pessoa não deve empurrar com o dedo, pois isso pode aprofundá-lo
ainda mais, dificultando a remoção.
– Felizmente, o que mais ocorre é a passagem da espinha arranhando a
garganta, e depois passando pelo esôfago e pelo estômago, sendo eliminada sem
maiores problemas. Mas o arranhado pode incomodar durante muitos dias – observa
a médica.
Além de não tentar empurrar a espinha com o dedo, o paciente, caso acredite
que se trata de uma espinha pequena, pode tentar engolir um pedaço de miolo de
pão. Se esse procedimento não resolver ou se a dor localizada persistir, deve
procurar imediatamente um médico especialista para a retirada da espinha.
Para escapar de acidentes com peixes, o ideal é evitar aqueles que têm muitas
espinhas e, se tiverem, separá-las ao máximo antes de comer. Também é importante
mastigar bem antes de engolir, sentindo o alimento. Isso é mais difícil para as
pessoas que usam próteses (dentaduras), portanto, elas devem preferir peixes
cartilaginosos, que não possuem espinhas, como o cação, por exemplo.
Peixes muito pequenos, como sardinhas e lambaris, têm os ossos muito finos.
Se estiverem bem fritos ou forem cozidos em panela de pressão, os ossos ficam
quebradiços, podendo ser facilmente mastigados e bem triturados pelos dentes.
Mas é melhor que isso seja evitado por pessoas que não têm costume de ingerir
peixes, como crianças.
Fonte Zero Hora
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