De acordo com a psicóloga, a rotina familiar pode ter relação com a determinação ou a continuidade da doença |
No estudo realizado com 121 pacientes, na faixa etária de 12 a 18 anos, com ambos os sexos, a terapia familiar foi duas vezes mais eficaz no tratamento da doença do que a terapia individual. Aqueles que tiveram apoio e acompanhamento de pais e irmãos se recuperaram mais rapidamente e melhor.
Ester Zatyrko Schomer, psicóloga clínica e terapeuta familiar do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (Ambulim) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, concorda com a pesquisa e confirma que tratar a família toda é mesmo mais eficaz do que acompanhar apenas o paciente com transtorno.
De acordo com a psicóloga, a rotina familiar pode ter relação com a determinação ou a continuidade da doença. E com a participação da família na terapia, cada indivíduo descobre o que pode e precisa fazer para ajudar na recuperação.
Uma pessoa com anorexia é capaz de desestabilizar toda a casa. Em geral, quando os pais procuram ajuda para os filhos, eles mesmos já estão precisando de apoio e não sabem mais como proceder. Por isso, se sentem impotentes e cansados dos conflitos, das agressões das duas partes e da perda do diálogo entre os familiares.
A forma mais comum do tratamento familiar coloca o paciente, irmãos e pais na mesma sessão. A primeira lição que os pais aprendem é que eles não são e nem devem se sentir culpados. Todos os integrantes da família devem estar abertos ao diálogo, esquecer as cobranças e fazer acordos para um bom resultado no tratamento, afirmam os psicólogos.
Os especialistas alertam que sem orientação, muitas vezes as famílias tomam rumos errados e prejudicam o doente e fazem com que o transtorno se agrave.
Fonte Corposaun
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