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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Risco de demência em idosos cai 25% em países desenvolvidos, indicam estudos

O número de pessoas acima de 65 anos que sofrem de demência caiu 25% nas últimas duas décadas, segundo estudo realizado na Inglaterra e no País de Gales.
 
Para os pesquisadores, a redução deve atingir outros países desenvolvidos, confirmando a suspeita comum entre médicos de que pessoas mais saudáveis e com maior escolaridade têm risco menor de desenvolverem doenças mentais como o Alzheimer.
 
Outro estudo, conduzido na Dinamarca, confirma a tendência. Idosos acima de 90 anos se saíram melhor em testes de habilidade mental aplicados em 2010 se comparados com exames similares realizados no ano 2000 em pessoas da mesma faixa etária à época.
 
As pesquisas, publicadas na revista científica "Lancet", mostram queda de 8,3% para 6,2% no número de pessoas acometidas por demência e uma redução de 22% para 17% de pessoas acima dos 90 anos com habilidade mental comprometida.
 
Os pesquisadores afirmam que reduções similares podem ocorrer em países com melhoria da qualidade de vida, afetando positivamente a economia, as relações sociais e familiares.
 
Segundo especialistas em envelhecimento, além do nível educacional, o controle contínuo da pressão sanguínea e do colesterol reduz os riscos porque alguns tipos de demência são causados por pequenos derrames e lesões vasculares ao longo da vida.
 
Para Dallas Anderson, especialista em demência do Instituto Nacional do Envelhecimento dos Estados Unidos, as pesquisas foram "rigorosas e resultaram em fortes evidências" sobre a evolução das doenças na população. Ele diz esperar que a tendência também se comprove nos Estados Unidos.
 
"É uma ótima notícia", afirma P. Murali Doraiswamy, autor de pesquisas sobre Alzheimer da Duke University . O especialista americano explica que os estudos desmentem a expectativa de que toda geração tenha um risco semelhante de desenvolver demência.
 
As projeções populacionais indicam que o número de pessoas acometidas por esse tipo de doença deveria dobrar nos próximos 30 anos.
 
O autor de uma análise recente da Rand Corporation, Micharl D. Hurd, explica que os dados precisarão ser revistos se os resultados encontrados na Inglaterra também forem comprovados em países desenvolvidos, como os Estados Unidos.
 
A vice-presidente da Alzheimer's Association, uma das mais importantes associações de especialistas na doença, no entanto, não se diz otimista. Para ela, ainda não é possível afirmar a partir desses estudos que a queda representa uma tendência mundial.
 
Fonte The New York Times

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