Foto: Children´s Hospital Estudo destaca a importância que a intervenção precoce pode ter sobre as crianças com autismo |
Crianças com autismo apresentam química cerebral anormal, que pode mudar ao longo do tempo, mostra nova pesquisa.
Os pesquisadores observaram que uma química especial difere crianças com atrasos no desenvolvimento de crianças com desenvolvimento normal, e foram mais além, apresentando evidências que sugerem que intervenções precoces podem alterar os resultados em crianças com autismo.
Segundo o estudo, o transtorno do espectro do autismo é fundamentalmente diferente de outros transtornos do desenvolvimento. "As crianças com autismo apresentaram um curso de desenvolvimento muito diferente das crianças que tinham atrasos no desenvolvimento sem autismo. Nosso objetivo, agora, é entender melhor como estes processos ocorrem, para que possamos desenvolver intervenções mais focalizadas que possam ajudar a modificar estes cenários para benefício do pacientes," disse o autor do estudo, Stephen Dager.
A descoberta também enfatiza o impacto positivo que a intervenção precoce pode ter sobre as crianças com autismo, disse o especialista em autismo Ali Carine. "Precisamos identificar as crianças autistas e começar a intervenção quando o potencial para a mudança é maior. Clinicamente, sabemos que quanto mais cedo iniciarmos o trabalho, maiores serão as respostas."
Especialistas estimam que até 8 anos, uma em cada 88 crianças irão desenvolver alguma forma de autismo, de acordo com U.S. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Os meninos são quatro vezes mais propensos do que as meninas a desenvolverem o transtorno do espectro do autismo.
No estudo, os pesquisadores usaram exames de ressonância magnética para medir os produtos químicos à base de tecidos cerebrais de crianças com 3 a 4 anos, 6 a 7 anos e 9 a 10 anos de idade. Eles mediram as crianças que tinham sido diagnosticadas com autismo, crianças diagnosticadas com atrasos de desenvolvimento e crianças com desenvolvimento normal.
Os resultados mostraram alterações particularmente interessantes na N-acetil-aspartato (NAA) , produto químico que desempenha um papel importante no desenvolvimento e na regulação das conexões sinápticas no cérebro. Níveis de NAA são mais baixos em pessoas com doenças como lesão cerebral traumática, Alzheimer ou acidente vascular cerebral.
Os pesquisadores descobriram que nas idades de 3 a 4 anos, as crianças dos grupos com autismo e atraso no desenvolvimento tiveram baixas concentrações de NAA na matéria cinzenta do cérebro. No entanto, nos grupos com idades de 9 a 10, as crianças com autismo tinham níveis de NAA próximos dos encontrados em crianças com desenvolvimento normal, enquanto o nível de NAA permaneceu baixo no grupo de desenvolvimento retardado.
Fonte isaude.net
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