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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Apesar da fama de saudável, sal gourmet tem tanto sódio como o de cozinha

Sal rosa do Himalaia
Brasileiro consome o dobro de sódio recomendado pela Organização Mundial da Saúde; dentre todas as variedades disponíveis, sal light é o que contém menos sódio
 
Requintados, eles estão presentes nos cardápios dos restaurantes mais caros e, a cada dia, ganham mais importância nas prateleiras dos supermercados.

Nelas, o sal rosa do Himalaia, a flor de sal e o sal defumado já dividem espaço com aquele tradicional pacote de sal de cozinha que, até pouco tempo, só concorria com o sal grosso, utilizado no churrasco. 
 
De sabores peculiares, os sais gourmet realmente fazem diferença nas receitas dos chefs, mas apenas isso. Se a intenção é usá-los como alternativa ao consumo de sódio, não funciona. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Daniel Rinaldi dos Santos, a quantidade de sódio nesses sais gourmet não muda muito daquela encontrada no sal de cozinha.
 
Dentre todos as variedades disponíveis, o que contém menos sódio é o light. Em 1 grama desse sal, há 197 miligramas de sódio, a metade da encontrada no sal negro, por exemplo.
 
Rinaldi alerta que o brasileiro precisa cortar o consumo de sal pela metade. Atualmente, o consumo per capita no País é de 10 gramas diários. “O recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a quantidade diária de sódio não extrapole 5 gramas de sal de cozinha, que é equivalente a 2 gramas de sódio”, alerta.
 
Negligenciar essa recomendação pode acarretar problemas sérios de saúde. “O excesso de sal, ao longo do tempo, faz com que os vasos sanguíneos fiquem mais rígidos, elevando a pressão, que, por sua vez, sobrecarrega os rins, que são obrigados a trabalhar mais para eliminar o sódio”, explica.
 
Para Rinaldi, o vilão da alimentação da população brasileira são os produtos industrializados. “Um só envelope de molho de macarrão instantâneo, por exemplo, tem a quantidade de sódio que a pessoa poderia consumir ao longo do dia. Tudo o que for consumido depois é excesso”, explica.
 
A solução é manter uma alimentação balanceada e natural, além de prestar atenção nos rótulos dos alimentos para checar a quantidade de sódio 
 
Conheça alguns tipos de sal: 
 
 Sal refinado – é aquele presente no saleiro, o mais comum no dia a dia do brasileiro. Por força da lei, é iodado, o que impede a deficiência desse mineral importante para o funcionamento da glândula tireoide e para a prevenção do bócio. É formado por cloreto de sódio e, a cada 5 gramas desse sal, 2 gramas são de sódio.
 
Sal grosso – é o estágio anterior do sal refinado, ou seja, ainda não passou pelo processo de refinamento. É o mais usado em churrascos. A cada 1 grama desse sal, há 400 miligramas de sódio.
 
Sal light – tem baixo teor de sódio. Pelo fato do cloreto de sódio dividir espaço com o cloreto de potássio, esse sal pode ajudar pessoas com hipertensão. Mas há um alerta, feito pelo presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia: pessoas com problemas nos rins não devem consumir esse sal, pois o potássio, se não for excretado devidamente do organismo, é danoso e pode até mesmo causar morte súbita. Em 1 grama de sal light há 197 miligramas de sódio.
 
Sal rosa do Himalaia – sal gourmet já comumente encontrado no Brasil. Ele é extraído nos pés do Himalaia, que foi uma região banhada pelo mar há milhões de anos. De sabor um pouco metálico e suave, é rico em minerais, como potássio, cobre, ferro, cálcio e magnésio, além de muitos outros, que doam a cor rosada à sua composição. É um sal que tem menor quantidade de sódio, quase se aproximando da eficácia do sal light. A cada 1 grama de sal rosa do Himalaia, há 230 miligramas de sódio.
 
Flor de sal – é o sal retirado da camada mais superficial das salinas. São crocantes e translúcidos, e, apesar de conter minerais importantes como magnésio, iodo e potássio, carregam mais sódio do que o sal de cozinha. A flor de sal mais famosa é de uma região francesa, Guèrande. No Brasil, a produção é em Mossoró, no Rio Grande do Norte. O chef Carlos Ribeiro, do restaurante Na Cozinha, gosta de utilizar a flor de sal não só em preparos salgados, mas também nos doces, como pães e bolachas. A cada 1 grama de flor de sal, há 450 miligramas de sódio.
 
Sal negro – apesar do nome, ele não é negro, mas sim rosa acinzentado. Por ter enxofre na composição, seu sabor é sulfuroso. Além desse mineral, ele carrega potássio e ferro. É usado em receitas com peixes, aves e também carne. A cada 1 grama de sal negro, 380 miligramas são de sódio.
 
Sal havaiano – sal não refinado e avermelhado, por conta da Alaea, argila havaiana rica em dióxido de ferro. Tem sabor suave, mas praticamente a mesma quantidade de sódio do sal de cozinha. A cada 1 grama, há 390 miligramas de sódio.
 
Sal marinho – é a versão intermediária entre o sal grosso e o sal refinado. O formato dos grãos não são tão grandes como aqueles do churrasco, mas nem tão pequenos a ponto de passar pelos orifícios de um saleiro. A cada 1 grama de sal, há 420 miligramas de sódio.
 
Sal defumado – um dos sais favoritos de Carlos Ribeiro. O ‘original’ francês é produzido a partir da flor de sal. Os sais são defumados na fumaça fria da queima dos barris de carvalho usados no envelhecimento do vinho Chardonnay. É possível, no entanto, aromatizar o sal artificialmente, embora o gosto possa ficar um pouco amargo. A cada 1 grama desse sal, há 395 miligramas de sódio.
 
iG

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