Rio de Janeiro – Cerca de 94% dos associados aos planos de saúde no Brasil
vivem nos 1.900 municípios com Índice de Desenvolvimento Humano por Municípios
(IDHM) alto ou muito alto, que concentram 70% da população nacional. Cerca de 6%
estão distribuídos nas 3.600 cidades com IDHM médio ou baixo, e representam 30%
da população. Os números são de uma pesquisa feita pela Federação Nacional de
Saúde Suplementar.
O índice de 2010, divulgado em julho deste ano pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento, avalia a qualidade de vida da população por meio
de características de renda, educação e longevidade.
A pesquisa constatou que nos 44 municípios com IDHM muito alto a cobertura de
planos de saúde chega a 51% da população, enquanto a média nacional é 23,7%. Nos
municípios com índice alto, a cobertura é 27,6%. Nas localidades com IDHM baixo
e muito baixo, a cobertura é próxima a 1%.
De acordo com o levantamento da federação, que representa as operadoras de
planos de saúde, nove dos dez estados com maior taxa de cobertura de planos de
saúde registraram a melhor esperança de vida. Nestes estados, a população vive,
em média, 75,6 anos, enquanto no grupo restante, a média de vida da população
gira em torno de 72,5 anos.
De acordo com o diretor executivo da entidade, José Cechin, a amplitude da
cobertura dos planos de saúde tem relação direta com a renda e a educação, que
são indicadores usados no cálculo do IDHM. “Quem tem plano de saúde? São pessoas
que tem renda [mais alta]. E geralmente a renda está associada à escolaridade
[quanto mais escolaridade mais renda]. Onde há alta renda há alta cobertura de
planos de saúde”, disse Cechin.
Agência Brasil
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