Foto: Divulgação Imagem mostra em quais regiões do corpo a osteoporose pode se manifestar de maneira mais grave |
Com o objetivo de diminuir a incidência de fraturas causadas pela osteoporose a 45ª edição do Congresso Brasileiro de Ortopedia lança a campanha “Capture a Fratura”, em Curitiba. O projeto é uma iniciativa da Fundação Internacional de Osteoporose e também estimula a investigação e tratamento de pacientes que sofreram fraturas, mas que não identificaram a doença. O evento de lançamento será realizado entre esta quinta-feira (14) e sábado (16) no Teatro Positivo, no bairro Campo Comprido.
A osteoporose é uma doença que se manifesta através do enfraquecimento dos ossos, o que leva a um risco maior de fraturas.
De acordo com o órgão internacional, uma fratura causada pela doença ocorre a cada três segundos, o que corresponde a 25 mil casos por dia, ou 9 milhões por ano, em todo o mundo.
Ao G1, o coordenador nacional da campanha e vice-presidente do comitê de Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Bernardo Stolnicki, explicou que entre todas as fraturas causadas pela osteoporose, a mais grave é a do colo do fêmur, no quadril. No Brasil, segundo ele, 334 pessoas sofrem esse tipo de fratura diariamente.
"Geralmente ocorre com idosos. É uma fratura que tem uma taxa de mortalidade no primeiro ano em torno de 30%", explica. Bernardo acrescentou que dos 70% que sobrevivem, mais da metade fica completamente dependente de outras pessoas.
"Existe um esforço coordenado em diversos países do mundo com intenção de reduzir a incidência dessa fratura em 20% até 2020", conta Stolnicki. Segundo ele, estudos mostraram que dos pacientes que tinham sofrido essas fraturas, 50% já tinha adquirido outra lesão anteriormente e não foram tratados como deveriam. "A maioria dos pacientes que sofrem uma lesão, cerca de 90%, não imaginam que podem acarretar a doença", aponta.
Na prática, a campanha vai trazer informações tanto para pacientes quanto para profissionais da saúde sobre a importância da continuidade do tratamento após sofrer uma fratura comum. Para os casos em que é identificada a osteoporose, e há risco de novas fraturas, o programa vai recomendar o uso de tratamentos específicos que possam prevenir refraturas no longo prazo, como é o caso da substância já usada há 10 anos, ranelato de estrôncio, que atua na formação de osso novo.
Fatores de risco
As mulheres tem mais osteoporose que os homens, garante Bernardo. Segundo ele, uma em cada quatro desenvolve os sintomas logo após o período da menopausa, aos 50 anos, quando param de produzir estrógeno, que regula a absorção de cálcio.
As mulheres tem mais osteoporose que os homens, garante Bernardo. Segundo ele, uma em cada quatro desenvolve os sintomas logo após o período da menopausa, aos 50 anos, quando param de produzir estrógeno, que regula a absorção de cálcio.
Nos homens, a osteoporose se manifesta quando o organismo apresenta deficiência alimentar de cálcio e de vitamina. A maior parte dos casos ocorre após os 65 anos.
Os fatores de risco que podem levar à doença são tabagismo, histórico familiar, sedentarismo, baixa ingestão de cálcio, baixa exposição solar e alcoolismo.
G1
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