Os estudos foram interrompidos quando alguns germes se tornaram resistentes a ele |
Cientistas revelaram nesta quarta-feira uma combinação de medicamentos capaz de destruir germes resistentes a antibióticos em ratos, um feito com potencial para abrir um novo caminho para o tratamento de infecções crônicas e recidivas em humanos.
Grandes empresas farmacêuticas já tinham acompanhado de perto um composto denominado Adep (acil-depsipeptídeo), mas os estudos foram interrompidos quando alguns germes se tornaram resistentes a ele.
Mas pesquisadores dos Estados Unidos anunciaram que, quando usado juntamente com antibióticos convencionais, o Adep demonstrou ser um assassino implacável.
"Nós decidimos uni-lo a antibióticos convencionais para impedir a propagação de células resistentes (a medicamentos)", explicou Kim Lewis, da Universidade Northeastern, em Boston, co-autor do estudo.
O composto "esterilizou completamente" as bactérias em uma Placa de Petri e em ratos com infecção severa nos membros posteriores, disse Lewis.
"A eficácia em um modelo animal na verdade é um indício muito bom da eficácia em humanos, então penso que é totalmente realista" que o medicamento possa dar resultado, acrescentou.
Os seres humanos contam com antibióticos para combater uma grande variedade de doenças bacterianas, da amigdalite à tuberculose, mas os antibióticos não funcionam em todos os tipos de bactérias, e em alguns casos em que são eficazes, os germes evoluem de forma preocupante para tipos resistentes a medicamentos.
Grandes empresas farmacêuticas já tinham acompanhado de perto um composto denominado Adep (acil-depsipeptídeo), mas os estudos foram interrompidos quando alguns germes se tornaram resistentes a ele.
Mas pesquisadores dos Estados Unidos anunciaram que, quando usado juntamente com antibióticos convencionais, o Adep demonstrou ser um assassino implacável.
"Nós decidimos uni-lo a antibióticos convencionais para impedir a propagação de células resistentes (a medicamentos)", explicou Kim Lewis, da Universidade Northeastern, em Boston, co-autor do estudo.
O composto "esterilizou completamente" as bactérias em uma Placa de Petri e em ratos com infecção severa nos membros posteriores, disse Lewis.
"A eficácia em um modelo animal na verdade é um indício muito bom da eficácia em humanos, então penso que é totalmente realista" que o medicamento possa dar resultado, acrescentou.
Os seres humanos contam com antibióticos para combater uma grande variedade de doenças bacterianas, da amigdalite à tuberculose, mas os antibióticos não funcionam em todos os tipos de bactérias, e em alguns casos em que são eficazes, os germes evoluem de forma preocupante para tipos resistentes a medicamentos.
Algumas infecções são causadas por biofilmes: acúmulos pegajosos de células bacterianas que recobrem áreas infectadas e bloqueiam a ação do sistema imunológico, segundo um podcast da Nature, que acompanhou o estudo da revista britânica.
Embora consigam penetrar nestes biofilmes, os antibióticos não conseguem por fim à infecção por causa das denominadas "células persistentes".
Estas são células dormentes contidas no biofilme que param de se dividir ou crescer e desativam o seu metabolismo.
As células dormentes são a causa principal de infecções bacterianas crônicas e recidivas, uma vez que os antibióticos convencionais só conseguem atingir células bacterianas de crescimento ativo.
"Precisávamos procurar algo que em uma persistente ativasse uma função que a corrompesse, que permitisse matar a célula", afirmou Lewis.
Os cientistas testaram, então, o composto Adep em laboratório e descobriram que ele ativa uma protease nas células. Uma protease é uma proteína que rompe outras proteínas, finalmente levando à morte das células.
Nos experimentos, a protease degradou as proteínas nas células bacterianas, fazendo estas moléculas se "auto-digerirem", disse Lewis.
"Não importa se aquela célula era crescente, dormente ou persistente. Então, o composto tem a habilidade de esterilizar uma infecção", afirmou.
A razão pela qual as empresas farmacêuticas abandonaram o Adep como uma opção de medicamento foi porque a resistência a ele se desenvolveu "muito rapidamente", explicou o autor do estudo. Além disso, as células bacterianas que não produzem protease são completamente resistentes ao Adep, quando o composto é usado sozinho.
Em seus experimentos, os cientistas, então, empregaram o Adep em conjunto com antibióticos convencionais, como a rifampicina para exterminar germes de 'Staphylococcus aureus'.
"Nós descobrimos que estes mutantes que não têm a protease se tornam suscetíveis a morrer essencialmente com qualquer antibiótico", afirmou Lewis.
"É por isso que obtemos a esterilização quando combinamos o Adep com virtualmente qualquer outro antibiótico e isto, claro, resolve o problema da resistência", prosseguiu.
Lewis explicou que sua equipe agora trabalha com uma empresa de biotecnologia para fazer avançar estes resultados.
Embora consigam penetrar nestes biofilmes, os antibióticos não conseguem por fim à infecção por causa das denominadas "células persistentes".
Estas são células dormentes contidas no biofilme que param de se dividir ou crescer e desativam o seu metabolismo.
As células dormentes são a causa principal de infecções bacterianas crônicas e recidivas, uma vez que os antibióticos convencionais só conseguem atingir células bacterianas de crescimento ativo.
"Precisávamos procurar algo que em uma persistente ativasse uma função que a corrompesse, que permitisse matar a célula", afirmou Lewis.
Os cientistas testaram, então, o composto Adep em laboratório e descobriram que ele ativa uma protease nas células. Uma protease é uma proteína que rompe outras proteínas, finalmente levando à morte das células.
Nos experimentos, a protease degradou as proteínas nas células bacterianas, fazendo estas moléculas se "auto-digerirem", disse Lewis.
"Não importa se aquela célula era crescente, dormente ou persistente. Então, o composto tem a habilidade de esterilizar uma infecção", afirmou.
A razão pela qual as empresas farmacêuticas abandonaram o Adep como uma opção de medicamento foi porque a resistência a ele se desenvolveu "muito rapidamente", explicou o autor do estudo. Além disso, as células bacterianas que não produzem protease são completamente resistentes ao Adep, quando o composto é usado sozinho.
Em seus experimentos, os cientistas, então, empregaram o Adep em conjunto com antibióticos convencionais, como a rifampicina para exterminar germes de 'Staphylococcus aureus'.
"Nós descobrimos que estes mutantes que não têm a protease se tornam suscetíveis a morrer essencialmente com qualquer antibiótico", afirmou Lewis.
"É por isso que obtemos a esterilização quando combinamos o Adep com virtualmente qualquer outro antibiótico e isto, claro, resolve o problema da resistência", prosseguiu.
Lewis explicou que sua equipe agora trabalha com uma empresa de biotecnologia para fazer avançar estes resultados.
Correio Braziliense
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