Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Fatores hormonais e genéticos podem influenciar transtornos de identidade

Foto: Reprodução
Segundo o psiquiatra Kie Kojo, os transtornos de identidade sexual são transexualismo, transvestismo de duplo papel, transtorno de identidade sexual na infância e transtorno de identidade sexual não especificada
 
O desejo irreversível de viver e de ser aceito como pertencente ao gênero oposto caracteriza um outro tipo de disfunção sexual: o transtorno de identidade. Segundo Kie Kojo, psiquiatra especialista em sexualidade humana pela Universidade de São Paulo, não há dados oficiais sobre a incidência, mas a estimativa é de que a proporção seja de um transexual masculino para cada 40 mil homens e de um transexual feminino para cada 80 mil mulheres. “A etiologia também é inconclusiva. Mas parece existir fatores hormonais e genéticos (cromossômicos) envolvidos.”
 
Segundo Kojo, os transtornos de identidade sexual são transexualismo, transvestismo de duplo papel, transtorno de identidade sexual na infância e transtorno de identidade sexual não especificada. “O transexualismo é o transtorno de identidade mais conhecido, caracterizado pelo desejo de pertencer ao gênero oposto acompanhado de um intenso desconforto com o sexo anatômico, assim como o desejo de se submeter a tratamentos hormonais e de mudança de sexo para tornar o corpo o mais parecido possível com o do gênero oposto”, define. Esse desejo tem de persistir por no mínimo dois anos para ser caracterizado como transtorno. Na maioria das vezes, demanda apoio de uma equipe multidisciplinar. “O sofrimento é tão intenso que alguns pacientes chegam a tentar o suicídio”, acrescenta.

O transvestismo de duplo papel é o uso de roupas do gênero oposto durante parte da existência do indivíduo com o intuito de desfrutar a experiência de ser do outro gênero, sem qualquer desejo de mudança de sexo ou de estimulação sexual. O indivíduo, nesse caso, sente-se bem com o seu sexo anatômico.
 
O transtorno de identidade sexual na infância é diagnosticado quando a criança apresenta uma angústia intensa e persistente com relação ao próprio gênero, junto com o desejo ou a insistência de que é do gênero oposto. Ocorre geralmente antes da puberdade. “Dois terços dessas crianças na idade adulta terão como orientação sexual o homossexualismo. E apenas uma pequena parte se torna transexual”, diz Kojo. Já o transtorno de identidade sexual não especificada é tudo aquilo que não se encaixa nos demais.
 
Correio Braziliense

Nenhum comentário:

Postar um comentário