Foto: Reprodução |
Boas ideias nem sempre demandam grandes investimentos e, mesmo assim, podem se traduzir em grandes resultados. Foi com essa mentalidade que o Hospital do Câncer de Muriaé (Fundação Cristiano Varella), em Minas Gerais, adotou, dentro do seu Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde, um programa para diminuir a sobra de alimentos no refeitório, utilizado exclusivamente por colaboradores e acompanhantes de pacientes. O primeiro passo foi elaborar indicadores e metas que pudessem criar uma espécie de parâmetro aceitável: afinal quanto é possível descartar diariamente? “A meta máxima de sobra permitida, conforme referencial comparativo, é de 3%”, destaca o diretor administrativo do Hospital, Sérgio Dias Henriques.
Com isso estabelecido foi traçado um plano de ação, justamente para reduzir a sobra de alimentos e, consequentemente, a quantidade de lixo orgânico gerado. Esses resíduos, aliás, vão para o aterro sanitário de Muriaé. Estratégia elaborada, investimento inicial de R$ 1.500, suficientes para a compra de uma balança digital. A ideia é muito simples: ao terminar a refeição, a pessoa entrega o prato a um auxiliar de cozinha, que pesa a sobra de alimentos individualmente.
Depois da pesagem, o colaborador é informado sobre o peso da sobra e quanto isto corresponde em valor financeiro caso a refeição seja feita em um restaurante comercial da cidade. Aí, se preenche uma planilha contendo data, nome, número de matrícula do funcionário, valor do resto em quilos e monetário. “Apesar de a informação ser repassada ao funcionário, o valor não é cobrado, há apenas uma sensibilização quanto ao valor que pagaria pela sobra em outro estabelecimento”, descreve Henriques.O resultado apareceu logo e o índice caiu de 3% para 1%. Nos primeiros meses, a iniciativa já alcançou 65% de redução dos resíduos. O valor estimado até o fim de 2013 pode alcançar R$ 22 mil.
Gestão
Mas a política na área socioambiental do Hospital do Câncer de Muriaé não se restringe a essa ideia. Também este ano, o programa de resíduos sólidos da instituição ganhou “uma nova roupagem”, seguindo os modelos definidos para a área pela Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais. Para isso, fez levantamentos detalhados, direcionou uma equipe para pensar em responsabilidades e qualificações desejáveis para alcançá-las. Também passou a detalhar ações como o controle de insetos, o funcionamento de pontos para o abastecimento de água e produção de efluentes líquidos, medidas de segurança ocupacional, estruturar a relação de fornecedores e, principalmente, pesquisar quais os resíduos gerados por área no hospital e como eles são acondicionados, transportados e tratados.
Mas a política na área socioambiental do Hospital do Câncer de Muriaé não se restringe a essa ideia. Também este ano, o programa de resíduos sólidos da instituição ganhou “uma nova roupagem”, seguindo os modelos definidos para a área pela Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais. Para isso, fez levantamentos detalhados, direcionou uma equipe para pensar em responsabilidades e qualificações desejáveis para alcançá-las. Também passou a detalhar ações como o controle de insetos, o funcionamento de pontos para o abastecimento de água e produção de efluentes líquidos, medidas de segurança ocupacional, estruturar a relação de fornecedores e, principalmente, pesquisar quais os resíduos gerados por área no hospital e como eles são acondicionados, transportados e tratados.
Programas
Com 100% dos funcionários treinados e a cultura da consciência ambiental difundida, para 2014 o plano é conseguir uma parceria para reciclar os resíduos orgânicos, sem deixar cair o índice da equipe treinada, assim como aumentar a produção de hortaliças cultivadas na horta da Casa de Apoio e pensar em um projeto para tratar parte dos resíduos em um “minhocário”.
Com 100% dos funcionários treinados e a cultura da consciência ambiental difundida, para 2014 o plano é conseguir uma parceria para reciclar os resíduos orgânicos, sem deixar cair o índice da equipe treinada, assim como aumentar a produção de hortaliças cultivadas na horta da Casa de Apoio e pensar em um projeto para tratar parte dos resíduos em um “minhocário”.
Além disso, deseja-se estimular setores do hospital, como o próprio refeitório, a desenvolverem ações ligadas à sustentabilidade, como redução do consumo de energia e dar início aos trabalhos para enquadrar-se nos requisitos necessários para a certificação ISO 14.001. Mas o desafio é bem mais complexo que criar novas ferramentas e possibilidades.
É preciso manter o engajamento dos colaboradores. Para isso, além dos treinamentos constantes e inspeções setoriais, a realização de eventos é uma grande aposta. O projeto “Calendário Verde” mapeia todas as datas comemorativas relacionadas ao Meio Ambiente, onde se definem dias relacionados aos quatro pilares da área que são: Economicamente Viável, Socialmente Justo, Ecologicamente Correto e Culturalmente Diverso. Em 2013, foram feitos dois grandes eventos, o Ecologicamente Correto na semana do dia da árvore, exaltando principalmente o descarte adequado e o Culturalmente Diverso, na semana do dia do livro, com o objetivo de mostrar as diversidades existentes e o respeito pelo próximo. “Em 2014, teremos o Economicamente viável e o Socialmente Justo. Com estes eventos estamos conseguindo um maior envolvimento dos colaboradores no processo”, prevê o diretor.
SaudeWeb
Nenhum comentário:
Postar um comentário