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O estudo Durex Global Sex Survey foi divulgado nesta terça-feira (21). Foram entrevistados pela internet 1.004 homens e mulheres com idades entre 18 e 65 anos no Brasil. Outros 36 países participaram do estudo. Ao todo, a levantamento entrevistou 29 mil pessoas.
As causas para essa infelicidade, segundo o estudo, são diversas. Uma delas
é a dificuldade para reconhecer disfunções sexuais. Mais de 60% dos entrevistados têm bloqueios em admitir problemas relacionados à sexualidade.
A falta de comunicação entre os casais também é apontada. "Embora haja maior consciência individual sobre a sexualidade, a ausência de diálogo ainda é um entrave para a satisfação", explica Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que esteve presente na divulgação da pesquisa.
A especialista acredita que o comportamento sexual de homens e mulheres no Brasil ainda é mediado por tabus que dificultam a comunicação entre parceiros. "Nem todo mundo sabe quais são suas vontades e de que maneira é possível comunicá-las", explica.
"As mulheres se conhecem mais, mas ainda têm medo de magoar o parceiro", afirma a psiquiatra. "E no fundo o homem quer saber e prefere que ela fale."
Mesmo com essa insatisfação, mais de 60% dos brasileiros acreditam ser possível manter o entusiasmo no sexo em relacionamentos mais longos e 82% declaram ter pelo menos uma relação sexual por semana.
Diferenças entre gêneros
O estudo revela que 28% das mulheres chegam ao orgasmo mais facilmente com a masturbação, contra 17% dos homens. Durante a relação sexual, só 22% delas afirmam chegar frequentemente ao clímax –entre os homens esse número chega a 56%.
Essas diferenças também se demonstraram em relação à aprovação da prática do sexo casual: 24% dos homens se declaram contra. Entre as mulheres, essa desaprovação é de 40%.
O sexo com alguém que não seja o parceiro é considerado traição por 91% das mulheres –esse índice cai para 78% entre os homens.
Também 12% dos homens afirmam fazer sexo diariamente, contra 5% das mulheres.
Seguro e liberal
Brasileiros tendem a ter mais atividades durante o sexo, além da penetração, quando comparado a média global. Enquanto no restante do mundo a prática de sexo anal é de 8%; no Brasil, esse índice sobe para 15%. Também 50% dos brasileiros recebe sexo oral, contra 33% da média mundial.
O Brasil registrou a maior proporção no uso do preservativo durante a primeira relação sexual (66%), seguido da Grécia (65,5%) e Coreia do Sul (62,8%).
Folhaonline
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