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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Campanha de vacinação contra a gripe termina nesta sexta-feira

Campanha de vacinação contra a gripe termina nesta sexta-feira Félix Zucco/Agencia RBS
Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
Desde 22 de abril, a vacina contra gripe está disponível nos
 postos de vacinação
Rio Grande do Sul é o terceiro estado com maior índice de adesão
 
Há dois dias do término da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, o Rio Grande do Sul desponta como o terceiro Estado com maior índice de adesão. Os números, entretanto, não são tão animadores no país. Segundo o balanço do Ministério da Saúde, até o final da tarde desta terça-feira, o Brasil havia atingido pouco menos de 35% dos 80% esperados (pouco mais de 15 milhões dos 32,7 milhões da população-alvo). O Estado com maior adesão foi Santa Catarina, com 52,29%, seguido do Paraná, com 51,90%. No RS, o número chegou a 48,07%.
 
Desde 22 de abril, a vacina contra gripe está disponível nos postos de vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais.
 
Entre os grupos de risco, os que mais têm procurado os postos de vacinação no Estado são os idosos, que alcançaram 52,61% da meta, e o grupo de puérperas, com 62,58% de adesão. Para a secretária de Estado da Saúde, Sandra Maria Sales Fagundes, a procura está dentro do esperado, e a expectativa é que aumente nestes últimos dias de Campanha. O alerta maior é para as gestantes e doentes crônicos, que registraram os índices mais baixos até o momento. O baixo índice de adesão a nível nacional abre a possibilidade de prorrogação da campanha tanto no Estado quanto no país. Conforme Sandra, isso só será avaliado depois de 9 de maio, quando se encerra o período inicial estabelecido pelo Ministério da Saúde:
 
— A expectativa é bater a meta em algumas faixas e em outras não. Mas, mesmo se a campanha não for estendida, as vacinas não são recolhidas, elas continuam à disposição dos grupos de risco nos postos — alerta.
 
Feriado diminuiu procura
Conforme a coordenadora do Núcleo de Imunizações da Secretaria Estadual da Saúde, Tani Ranieri, apesar do grande contingente de pessoas que se vacinaram na primeira semana da campanha, os números não ultrapassaram os 50% pela queda da procura na segunda semana. Tani atribui a baixa ao feriado de 1º de maio, quando muitas famílias saíram de suas cidades, e ao menor número de óbitos por Influenza registrados no ano passado:
 
— Em 2012 tivemos uma grande circulação do vírus e as pessoas ficaram assustadas, por isso tivemos uma alta procura em 2013. Já no ano passado o número de mortes pela gripe foi bem menor, mas isso não deve ser um motivo para as pessoas não se vacinarem — alerta.
 
A importância da imunização em 2014 é ainda maior pelo fato de o país ser sede da Copa do Mundo. Durante os meses de junho e julho, um grande contingente de estrangeiros circulará pelo país, e o número de viagens entre os estados brasileiros aumentará. Esta movimentação, somada às aglomerações que devem ocorrem principalmente em estádios e aeroportos, forma um ambiente mais propício para a circulação do vírus da gripe, afirma o infectologista do Hospital de Clínicas Luciano Goldani:
 
— É um ano importante em que teremos um grande fluxo de pessoas de diversos países trazendo vírus, entre eles o da gripe, para o país. Por isso, é fundamental as pessoas estarem preparadas e protegidas — resume.
 
O especialista ainda alerta para a importância de se vacinar antes do início dos jogos e da entrada do inverno, já que a vacina pode demorar até 14 dias para começar a fazer efeito.
 
A CAMPANHA
 
Meta
A meta do Ministério da Saúde é imunizar pelo menos 80% do grupo de risco.
 
Onde se vacinar
Em qualquer posto do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
Público-alvo
Veja quem pode receber gratuitamente a vacina contra a gripe:
 
— Crianças a partir de seis meses e até quatro anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias)

— Idosos (a partir de 60 anos)

— Gestantes

— Puérperas (mulheres que deram à luz em até 45 dias)

— Indígenas que vivem em aldeias

— Profissionais que trabalham na área da saúde

— Doentes crônicos sob recomendação médica
 
Tire suas dúvidas
Imunização contra o vírus Influenza é eficaz para cerca de 90% da população e protege por 12 meses
 
A VACINA
 
O que é a vacina contra a gripe?
A vacina é feita com partes de diferentes tipos de vírus influenza inativados, incluindo o que provoca a gripe A, que entram no corpo e favorecem a produção de anticorpos. O sistema imunológico cria uma espécie de "memória" contra o vírus da gripe. Assim, ao entrarmos em contato com o vírus de verdade, os anticorpos são produzidos imediatamente e evitam a doença.
 
A vacina contra gripe imuniza contra resfriado?
Não. São vírus diferentes. A gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório causada pelo vírus Influenza, de elevada transmissibilidade. O quadro é mais grave que o resfriado e apresenta febre alta, tosse ou dor de garganta acompanhada dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares, mal estar geral. O resfriado é causado por outros vírus e tem um quadro mais leve com coriza, congestão nasal e espirro.
 
AS REAÇÕES
 
A vacina pode resultar em alguma reação adversa?
Em poucos casos e de forma branda, segundo o epidemiologista Jair Ferreira, podem ocorrer manifestações de dor no local da injeção ou febre moderada. Todos esses sintomas tendem a desaparecer em 48 horas.
 
A vacina contra gripe pode causar gripe?
Não. A vacina não causa a gripe, pois é composta por vírus totalmente inativados, incapazes de causar dano ao organismo. O que ela pode provocar são reações mais leves, como febre baixa, a partir da reação do organismo, mas que são consideradas normais e não evoluem para um quadro mais grave.
 
EFICÁCIA
 
Por quanto tempo dura a imunização pós-vacina?
A proteção da vacina dura, em média, cerca de 12 meses. É preciso tomar a vacina todos os anos porque a composição pode mudar conforme as mutações dos vírus que circulam, e porque há uma queda progressiva na quantidade de anticorpos protetores ao longo do tempo.
 
Por que algumas pessoas mesmo depois de tomar a vacina ficam doentes?
Normalmente, o sistema imunológico leva cerca de duas semanas para criar as defesas necessárias contra o vírus após receber a dose de vacina. Se a pessoa entrar em contato com o vírus da gripe nesse período, é possível que o corpo não esteja ainda pronto para combatê-lo, o que pode resultar em uma gripe. Além disso, a vacina não protege contra resfriado, que pode ser confundido com gripe.
 
A vacina contra gripe funciona em 100% das pessoas?
Não, ela tem eficácia em cerca de 90% das pessoas, uma vez que serve para estimular o corpo a produzir uma resposta imune contra o vírus. O organismo de uma pequena parcela da população pode não conseguir reagir da forma esperada para se proteger da gripe.
 
ACESSO

Não estou entre os grupos de risco. Devo me vacinar?

O ideal é que toda a população a partir dos seis meses de idade e sem contraindicações (leia mais em outra pergunta a seguir), fosse imunizada. Como há limitação de oferta na rede pública, resta recorrer à rede privada. Nesse caso, o custo da vacina fica em cerca de R$ 80.
 
Quem já está com sintoma de gripe pode tomar a vacina?
Segundo o epidemiologista Jair Ferreira, se o sintoma for de gripe (quadro mais intenso, com febre alta, dores, indisposição), o melhor é esperar pelo restabelecimento antes de se vacinar. Se os sintomas forem mais leves, típicos de resfriado, não há motivo para aguardar. Pode-se tomar a dose.
 
Quem, mesmo dentro dos grupos de risco, não deve se vacinar?
A vacina é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática, bem como a qualquer componente da medicação ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados (presente na composição).
 
Quem são os pacientes de doenças crônicas que podem tomar a vacina gratuitamente na rede pública?
São pacientes de doenças debilitantes como enfisema, diabetes, cardiopatias, entre outras, e que por isso contam com prioridade para receber imunização e evitar complicações decorrentes da gripe. O melhor é conversar com o médico para avaliar se tem indicação para se vacinar contra a gripe na rede pública.
 
Zero Hora

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