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sábado, 14 de junho de 2014

Nova pesquisa esclarece por que parar de fumar é mais difícil para algumas pessoas

Nova pesquisa esclarece por que parar de fumar é mais difícil para algumas pessoas Adriana Franciosi/Agencia RBS
Foto: Adriana Franciosi / Agencia RBS
No estudo, os pesquisadores realizaram testes cerebrais em fumantes que
estavam privados de cigarros por pelo menos 12 horas
Quem é motivado a largar o cigarro por recompensa pode apresentar mais dificuldades
 
Pesquisadores identificaram uma função cerebral que indica se as estratégias para deixar de fumar à base de recompensa podem ser ou não eficazes em determinados fumantes. No estudo, os pesquisadores realizaram testes cerebrais em fumantes que estavam privados de cigarros por pelo menos 12 horas e descobriram que aqueles motivados por recompensa eram menos propensos a parar de fumar.
 
— Acreditamos que nossos resultados podem ajudar a explicar por que alguns fumantes acham tão difícil parar de fumar. Ou seja, as potenciais fontes de reforço para deixar de fumar (por exemplo, a perspectiva de poupar dinheiro ou melhorar a saúde) podem ser de menos valor para algumas pessoas e, consequentemente, terem menos impacto em seu comportamento — disse Stephen J. Wilson, professor assistente de psicologia, da Universidade Estadual da Pensilvânia.
 
Primeiro, os pesquisadores disseram aos fumantes que eles seriam autorizados a fumar em duas horas. Com a intenção de colocá-los à prova, depois, lhes disseram que aquilo havia sido um erro e que seriam autorizados a fumar em 15 minutos. Antes de permitirem que eles fumassem, os pesquisadores prometeram a quantia de 1 dólar para cada cinco minutos que eles ficassem sem o cigarro.
 
O grupo de teste era composto por 44 fumantes, com idades entre 18 e 45 anos, que fumavam pelo menos 10 cigarros por dia. Os pesquisadores analisaram as respostas do corpo estriado ventral, a área do cérebro responsável pela motivação e comportamento orientado por um objetivo.
 
Os que apresentavam as respostas mais fracas do corpo estriado eram menos propensos a se absterem de fumar. Wilson acredita que sua pesquisa possa levar a soluções para identificar os fumantes mais problemáticos e desenvolver novos métodos de parar de fumar específicos para suas necessidades.
 
— Nossos resultados sugerem que pode ser possível identificar os indivíduos de maneira prospectiva, medindo como seus cérebros respondem a recompensas, uma observação que tem implicações conceituais e clínicas significativas. Por exemplo, os fumantes especialmente "em risco" poderiam ser identificados antes de uma tentativa de parar e receber intervenções especiais, criadas para aumentar suas chances de sucesso — disse Wilson.
 
O estudo foi publicado online pela Associação Americana de Psicologia.
 
Um bom motivo para parar
A Estudo Bem-Estar, iniciativa da Unimed Porto Alegre, traz um bom motivo para deixar de fumar: o cigarro é apontado pela pesquisa como um dos fatores que atrapalham o bem-estar. Além disso, pessoas que declararam ter alguém que fuma na família também apresentam menor bem-estar. O impacto de ser fumante ou ter um familiar fumante é semelhante.

Zero Hora

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