Reprodução: Braço de paciente contaminado com a doença |
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) avisa, em nota da assessoria
de imprensa divulgada nesta quinta-feira (7), que mantém contato com
todos os brasileiros residentes em países africanos afetados pelo ebola.
Segundo a pasta, são aproximadamente 50 brasileiros morando na Guiné e
12 na Libéria. Entre eles estão missionários evangélicos que trabalham
no interior - áreas de maior risco.
"Todas as embaixadas brasileiras na região [da África,
afetada pelo surto de ebola] foram instruídas a manter contato contínuo
com a comunidade expatriada local, incluindo funcionários a serviço de
empresas brasileiras e estrangeiras, com vistas a verificar a situação
pessoal e prestar-lhes toda assistência consular cabível", diz a nota.
O
Itamaraty informa que o Brasil tem acompanhado a evolução da situação
sobre a ocorrência de casos de febre hemorrágica, por meio de relatos
transmitidos pelas embaixadas do Brasil em Conacri (Guiné), Monróvia
(Libéria), Freetown (Serra Leoa) e Abuja (Nigéria). Com base nos
relatos, recomenda as medidas profiláticas básicas, que evitem áreas
mais afetadas e façam a higiene adequada.
O MRE diz que não houve
nenhuma solicitação de auxílio adicional ao já prestado, e destaca que
não há brasileiros infectados. Salienta ainda que está sempre preparado
para lidar com "situações de contingência".
O ebola causa febre
alta e, nos casos mais graves, hemorragias. É transmitida pelo contato
com fluidos corporais, e as pessoas próximas aos pacientes são as que
apresentam maior risco de contrair a doença. Desde o início do ano, a
epidemia causou 932 mortes e mais de 1.700 pessoas estão infectadas em
Serra Leoa, na Guiné, Libéria e Nigéria - na costa atlântica da África
Ocidental.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma
sessão de emergência, que ocorre desde quarta-feira (6), em Genebra, na Suíça, a
portas fechadas, para decidir se declara situação de crise
internacional. A decisão é esperada para esta sexta-feira (8).
Agência Brasil
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