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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Mundo está mal preparado para emergências sanitárias, diz diretora da OMS

AP: Os pais de Promise Cooper, 16 anos, Emmanuel Junior
 Cooper, 11 anos, e Benson Cooper, de 15, morreram de ebola
 na Libéria
Margaret Chan: "Falta de tratamento é porque ebola é histórica e geograficamente confinado a nações africanas pobres"
 
O atual surto de ebola é “a mais grave emergência dos tempos modernos” e mostra que o mundo está mal preparado para responder a uma emergência sanitária crítica disse nesta segunda (13) a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan.
 
“O mundo está mal preparado para responder a qualquer emergência sanitária sustentada e severa”, disse a diretora num discurso lido por um representante da OMS em reunião de responsáveis de saúde do Pacífico Ocidental, em Manila, e distribuído à imprensa, em Genebra.
 
Margaret Chan frisou que esta constatação não se refere apenas ao surto de ebola na África Ocidental, mas a qualquer outra emergência da mesma magnitude.
 
O atual surto, considerou, é a maior emergência sanitária da nossa era. “Na minha longa carreira na saúde pública, que incluiu lidar com os surtos de H5N1 e Sars (síndrome respiratória aguda grave), em Hong Kong, e com a pandemia de gripe, na OMS, nunca vi um assunto que atraia tanto interesse midiático mundial. Nunca vi um problema de saúde que provoque tanto medo e terror fora dos países afetados. Nunca vi uma doença contagiosa que contribua tão fortemente para o potencial fracasso de um Estado”, disse a diretora-geral da OMS.
 
A reunião de 18 de setembro, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para avaliar a situação demonstra se tratar de “uma crise de saúde pública que se transformou numa crise que afeta a paz e a segurança internacional”, avaliou Margaret Chan.
 
Ela realçou que a evolução do surto foi parcialmente determinada pelo fato de ter surgido em países pobres com sistemas de saúde precários. “O surto demonstra os perigos das crescentes desigualdades sociais e econômicas no mundo. Os ricos obtêm o melhor tratamento. Os pobres são deixados [para] morrer”, disse.
 
A inexistência de tratamentos ou vacinas para um vírus conhecido desde 1976 deve-se ao fato de “o ebola ter sido histórica e geograficamente confinado a nações africanas pobres”, destacou a diretora da OMS. Mais de 8 mil pessoas foram infectadas com o ebola, na África. Nos últimos meses, mais de 4 mil africanos morreram.

Agência Brasil

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