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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Como fica a vida sexual após a retirada da próstata?

Câncer prejudica o sexo mesmo antes da retirada da glândula
 
A resposta para a pergunta é uma só: a vida sexual muda depois que o homem precisa retirar a próstata. Mas muda também antes, quando ele é diagnosticado com alguma doença na glândula. O câncer de próstata acomete um em cada seis homens brasileiros e 95% deles procura um médico quando já está em estágio avançado.
 
Há várias formas de tratar o câncer de próstata. Se ele for diagnosticado no início, quando os sintomas praticamente não são percebidos, a próstata pode nem ser retirada e técnicas menos agressivas são utilizadas. Se a doença for encontrada em estágio avançado, então a retirada é quase certa.
 
– Infelizmente, em 60% dos casos de cirurgia de retirada da próstata há lesão da enervação que comanda a ereção. Isso significa que há modificação nos nervos que ficam próximos à glândula e pode levar o homem à impotência – explica o médico Sérgio Iankowski.
 
A próstata só é retirada quando o câncer já está em estágio avançado e não respondeu a outras terapias. A cirurgia é feita por uma incisão abdominal e, então, a glândula é retirada por baixo da bexiga. O homem pode ser liberado do hospital em até 24 horas. Se a recuperação correr bem, uma semana depois ele está pronto para o sexo novamente.
 
O sexo não muda. O que pode mudar é a ejaculação. Como a válvula que direciona o sêmen para fora da uretra é interrompida durante a cirurgia, então o fluído é redirecionado para a bexiga.
 
– Se não há lesão na enervação, então o orgasmo se mantém igual. A ejaculação existe, mas sai na urina depois.
 
Seis meses depois da cirurgia, os exames podem ser feitos para mostrar se houve lesão nos nervos que ficam próximos à glândula. Iankowski lembra ainda que 90% dos casos de câncer de próstata podem ser tratados se diagnosticados precocemente. Como a doença, nessa fase, é assintomática, todo homem quando chega aos 45 deve ir ao urologista e fazer o PSA e o exame de toque. PSA é uma enzima presente em células das glândulas anais e sua presença pode ser detectada no sangue.
 
Sozinho, o PSA não detecta o câncer, apenas indica alterações. É o exame de toque que pode dar o veredicto final. Depois dos 45, uma vez ao ano, o exame deve ser feito. Quem tem casos da doença na família deve encontrar o urologista antes.
 
– Além do câncer, uma patologia bastante comum depois dos 55 anos é a hiperplasia prostática, que faz com que o volume da próstata aumente e, se não tratada, pode se tornar um câncer – acrescenta o médico.
 
As causas dos problemas relacionados à próstata ainda são desconhecidas, mas o envelhecimento, o sedentarismo e alimentação saudável podem ser formas de prevenção também.
 
Zero Hora

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