Está em estudos um exame que detecta o câncer pela urina e por testes genéticos (no caso de tumores hereditários)
Ao realizar um exame urológico de rotina, o vendedor Péricles Lima, 54 anos, descobriu problemas com a próstata. Sem alteração na urina ou presença de outro sintoma, ele descobriu um tumor maligno em fase inicial e conseguiu reverter a situação com cirurgia:
— Se eu não tivesse feito o exame jamais saberia que tinha a doença e a situação poderia ser bem pior. O fato de ter descoberto o câncer em sua fase inicial foi muito importante para tratá-lo.
Para conscientizar sobre problemas como esse e esclarecer aspectos ligados a saúde masculina, há três anos ocorre no Brasil uma campanha de combate ao câncer de próstata liderada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Originário da Austrália, o Movimento Novembro Azul estimula os homens a se informarem sobre o tema e se encorajarem a fazer o exame preventivo.
Urologista do Instituto Lado a Lado pela Vida e parceiro da campanha, Carlos Bezerra explica que os exames podem ser feitos pelo sangue (PSA) ou pelo toque retal. A ecografia abdominal não é utilizada para detectar tumores, apenas para orientar o tratamento pós-diagnóstico. Bezerra explica que, se identificada de maneira precoce, a doença tem chance de cura de 87% a 90%.
— A melhor forma de diagnóstico é fazer os dois exames associados. Aumenta a chance de detecção — explica.
Sobre o futuro do exame de toque, que ainda assusta muitos homens, Bezerra afirma que está em estudos um exame que detecta o câncer pela urina e por testes genéticos (no caso de tumores hereditários). Novidades são esperadas para os próximos 10 ou 15 anos. Segundo o urologista, os testes deverão ser mais simples e mais precisos e possibilitarão o diagnóstico mais cedo.
Zero Hora
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