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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

SAMU: Trotes com pedidos falsos de atendimento prejudicam quem realmente precisa de socorro médico

O trote ao SAMU, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, é uma brincadeira de mau gosto que prejudica a atuação das equipes que atendem nas ambulâncias do serviço público de saúde em todo o Brasil. Quem passa trote ao SAMU coloca em risco a vida de quem realmente precisa de socorro médico
 
A técnica em enfermagem do SAMU do Distrito Federal, Carleide Moizinho, lamenta o fato de algumas pessoas ainda passarem trote para o SAMU. "A última vez nós fomos chamados para atender um incêndio na escadaria do metrô, na rodoviária do Plano Piloto, e aí foram disparadas várias viaturas básicas, inclusive, também, viatura avançada.
 
Nós ficamos procurando por muito tempo as vítimas e chegando lá a gente descobriu que era trote. A gente lamenta muito porque a gente entende que tem um serviço que faz a diferença para a vida das pessoas e estando o serviço ocupado com uma demanda para um trote pessoas que precisam ficam sem atendimento, infelizmente. Parada cardíaca, por exemplo, quanto menor o tempo-resposta, melhor a sobrevida, ou melhor, a possibilidade de o paciente sair daquele quadro".
 
A coordenadora-geral substituta da Força Nacional do SUS, Júlia Pacheco, reforça que o trote com pedido falso de ambulância pode atrasar um atendimento real, causando sequelas e até a morte em casos de maior urgência.
 
"O trote é, sim, um problema para o SAMU 192 porque ele pode prejudicar o atendimento caso uma ambulância, por exemplo, seja designada para uma chamada falsa ao invés de ser designada para atender uma pessoa que realmente precise. Então, os trotes podem atrapalhar a triagem que é feita nas centrais de regulação, prejudicando ou atrasando o serviço e o acesso ao serviço dos cidadãos que realmente têm necessidade. O tempo-resposta do SAMU, quanto mais rápido, menos sequelas e mais alta a probabilidade de manutenção da vida".
 
O SAMU existe desde 2003. Com a iniciativa, o governo federal já reduziu o número de mortes, o tempo de internação em hospitais e as sequelas causadas pela falta de socorro rápido. Atualmente, as ambulâncias do SAMU estão disponíveis para 150 milhões de brasileiros. São quase 3 mil municípios com acesso ao serviço, cobrindo 75% do território nacional.
 
O SAMU tem 2.970 ambulâncias, 216 motos, 8 embarcações e 7 helicópteros, todos equipados para salvar vidas durante o caminho até o hospital. Em caso de emergência médica, basta ligar 192 para chamar uma ambulância do SAMU.
 
Fonte: Fábio Ruas/ Agência Saúde

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