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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Técnica inovadora dá esperança para pacientes com leucemia

Estudos: que existe uma oportunidade de melhorar tratamento
 de adolescentes e jovens ao se seguir o protocolo pediátrico
Estudos sugerem que a combinação de novos agentes na quimioterapia podem ser eficazes no tratamento de pacientes jovens recém-diagnosticados ou idosos com leucemia aguda
 
Novas terapias e combinações de formas de tratamento dão esperança a diferentes grupos de pacientes com leucemia. De acordo com pesquisadores, não existe um modo único de tratar o câncer no glóbulos brancos do sangue, o tratamento vai estar muito ligado ao tipo de leucemia e ao tipo de paciente.
 
Nos últimos anos, o que se viu não foi só a melhora global do tratamento contra a doença, mais também a inovação em terapias para subgrupos de pacientes tradicionalmente mais vulneráveis como idosos, pacientes com mutações genéticas mais agressivas e também um avanço no tratamento para adolescentes e jovens adultos. Os resultados são muito positivos.
 
Estudos apresentados na reunião da Sociedade Americana de Hematologia, em San Francisco (EUA), sugerem que a combinação de novos agentes na quimioterapia podem ser eficazes no tratamento de pacientes jovens recém-diagnosticados ou idosos com leucemia aguda.
 
Outras pesquisas apontam que adolescentes e adultos jovens podem responder melhor ao tratamento com um regime de quimioterapia comum a crianças, em vez de com regimes adultos padrão.
 
Para David Steensma, moderador da mesa de debates e pesquisador do Instituto de Câncer Dana-Faber, em Boston (EUA), o estudo realizado por Eytan M. Stein, oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center é muito inovador.
 
Aproximadamente 15% dos pacientes de leucemia mielóide aguda têm uma forma mutante do gene IDH2. O gene normalmente faz com que uma proteína desempenhe um papel fundamental no metabolismo celular. No entanto, quando o gene está mutado, um processo faz com que os glóbulos brancos se acumulem, ocasionando a leucemia aguda.
 
O grupo de Stein conseguiu desenvolver uma droga que bloqueia este processo fazendo com que os glóbulos brancos se desenvolvam normalmente. O estudo foi feito com 45 pacientes com este tipo de doença. "Os resultados preliminares neste tipo de paciente difícil de tratar demonstram que ao inibir o gene mutante podemos transformar células de leucemia em células saudáveis e erradicar a doença sem o uso da quimioterapia. Ao direcionarmos o tratamento para gene específico da doença, conseguimos aumentar a eficácia, aumentando a expectativa de vida do paciente e minimizando a toxicidade do tratamento”, afirma Stein.
 
Quando menos é mais
Um estudo realizado com 296 pacientes entre 16 e 39 anos com Leucemia linfóide aguda – doença caracterizada pela produção maligna de linfócitos imaturos na medula óssea – mostrou o tratamento pediátrico também é indicado para adolescentes e jovens adultos. Após dois anos de acompanhamento, 78% dos pacientes sobreviveram e 66% não tiveram recidiva.
 
Normalmente, apenas 39% dos pacientes nestas faixas etárias (16-39) sobrevivem (e sem recidiva), seguindo o tratamento tradicional.
 
"Os resultados mostram que existe uma oportunidade de melhorarmos o tratamento de adolescentes e jovens adultos ao se seguir o protocolo de tratamento pediátrico. O próximo passo é focar a pesquisa em novas avaliações sobre a combinação de tratamento para reduzir a doença residual nesses pacientes”, afirma a autora do estudo Wendy Stock, da Universidade de Chicago.
 
“O que vemos hoje é que as coisas estão melhorando [para o tratamento da leucemia]. Não de forma uniforme e para todo o tipo de paciente. Mas muitos ainda são tratados com quimioterapia sem obter sucesso. É sem dúvidas muito interessante ver que existe cada vez mais novos tratamentos posssíveis”, afirma David Steensma, moderador da mesa de debates e pesquisador do Instituto de Câncer Dana-Faber, em Boston (EUA).
 
Steensma acredita que o desafio de médicos e pesquisadores será em entender cada vez mais distinguir como os vários subtipos da leucemia pode afetar determinados pacientes para que novas abordagens sejam criadas.
 
iG

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