Alerta foi feito pelo economista Jim O'Neill, que advertiu também sobre recuo de até 3,5% na economia global
Rio - Infecções ocasionadas por bactérias resistentes a drogas vão matar 10 milhões de pessoas anualmente até 2050 em todo o mundo, segundo alerta de uma equipe de especialistas contratada pelo governo do Reino Unido para estudar o assunto. Liderado pelo economista Jim O'Neill, autor do acrônimo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o grupo pediu mais esforços para evitar esse cenário catastrófico.
Em entrevista à BBC, O'Neill afirmou que os custos decorrentes das mortes girariam em torno de US$ 100 trilhões. A redução da população e o impacto sobre os problemas de saúde reduziriam a produção econômica mundial, entre 2% e 3,5%. A análise foi baseada em cenários modelados por pesquisadores da Rand Europe e auditores da KPMG.
De acordo com o estudo, grande parte das fatalidades seria causada pela maior resistência das bactérias Escherichia Coli (E. Coli), malária e tuberculose. Na Europa e nos Estados Unidos, a resistência antimicrobiana provoca pelo menos 50 mil mortes a cada ano. E se não forem controladas, as mortes subiriam mais de 10 vezes até 2050.
Para evitar o cenário, O'Neill recomendaram maior pesquisa para produção de drogas que evitem a resistência das bactérias e maior coordenação internacional para a distribuição desses medicamentos.
O Globo
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