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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

São Paulo tem nova casa para acolher pessoas com transtornos mentais

A rede de assistência às pessoas com transtornos mentais em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo, ganhou nessa segunda-feira (08) reforço de um novo Serviço Residencial Terapêutico (SRT)
 
Implantado para responder às necessidades de moradia de pessoas com transtornos psicológicos graves, que ficarão internadas durante um longo período (dois ou mais anos ininterruptos), a nova casa é o segundo SRT do município.
 
Além dos estabelecimentos citados, integram a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Mauá uma Unidade de Acolhimento Infantil, um Consultório na Rua e dois Centros de Atenção Psicossocial 24 horas. O novo Serviço Residencial Terapêutico de Mauá, do tipo II, contou com R$ 20 mil do Ministério da Saúde para a sua implantação e receberá cerca de R$ 20 mil mensais para custeio das atividades. Essa residência terapêutica terá espaço para abrigar dez pacientes. Os moradores desses estabelecimentos também recebem auxílio-reabilitação psicossocial, benefício dado a pacientes que tenham permanecido em longas internações psiquiátricas. O pagamento (R$ 412 por mês) é feito no âmbito do programa De Volta Para Casa.
 
Saúde Mental
As residências terapêuticas estão inseridas na Política Nacional de Saúde Mental, executada pelo Ministério da Saúde em parceria com estados e municípios para garantir a humanização do atendimento e a reintegração de pessoas com intenso sofrimento psíquico.
 
Os locais são casas localizadas no espaço urbano e, além de disponibilizar moradia a pessoas com transtornos graves, também ajudam a reinserir os moradores na vida social. Essas residências funcionam vinculadas a um serviço/equipe de profissionais de saúde mental e contam com, pelo menos, um cuidador de referência, além de técnico de enfermagem, no caso dos estabelecimentos de tipo II (que acolhe pacientes com grau de dependência maior).
 
O modelo tem mudado o foco da hospitalização como centro ou única possibilidade de tratamento desses cidadãos, como ressaltou o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante inauguração da nova residência. “Por terem transtornos mentais, as pessoas foram obrigadas a viver por muito tempo sem liberdade dentro de um hospital psiquiátrico e agora vão tratar nos CAPS e morar em uma casa digna, com espaço de liberdade e todo o apoio para voltar a serem cidadãos”, afirmou Chioro. São Paulo tem nova casa para acolher pessoas com transtornos mentais
 
Acolhimento
Local atenderá necessidades de moradia de pessoas com transtornos psicológicos graves, que ficarão internadas durante longo períodoAlém dos SRT, a rede pública de saúde mental conta, hoje, com 2.155 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), 60 unidades de acolhimento, 800 leitos em Enfermarias de Saúde Mental em hospitais gerais e 129 Consultórios na Rua, 695 Serviços Residenciais Terapêuticos do tipo I e II, entre outros estabelecimentos do SUS que realizam atendimentos a pessoas com transtornos mentais.
 
Unidade Básica
O ministro também visitou, em Mauá, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Cidade Kennedy, que recebeu R$ 349,6 mil do Ministério da Saúde para reforma. O investimento foi realizado por meio do Programa de Requalificação de UBS. Atualmente, essa unidade conta com quatro equipes de saúde da família, quatro equipes de saúde bucal e um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Além de Cidade Kennedy, Mauá conta com outras 21 UBS. Em todo o País, há 40.517 Unidades Básicas de Saúde.
 
Hospital de Clínicas de São Bernardo
A região do ABC paulista também ganhou reforço na assistência cardiológica. Nesta segunda-feira, o ministro Arthur Chioro inaugurou a sala de hemodinâmica do Hospital de Clínicas de São Bernardo do Campo, o primeiro serviço para atendimento 24h de angioplastia. O espaço conta com dois leitos de recuperação e é destinado ao atendimento de casos de infarto e outras cardiopatias emergenciais.
 
A sala conta também com um dos mais modernos equipamentos para exames e cirurgias cardíacas: a máquina hemodinâmica que faz exames e procedimentos minimamente invasivos, como a introdução de cateteres e stents pequenos no aparelho circulatório, além de pequenas cirurgias. O investimento do governo federal na sala totalizou R$ 1,8 milhões.
 
“Muitos pacientes do ABC que antes tinham que ser transferidos para São Paulo, agora, passam a contar com a hemodinâmica, não só para as urgências cardiológicas, mas para cirurgias vasculares e neurocirurgias, tão decisivos para enfrentar o perfil de morbimortalidade da população dessa região. É um investimento primoroso para essa região”, enfatizou Arthur Chioro.
 
Para expandir o atendimento emergencial, o Ministério da Saúde também habilitou 50 novos leitos, sendo 20 de UTI e 30 de internação, que se somarão aos 110 já em funcionamento. Os leitos começam a funcionar a partir deste mês.
 
O investimento do governo federal para as novas unidades inseridas na estratégia de Rede de Urgência e Emergência (RUE) chega a R$ 10,5 milhões ao ano. “Desde que o Hospital foi inaugurado já são quase R$ 80 milhões de recurso para custeio por ano e a tendência é que, com a habilitação de novos serviços, esses recursos aumentem. Essa é a lógica do cofinanciamento público em todos os hospitais públicos que inauguramos neste ano no País”, finalizou o Ministro da Saúde.
 
As inaugurações marcaram o aniversário de um ano do Hospital de Clínicas de São Bernardo do Campo. Inaugurada pela presidente Dilma Rousseff, a unidade realizou 3.100 internações, 1.300 cirurgias e 13.300 consultas, se consolidando como referência em cuidado humanizado e de qualidade. O Ministério da Saúde destinou mais de R$140 milhões para a construção da unidade e outros mais de R$ 2 milhões para o custeio de procedimentos do hospital.
 

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