Um novo teste diagnóstico para fibrose cística, doença genética que acomete 1,5 mil pessoas no Brasil, está sendo desenvolvido por uma pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz)
A assistente de pesquisa, pneumologista e pediatra do IFF, Izabela Sad, começou suas pesquisas sobre o teste da medida da diferença de potencial nasal (DPN) em 2004, quando viajou para a Bélgica.
Atualmente, o estudo inédito e pioneiro está em fase de validação em território brasileiro e conta com a colaboração da pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Raísa Martins e consultoria da cientista polonesa Aleksandra Norek. Sad explica que, na época, não havia ainda um protocolo internacional para realização do teste, assim, cada país o fazia de maneira diferente.
Apenas em 2009 foi criado um procedimento padrão. “O DPN está incluído na lista de exames que possibilitam os critérios diagnóstico da doença, ao lado do teste do suor, do pezinho, análise genética e histórico clínico e familiar”, detalha.
Para a realização do novo DPN, a pesquisadora do IFF conta com a parceria de Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), que cede substâncias para o preparo das soluções usadas no exame, cuja duração é em torno de uma hora. A parceria teve início em 2010, com colaboração do chefe da Seção de Soluções e Diluentes (Sesod), Jorge Batista de Almeida. Atualmente, Bio-Manguinhos produz 25 soluções utilizadas como insumos nos produtos do portfólio.
Para a realização do novo DPN, a pesquisadora do IFF conta com a parceria de Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), que cede substâncias para o preparo das soluções usadas no exame, cuja duração é em torno de uma hora. A parceria teve início em 2010, com colaboração do chefe da Seção de Soluções e Diluentes (Sesod), Jorge Batista de Almeida. Atualmente, Bio-Manguinhos produz 25 soluções utilizadas como insumos nos produtos do portfólio.
O novo DPN representa uma opção complementar no diagnóstico da fibrose cística, que quanto mais precoce ocorrer, melhor para o paciente. O exame vai ser útil também no acompanhamento da resposta dos pacientes ao uso de medicamentos de nova geração, que buscam corrigir o defeito da proteína alterada nessa doença.
Os testes e o acompanhamento com os 50 voluntários necessários para a validação da pesquisa começarão este mês, no IFF. Para ser voluntário e contribuir com a pesquisa, basta enviar um e-mail para Izabela Sad
dpn.iff.fiocruz@gmail.com
ou ligar para 2554-1759.
Sobre a fibrose cística
A doença tem origem genética, por herança autossômica recessiva, e é caracterizada pelo mal funcionamento do transporte dos íons cloro e sódio por meio das membranas das células das glândulas exócrinas de todo organismo. Além de comprometer os aparelhos respiratório e digestório, a fibrose cística também pode afetar o sistema reprodutor e glândulas sudoríparas.
Isabela Pimentel / Ascom Bio-Manguinhos
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