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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Exame de sangue pode indicar melhor tratamento para parar de fumar

Estudo indica que taxa de metabolização da nicotina influencia na aderência do tabagista aos tratamentos para abandonar o cigarro
 
A escolha do melhor tratamento para um tabagista parar de fumar depende da velocidade em que a nicotina é metabolizada no seu organismo. A constatação é de uma pesquisa publicada nesta segunda-feira no periódico The Lancet Respiratory Medicine. Todo ano, cerca de 6 milhões de pessoas morrem em decorrência de doenças causadas pelo tabagismo.
 
“Quase 65% dos fumantes que tentam largar o cigarro retomam o vício na primeira semana de tentativa. Nossos resultados mostram que fazer o tratamento baseado na velocidade de metabolização da nicotina pode levar à escolha de um tratamento mais adequado”, afirma Caryn Lerman, professora na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e coautora do estudo.
 
Participaram da pesquisa 1 246 fumantes que queriam abandonar o tabagismo. Os pesquisadores mediram a taxa de metabolização da nicotina dos voluntários por meio de um exame de sangue, e dividiram os participantes em dois grupos. Um grupo tomou uma pílula de placebo e usou adesivos com nicotina e outro ingeriu a droga varenicilina (Champix, no nome comercial) e usou um adesivo placebo. Nos dois casos, o tratamento durou onze semanas. Os voluntários receberam atendimento psicológico e foram monitorados por um ano após o fim do estudo.
 
Tratamentos
A pesquisa identificou que aqueles que tinham um metabolismo de nicotina normal, cerca de 60% dos indivíduos, fumavam mais e apresentavam maiores dificuldades para deixar o vício. Para eles, a droga vareniclina foi duas vezes mais eficiente que o adesivo. Os tabagistas que apresentaram uma baixa taxa de metabolização da substância exibiram melhores resultados com o uso de adesivos com nicotina.
 
“Um exame de sangue rápido para medir a taxa em que a nicotina é metabolizada poderia ser desenvolvido e inserido na prática clínica para aconselhar o melhor tratamento para o fumante”, diz Rachel Tyndale, coautora da pesquisa e pesquisadora da Universidade de Toronto, no Canadá.
 
Veja

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