Estudiosos canadenses reverteram doença de Alzheimer em seis pacientes, fato inédito em tratamentos até então |
O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, mais comum após os 65 anos de idade, e caracteriza-se pela perda progressiva de células neurais, o que leva a demência.
Atualmente a doença é responsável por 50% a 80% dos casos de demência no mundo. Existem vários tipos de demência e elas comprometem o funcionamento cognitivo como atenção, memória, linguagem, raciocínio, pensamento, percepção, entre outras funções neurais, além da capacidade físico-espacial.
Em dois dos casos citados, a deterioração da área do cérebro relacionada à memória parou de encolher, mas não somente, também voltou a crescer. Nos outros quatro, o processo de deterioração estagnou-se completamente.
As pessoas que têm o Alzheimer perdem a memória recente e é comum a desorientação. Isso acontece porque uma das primeiras regiões afetadas pela doença é a do hipocampo, responsável pela memória. A região sofre um processo de encolhimento.
Imagens do cérebro revelaram que o lobo temporal, região onde se encontram o hipocampo e o cingulado posterior, passam a usar menos glicose que o normal como se estivessem “desligadas,” e como ambas desempenham um papel importante na memória, elas têm o seu funcionamento comprometido.
A fim de reverter o quadro, a equipe de Lozano passou a estimular o cérebro dos pacientes enviando impulsos elétricos através de eletrodos implantados. Sua equipe instalou os dispositivos numa região próxima a do fórnix (um conjunto de neurônios que são responsáveis por transmitir sinais ao hipocampo) dos pacientes com a doença. Os pequenos impulsos elétricos eram enviados 130 vezes por segundo.
O resultado dos testes após o período de um ano mostraram que a redução da glicose foi revertida nas seis pessoas.
Embora pareça pouco, a descoberta é surpreendente e estimulante, uma vez que pode contribuir para os novos caminhos do tratamento do Alzheimer,. Esta foi a primeira vez em que se viu este tipo de resultados.
Para avançar nos estudos, os cientistas iniciaram uma nova etapa na pesquisa, que contará com 50 pessoas.
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