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sexta-feira, 20 de março de 2015

Nova droga redutora de colesterol entusiasma cardiologistas de todo o mundo

O evolucomabe é um novo agente redutor de colesterol que inibe a proteína PCSK9, responsável pela degradação do receptor de LDL-colesterol (conhecido como “colesterol ruim”)
 
A sua ação permite que mais receptores de LDL-c fiquem disponíveis na superfície celular, reduzindo a concentração de LDL-c circulante no sangue.
 
O estudo OSLER, apresentado no Congresso do American College of Cardiology, avaliou os efeitos do evolucomabe sobre complicações cardiovasculares. Um total de 4.465 foram selecionados para serem incluídos nesse estudo. Os pacientes foram randomizados na proporção 2:1 para receber o evolucomabe em combinação com tratamento padrão (2.976) ou, simplesmente, tratamento padrão (1.489). O tratamento padrão consistia no uso das estatinas, como a sinvastatina e atorvastatina (30% dos pacientes não usava nenhuma estatina).
 
O seguimento médio dos pacientes foi de 11,1 meses. O evolucomabe foi administrado de forma subcutânea nas doses de 140mg a cada 2 semanas ou 420mg ao mês, uma vez que reduziram os níveis de LDL-c de forma similar.
 
O estudo avaliou os níveis de colesterol, a tolerabilidade à droga e as complicações cardiovasculares (morte, infarto do miocárdio, angina instável, revascularização miocárdica, acidente vascular cerebral, isquemia cerebral transitória e insuficiência cardíaca). A administração de evolucomabe em associação ao tratamento padrão reduziu os níveis de LDL-c em 61% (nível médio de 73mg/dL) ao final de 48 semanas. Ao se considerar as metas recomendadas para o LDL-c, mais de 90% alcançaram concentrações abaixo de 100 mg/dL de LDL-c no grupo evolucomabe versus 26% no grupo controle.
 
Em relação aos desfechos clínicos, a incidência de complicações cardiovasculares foi de 2,18% no grupo controle e 0,95% no grupo evolucomabe ao final de 1 ano. No quesito segurança,  os achados clínico-laboratoriais foram similares entre os grupos e a interrupção de evolucomabe aconteceu em apenas 2,4% dos pacientes.
 
O Dr. Marc Sabatine, professor da Harvard Medical School, concluiu a apresentação do estudo dizendo: “os dados desses estudos dão suporte à inibição do PCSK9 como um meio seguro e efetivo para a redução de complicações cardiovasculares maiores através de uma redução intensa do LDL-c”.
 
Devemos lembrar que muitas pessoas não toleram as estatinas por seus efeitos colaterais (dores musculares) ou não atingem os níveis ideais de LDL-c em doses máximas ou associadas com outras drogas, como a ezetimiba. Um estudo que já está em andamento, chamado de Fourier, deverá avaliar os efeitos do evolucomabe em mais de 27 mil pacientes com doença cardiovascular.
 
UOL

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