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sexta-feira, 29 de junho de 2018

Níveis adequados de vitamina D podem diminuir a incidência de abortos

Resultado de imagem para vitamina dAs mulheres que tiveram um aborto espontâneo anteriormente têm maior probabilidade de engravidar e dar a luz a um bebê se apresentarem níveis adequados de vitamina D em seu organismo, indica um novo estudo. As novas descobertas sugerem que a vitamina D poderia ter um papel protetor na gravidez

Estudos anteriores mostraram que a fertilização in vitro é mais bem sucedida entre as mulheres com níveis mais elevados de vitamina D. Mas os pesquisadores notaram que há pouca evidência sobre a ligação entre a vitamina D e as taxas de gravidez/perda de gravidez entre as mulheres que não usam tecnologias reprodutivas.

Para o estudo, os pesquisadores examinaram os níveis de vitamina D de 1.200 mulheres com histórico de aborto antes de engravidar novamente. Seus níveis de vitamina D também foram testados quando estavam com oito semanas de gravidez.

Embora não seja capaz de comprovar uma relação de causa e efeito, o estudo mostrou que as mulheres que tinham níveis adequados de vitamina D, ou concentrações de 30 nanogramas por mililitro (ng/mL) ou mais, tinham 10% mais chances de engravidar e 15% mais probabilidade de ter um nascimento vivo do que aquelas com níveis mais baixos de vitamina D.

Entre as mulheres que engravidaram, cada aumento de 10 ng/mL de vitamina D antes da concepção foi associado a um risco 12% menor de aborto espontâneo. Os pesquisadores relataram que, na oitava semana de gravidez, os níveis de vitamina D não estavam mais ligados à perda de gravidez. Os resultados foram publicados na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology.

Terra

Segurança: Stents e implantes de quadril e joelho serão rastreados por código de barras via Registro Nacional de Implantes

Imagem relacionadaO padrão do código de barras seguirá os critérios de identificação única do IMDRF

Foi publicada nesta segunda-feira (25/6), no Diário Oficial da União, a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC 232, de 21 de junho de 2018, da Anvisa, que dispõe sobre a obrigatoriedade de inclusão de código de barras linear ou bidimensional em etiquetas de rastreabilidade de stents para artérias coronárias, stents farmacológicos para artérias coronárias, e implantes para artroplastia de quadril e de joelho.

O padrão do código de barras seguirá os critérios de identificação única do Fórum Internacional de Reguladores de Dispositivos Médicos (IMDRF - em inglês). A etiqueta de rastreabilidade que irá permitir identificar para onde cada produto foi enviado e em que paciente foi implantado será alinhada aos requisitos do UDI - Unique Device Identification.

Registro Nacional de Implantes
Com a nova RDC o sistema de rastreamento será unificado com o Registro Nacional de Implantes (RNI) para controlar e monitorar próteses de quadril e joelhos e stents coronários utilizados em procedimentos médicos. A criação do sistema permitirá o cadastramento de pacientes submetidos a tais procedimentos e que terá dados dos produtos implantados, do profissional e do serviço de saúde onde foram realizados, o que facilitará a coleta de dados de forma mais eficaz.

Com o RNI será possível ainda gerar informações sobre próteses e stents implantados, técnicas cirúrgicas utilizadas, do perfil dos pacientes e dos serviços de saúde envolvidos. Esses dados serão úteis para aprimorar a regulação dos produtos implantáveis, bem como indicar as melhores condutas terapêuticas e os materiais mais adequados.

Implementação
A implementação do sistema RNI nos serviços de saúde ocorrerá de maneira gradual. No primeiro momento, será de forma voluntária e com a adesão dos hospitais que participaram do teste piloto ocorrido na fase de desenvolvimento do sistema.

Gradativamente, o RNI será disponibilizado para outros serviços de saúde, com a perspectiva de que, a médio prazo, sua adesão seja compulsória pelos serviços de saúde, sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa.

ANVISA

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Saiba mais sobre os diferentes tipos de diabetes

diabetesDiabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz

Mas o que é insulina? É um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia. Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue fica alto - a famosa hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Existem dois tipos principais de diabetes
  • Diabetes tipo 1 - onde o sistema imunológico do corpo ataca e destrói as células que produzem insulina
  • Diabetes tipo 2 - em que o corpo não produz insulina suficiente ou as células do corpo não reagem à insulina
  • O diabetes tipo 2 é muito mais comum que o tipo 1.
Diabetes Gestacional
Durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudanças em seu equilíbrio hormonal. A placenta, por exemplo, é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro.

Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intrauterino, há maior risco de crescimento excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta.

Outros tipos
São decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticóides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.)

Principais sintomas tipo 1: vontade de urinar diversas vezes; fome freqüente; sede constante; perda de peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de humor; náusea; vômito.

Principais sintomas tipo 2: infecções freqüentes; alteração visual (visão embaçada); dificuldade na cicatrização de feridas; formigamento nos pés; furúnculos.

Pré-diabetes
Pessoas que tem níveis de açúcar no sangue acima da faixa normal, mas não alto o suficiente para ser diagnosticado como tendo diabetes. É conhecido como pré-diabetes. Se o seu nível de açúcar no sangue estiver acima da faixa normal, o risco de desenvolver diabetes completo é maior. É muito importante que o diabetes seja diagnosticado o mais cedo possível, porque ele ficará pior se não for tratado.

Tratamento no SUS
Para os que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente, já na atenção básica - porta de entrada do SUS, atenção integral e gratuita, desenvolvendo ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulinas. Para monitoramento do índice glicêmico, ainda está disponível nas unidades de Atenção Básica de Saúde, reagentes e seringas.

O programa Aqui Tem Farmácia Popular, parceria do Ministério da Saúde com mais de 34 mil farmácias privadas em todo o país, também distribui medicamentos gratuitos, entre eles o cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas

Alimentação
É preciso ter cuidado redobrado com a alimentação para evitar os males provocados pela doença. É possível comer bem, comer de forma saudável, sem abrir mão de apreciar alimentos muito gostosos.

Confira!

 Blog da Saúde com informações da Sociedade Brasileira de Diabetes

Serotonina pode acelerar aprendizado

Resultado de imagem para aprendizadoExperimento com camundongos mostra potencial influência do neurotransmissor no process

Um dos principais neurotransmissores – substâncias usadas pelos neurônios para se “comunicarem” uns com os outros -, a serotonina pode acelerar o aprendizado. O potencial efeito foi revelado em experimento com camundongos realizado por pesquisadores do Centro Champalimaud para o Desconhecido (CCU), em Portugal, e do University College London (UCL), no Reino Unido, e relatado nesta terça-feira no periódico científico “Nature Communications”.

Na experiência, os animais tiveram seus cérebros alterados de forma que os neurônios produtores de serotonina pudessem ser ativados ou desativados usando uma luz, numa técnica conhecida como optogenética. Eles foram então submetidos a um processo no qual tinham que aprender a obter água acionando um de dois dispensários, à esquerda e à direita, de uma câmara onde foram colocados, com cada um deles tendo uma chance de fornecer ou não o líquido.

Ao analisarem os dados do experimento, os cientistas descobriram que o tempo que os camundongos esperavam entre as tentativas de obter água era variável: ou eles tentavam novamente de imediato, acionando um dos dispensários, ou esperavam mais entre as ações. E foi justamente usando modelos matemáticos sobre esta variabilidade que eles vislumbraram o potencial efeito da serotonina no processo de decisão dos animais.

Segundo os pesquisadores, ambas estratégias dos camundongos tinham um mesmo objetivo: maximizar a probabilidade de recompensa, ou seja, de obter água. Especificamente, quando o intervalo era mais curto, o modelo que melhor previa a escolha era baseado quase completamente no resultado (água ou não) da tentativa anterior – isto é, eles acionavam o mesmo dispensário novamente, e se não recebessem água iam direto para o outro, numa estratégia conhecida como “ganho-fica-perda-troca”.

Isto, dizem os cientistas, sugere que, quando o intervalo é curto, os animais estão se baseando na sua “memória de trabalho” para fazer a escolha, ou seja, na memória de curto prazo que se preocupa mais com resultados imediatos. É o tipo de memória que nos permite, por exemplo, lembrar de um número de telefone quando informado, mas logo esquecê-lo se não ficarmos repetindo ele para nós mesmos várias vezes.

Por outro lado, quando o intervalo entre as tentativas era maior que sete segundos, o modelo que melhor previu o comportamento dos camundongos sugere que os animais estavam usando a experiência acumulada das recompensas para guiar sua decisão – ou seja, a memória de longo prazo entrou em ação. É o tipo de memória que nos permite guardar o que aprendemos, como tocar piano.

Os cientistas então ativaram os neurônios produtores de serotonina no cérebro dos camundongos para ver se isso afetava a frequência da estratégia escolhida por eles. A princípio, os níveis mais altos do neurotransmissor no órgão não pareceram influenciar o processo, mas ao compilarem os dados à luz dos intervalos eles observaram que a ativação destes neurônios elevou a eficácia do aprendizado com base nas experiências prévias de recompensa da segunda estratégia

 – O estudo mostrou que a serotonina aumenta a velocidade do aprendizado – resumiu Zach Mainen, pesquisador do CCU e um dos líderes do estudo. – Quando os neurônios produtores de serotonina foram ativados artificialmente, os camundongos foram mais rápidos em adaptar seu comportamento numa situação que requeria tal tipo de flexibilidade. Isto é, eles deram peso maior às novas informações e mudaram de ideia mais rapidamente quando estes neurônios estavam ativos.

Ainda de acordo com os pesquisadores, os resultados do experimento podem servir de explicação para um enigma médico envolvendo uma classe de antidepressivos conhecida como inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) e porquê eles são mais eficazes quando usados em combinação com terapias comportamentais. Segundo eles, ao aumentar a plasticidade cerebral influenciando a taxa de aprendizado, a serotonina junto com as chamadas terapias cognitivo-comportamentais encoraja a quebra de hábitos arraigados dos pacientes que levam aos sentimentos de depressão.

O Globo

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Parkinson também afeta pessoas mais novas e SUS oferece medicamento

doença de parkinson sintomasDanielle Ianzer foi diagnosticada com a doença de Parkinson há 7 anos, quando tinha 35 anos. Para ela, a notícia foi um choque

“Quando recebi o diagnóstico, fiquei sem chão e sem perspectiva de futuro. Eu só chorava e fiquei assim durante dois anos e meio, em depressão profunda, não tinha vontade de gerenciar meu tratamento, de me cuidar, e acabei jogando isso nas costas do meu esposo e da minha família”, conta a cientista e pesquisadora que hoje tem 42 anos.

Como o Parkinson vai se revelando aos poucos durante os anos, os primeiros sinais e sintomas muitas vezes passam despercebidos pelo doente e por pessoas com quem ele convive. “Devido a minha idade, o diagnóstico foi mais difícil. Eu fui em alguns médicos, fiz vários exames e nada dava alterado”, conta a cientista. “Eu recebi diagnóstico errado, de tremor essencial, que é mais comum em pessoas mais jovens. Fazia o tratamento e não respondia. A doença foi avançando. Depois descobri a depressão por causa da minha condição. Quando eu já estava tomada de sintomas, veio o diagnóstico de Parkinson”.

Vibrar com Parkinson
Os sintomas se manifestam em forma muito semelhante tanto em pessoas mais velhas, como em pessoas mais novas. No caso dos jovens, essa patologia chega de mansinho e se manifesta de forma lenta, sem ser muito perceptível. Um dos grandes desafios das pessoas que convivem com Parkinson é a forma como lidar com a doença, não somente fisicamente, como também psicologicamente e socialmente. O envolvimento de familiares e amigos no tratamento é importante para a qualidade de vida.

Foi em 2013, após o período de depressão, que Danielle começou a mudar. Ela pesquisou sobre a doença e passou a desenvolver o projeto Vibrar com Parkinson, que a ajudou a lidar com a doença. Agora, ela quer ajudar outras pessoas a enfrenta-la também. “O projeto foi criado para conscientizar e informar pessoas que não sabem que os jovens podem desenvolver essa disfunção. O intuito do projeto é auxiliar pacientes, familiares e cuidadores na manutenção do bem-estar e da qualidade de vida, através de divulgação e difusão de informações sobre tudo que envolve a questão: tratamentos, remédios, pacientes e etc”, comenta.

Medicamentos no SUS
Pacientes com menos de cinquenta anos contam com mais um tratamento à disposição por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento levodopa será ofertado sem restrição de idade pelo Farmácia Popular. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Marco Fireman, explica que houve uma mudança no perfil dos pacientes acometidos pela doença. “Dados da OMS [Organização Mundial da Saúde] têm mostrado um crescimento de diagnósticos precoces. A mudança da norma é para garantir atendimento a todas as pessoas que sofrem com a doença”, detalha.

Fireman explica que os sintomas da doença de Parkinson ocorrem pela falta de dopamina no sistema nervoso central. Essa substância atua na comunicação entre as células. “O tratamento da doença, portanto, é baseado na reposição da dopamina, por meio da medicação. A Levedopa, agora disponível para diagnósticos precoces da doença, é um precursor de dopamina. Com ela, é possível a redução dos sintomas da doença de Parkison”, afirma.

A oferta dos fármacos tem como objetivo proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes com transtornos associados à doença, que afetam 200 mil pessoas no país. Essa é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, atrás somente do Alzheimer. “A ampliação do atendimento é para garantir atendimento e melhor qualidade de vida para pacientes e seus familiares”, finaliza o secretário.

Tratamento multidisciplinar
O Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas sobre Parkinson foi criado em 2002, atualizado em 2010 e em 2017. O documento estabelece o tratamento multidisciplinar e apresenta os diversos sinais e sintomas da doença. O tratamento deve ser feito à base de medicamentos, com o intuito de reduzir a progressão de sintomas. A escolha do medicamento mais adequado leva em consideração fatores como estágio da doença, a sintomatologia presente, ocorrência de efeitos colaterais, idade do paciente, medicamentos em uso e seu custo.

Caso a doença seja constatada, o tratamento deve ser feito à base de medicamentos, com o intuito da redução da progressão de sintomas. A escolha do medicamento mais adequado deverá levar em consideração fatores como estágio da doença, a sintomatologia presente, ocorrência de efeitos colaterais, idade do paciente, medicamentos em uso e seu custo.

O SUS também oferece, para tratamento, os procedimentos de implante de eletrodo e implante de gerador de pulsos, ambos para estimulação cerebral. Na lista de materiais especiais, também constam o conjunto de eletrodo e extensão, além do gerador para estimulação cerebral. Atualmente, no Brasil há 27 estabelecimentos habilitados em Neurocirurgia Funcional Estereotáxica 105/008 (método minimamente invasivo de cirurgia cerebral) pelo Ministério da Saúde, sendo dois habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia e 25 habilitados como Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia.

O SUS já ofertava acesso a sete medicamentos para tratamento da doença: Pramipexol; Amantadina; Bromocriptina; Entacapona; Selegilina; Tolcapona e Triexifenidil. Ainda existem outros três medicamentos - Levodopa+Carbidopa, Biperideno e Levodopa - que são ofertados por meio do Programa Farmácia Popular e podem ser retirados com até 90% de desconto.

Luíza Tiné, para o Blog da Saúde

Pílula especial pode substituir injeção de insulina, diz estudo

Imagem relacionadaPesquisadores da Universidade de Harvard superaram desafio de absorção da insulina no estômago. Eles envolveram composto em material que permite administração oral

Quem tem diabetes tipo 1 precisa administrar insulina todos os dias para diminuir os níveis de glicose no sangue. Esse controle, contudo, deve ser feito via injeção ou por meio da chamada bomba de insulina (aparelho que envia pequenas quantidades do composto por 24 horas). E por que não dá para simplesmente tomar a insulina? Cientistas explicam que o composto não se dá bem com a composição ácida do estômago e acaba por não ser absorvido pelo organismo.

Para superar esse desafio, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conseguiram envolver a insulina em uma cápsula resistente ao ácido estomacal. O feito foi publicado nesta segunda-feira (25) no “Proceedings of the National Academy of Sciences”. Os pesquisadores da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas (SEAS) John A. Paulson, de Harvard, explicam que a formulação é biocompatível, fácil de fabricar e pode ser armazenada por até dois meses em temperatura ambiente sem degradação.

Cientistas acreditam que o novo medicamento deve melhorar o controle da glicemia e a qualidade de vida de pacientes com diabetes tipo 1. “Muitas pessoas não aderem ao tratamento devido à dor, fobia de agulhas e interferência nas atividades normais”, disse Samir Mitragotri, um dos autores do estudo e professor no SEAS de Harvard. “O controle glicêmico inadequado pode levar a complicações graves de saúde”, continua Samir Mitragotri (Harvard).

Mitragotri comparou a nova pílula a um canivete suíço. “Uma vez ingerida, a insulina precisa passar por uma difícil pista de obstáculos antes que possa ser efetivamente absorvida pela corrente sanguínea”, disse Mitragotri. “A pílula funciona como um canivete suíço. Ela tem ferramentas para lidar com cada um dos obstáculos encontrados” – Samir Mitragotri.

Os obstáculos superados pela pílula:
a) O primeiro obstáculo é a superação do “colapso da pílula” pelo ácido gástrico;
b) Depois, o polímero resistente ao ácido se dissolve no intestino delgado;
c) Ainda, ácido que envolve à insulina resiste à camada de muco que reveste o intestino;
d) A pílula também resiste às camadas estreitas da fase final do intestino;
e) Por fim, todo o material que reveste a insulina é dissolvido e o composto é liberado.

Cientistas acreditam que é possível produzir a pílula em escala industrial a custos relativamente baixos. Eles também apostam que o composto tem o potencial para substituir a injeção em alguns anos.

G1

terça-feira, 26 de junho de 2018

Pesquisa encontra contaminação em 90% de saladas prontas para consumo em delivery e fast food

Saladas de delivery e fast foods foram analisadas em pesquisa de biomedicina em Campinas (Foto: Patrícia Teixeira/G1)
Saladas de delivery e fast foods foram analisadas em pesquisa
de biomedicina em Campinas (Foto: Patrícia Teixeira/G1)
Estudo foi feito em Campinas no Centro Universitário UniMetrocamp Wyden. Uma única amostra apresentou mais de 1 milhão de bactérias. Nível de coliformes fecais identificado é superior ao permitido pela Anvisa

Pedir salada delivery ou optar pelas verduras embaladas em refeições tipo fast food exige cuidado na hora de consumí-las, em busca de uma alimentação saudável. A ideia do "pronta para cosumo" esbarra no alto risco de contaminação. Uma pesquisa feita em Campinas (SP) encontrou bactérias em 90% das amostras de saladas analisadas. São micro-organismos causadores de infecções intestinais, pulmonares e até faringite.

Os testes microbiológicos foram feitos pelo Centro Universitário UniMetrocamp Wyden em saladas in natura, sendo 12 provenientes de entregas delivery e as outras oito de fast foods.

Dezoito delas continham coliformes fecais em quantidade dez vezes maior do que o tolerável pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Saladas à base de verduras e legumes crus, temperados ou não, em molho ou não, o limite é de 100 Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por grama ou mililitro. Deve ter total ausência de salmonella", informou o órgão federal, por nota.

Apenas duas das saladas analisadas estavam próprias para o consumo humano.

Esses alimentos já ficam submetidos ao plantio com adubos, fertilizantes e irrigação, às vezes inadequada. Por isso o cuidado em lavá-los é fundamental.

"Esse produto já chega pro comerciante numa quantidade elevada de micro-organismos. [...] Tomates, pepinos, rabanetes, que muitas vezes são consumidos com a casca, nós temos que dar maior atenção. E principalmente também as verduras, o talo, que fica muito em contato com o solo", explica

Bactérias do mal
A pesquisa faz parte do trabalho de conclusão de curso de graduação em biomedicina das alunas Milene Almeida, Tamires Teixeira e Jacqueline Camargo. Consumidoras de saladas, elas ficaram surpresas com os resultados.

"Nas fast foods nós fomos até os locais, pegamos essas amostras e trouxemos pra cá pra fazer a inoculação [colocar o alimento num meio específico para testar se há crescimento de micro-organismos]. A mesma coisa aconteceu com as de delivery, nós ligamos e eles trouxeram pra gente aqui", explica Milene.

Em 11 amostras também foi encontrada a Escherichia coli, principal indicativo de contaminação fecal. Esta bactéria está presente na microbiota instestinal humana e de animais, segundo as pesquisadoras.

Oportunista por prejudicar ainda mais a saúde de quem já está em uma condição debilitada, a bactéria Pseudomonas aeruginosa apresentou quantidades acima de 1,2 milhão em uma única amostra proveniente de entrega delivery.

Outra bactéria que chamou a atenção foi a Staphylococcus aureus, presente habitualmente nas fossas nasais. A ingestão dela pode provocar intoxicação alimentar. Bolores e leveduras também estavam presentes nas amostras de saladas. "Também são indicativos da falta de higienização".

Tem que lavar de novo
A saída é lavar a salada de novo. Sim, lavar tudo antes de consumir. A coordenadora ensina que a melhor substância para higienizar verduras e frutos é a água sanitária, produto acessível à população.

São 10ml de água sanitária para 1 litro de água potável, com 10 a 15 minutos de imersão. Em seguida, é importante lavar na água corrente antes do consumo.

Rosana lembra que a tábua usada para cortar esses alimentos também precisa ser devidamente higienizada com água sanitária, e lavada em água corrente, em seguida. O uso de luvas, máscara e touca de cabelo pelo preparador do alimento é indispensável, segundo a pesquisadora.

Quem não tiver condições de higienizar a salada pode usar vinagre e limão, que reduzem a contaminação, como tempero.

G1

Dia Mundial do Combate ao Vitiligo

Capa vitiligo“Eu sempre tive um sonho de ser modelo ou atriz. Cheguei a passar em um teste para atuar, mas como naquela época não se falava muito no assunto me disseram que minha mancha estava muito evidente, por isso, eu não poderia ficar”

É assim que a carioca Beth Filippelle, que tem vitiligo desde os 16 anos, descreve a condição da sua pele e fala de como é preciso debater sobre o assunto para que outras pessoas também não tenham seu sonho interrompido. “Eu confesso que sai triste, mas me deu um gás para seguir, aí fui montar meu próprio negócio, até que um dia já cansada, após treze anos de comércio, fui convidada para participar de uma empresa de cosméticos. Foi quando encarei o desafio, mesmo com medo e comecei a cuidar da aparência e passar pelo processo de aceitação”, relata Beth.

Beth aprendeu a superar o vitiligo após o desafio e foi crescendo nesta nova empresa. “Comecei a ser bem reconhecida ganhar premiações, viagens me destaquei bastante e isso me fez muito melhor, fez muito bem meu ego, tanto que nas palestras eu esquecia das manchas porque passei a dar importância ao meu trabalho”, fala.

O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos (as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença.

“A doença é caracterizada por lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, diminuição da cor, com manchas brancas de tamanho variável na pele. O vitiligo não é contagioso e não traz prejuízos a saúde física. As condições emocionais de estresse e traumas podem desencadear o surgimento ou agravamento da doença em determinado momento” explica Eduardo Davi, coordenador substituto do departamento de Atenção Especializada e Temática da Decretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.

Beth está hoje com 48 anos e adora suas manchas. “Há dois anos eu fiz meu Instagram e comecei a fazer fotografias propositais com as minhas manchas bem aparentes e tive muitas curtidas e comentários. Até que um comentário me chamou atenção, pois uma moça disse que não se aceitava, mas estava feliz por eu me aceitar”, comenta. Foi a partir dali que a carioca começou a idealizar o projeto "Extraordinárias Cores", que incentiva mulheres com vitiligo a se amarem e se como são por meio da fotografia. "Juntas, mais do que ser diferentes, podemos fazer a diferença". O projeto tem impactado a vida de muitas mulheres com vitiligo pelo Brasil. Seu foco é o resgate da autoestima. “São mulheres que também tiveram sonhos interrompidos e pela fotografia elas conseguem se ver de uma maneira diferente, sem se preocupar com a manchas”, finalizou.

Diagnóstico
É essencialmente clínico, pois as manchas com pouca pigmentação aparecem geralmente em locais do corpo bem característicos, como boca, nariz, joelhos. O histórico familiar também é considerado. Portanto, se há pessoas na família com a doença, é importante redobrar a atenção. É bom salientar que o diagnóstico deve ser feito por um dermatologista. Ele irá determinar o tipo de vitiligo do paciente, verificar se há alguma doença autoimune associada e indicar o tratamento mais adequado.

Tratamento no SUS
Consiste basicamente em interromper o seu avanço e se possível também, possibilitar repigmentação dessa pele. Quando conduzido de forma adequada a um profissional dermatologista, algumas pessoas que perderam a pigmentação de determinadas partes do corpo podem voltar a ter pigmento. O tratamento consiste na fototerapia com radiação ultravioleta ofertada em todo Brasil.

Prevenção
Não existem formas de prevenção do vitiligo. Como em cerca de 30% dos casos há um histórico familiar da doença, os parentes de indivíduos afetados devem realizar vigilância periódica da pele e recorrer ao dermatologista caso surjam lesões de hipopigmentação, a fim de detectar a doença precocemente e iniciar cedo o tratamento. Em pacientes com diagnóstico de vitiligo, deve-se evitar os fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes. Evitar o uso de roupas apertadas, ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele, e diminuir a exposição ao sol. Controlar o estresse é outra medida.

Luíza Tiné, para Blog da Saúde

Estado de São Paulo amplia rol de serviços nas farmácias

Imagem relacionadaEnfim, a valorização do papel dos farmacêuticos avança no estado de São Paulo

Cinco meses após ser aprovado pela Assembleia Legislativa, o projeto de lei nº 638/2014 foi sancionado pelo governador Márcio França. A medida regulamenta uma série de novos serviços que podem ser prestados pelas farmácias e drogarias – entre os quais a aferição de pressão arterial, medição de temperatura, inalação e teste de glicemia.

Além disso, ficam autorizadas a manipulação e a dispensação de medicamentos isentos de prescrição, suplementos alimentares, produtos homeopáticos, dermocosméticos, artigos de higiene pessoal, perfumes e itens de cuidado pessoal, sempre mediante a indicação do farmacêutico. O projeto data de 2014 e teve como autores os parlamentares Fernando Capez e Bruno Covas, hoje prefeito da capital paulista.

A iniciativa segue exemplos de outros estados, que ampliaram o rol de atividades do varejo farmacêutico. São os casos de Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal e das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. “Esta é mais uma iniciativa que reconhece a importância e os conhecimentos do farmacêutico, fazendo dele um agente estratégico para facilitar o acesso dos brasileiros à saúde”, celebra Cassyano Correr, coordenador do programa de assistência farmacêutica encabeçado pela Abrafarma.

Panorama Farmacêutico

segunda-feira, 25 de junho de 2018

O que você precisa saber sobre toxoplasmose

toxoplasmoseA toxoplasmose é um grave problema de saúde pública. Para gestantes e pessoas com defesas imunológicas diminuídas, como transplantados e pacientes infectados com o HIV, a doença pode ser mais grave

Causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, a doença acontece em todo mundo. Ela é causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados com o parasito Toxoplasma gondii, que é o agente transmissor.

As principais formas de transmissão da Toxoplasmose

Oral – pelo consumo de água ou alimentos contaminados (frutas e verduras, carnes ou derivados crus ou mal cozidos)

Transplacentária - quando o parasito atravessa a placenta, durante a fase aguda da infecção, e se instala no feto.

É importante saber que o contato com gatos não causa a doença. O perigo está no contato com as fezes contaminadas depositadas no ambiente.

A maioria dos casos não tem sintomas. A toxoplasmose pode manifestar-se como uma doença severa, como ocorre nas formas congênita e gestacional. A gestante infectada pode passar a doença ao feto, com danos de diferentes graus de gravidade, resultando, inclusive, em morte fetal ou em graves sintomas clínicos. A toxoplasmose é, também, a infecção oportunista de maior frequência em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Algumas medidas para prevenir a contaminação da toxoplasmose
- Evitar o consumo de carnes e produtos de origem animal crus e malcozidos;
- Lavar bem as frutas, verduras e legumes em água corrente, esfregando mecanicamente, principalmente se forem os folhosos e até mesmo os que serão descascados;
- Lavar bem as mãos e unhas após manipular terra/areia (horta, jardim, caixas de areia ou dejetos, etc);
- Manter os reservatórios de água bem fechados e limpos;
- Após o contato com gatos e areia, lave bem as mãos com água e sabão
- A caixa de dejetos dos gatos deve ser limpa diariamente;
- Não alimente o gato com carnes cruas ou malpassadas;
- Gestantes devem realizar os exames solicitados durante o pré-natal para a detecção da doença e o tratamento adequado, se confirmada a infecção aguda; e
- Não prove a carne crua durante a preparação;

Blog da Saúde

Concurso público para ingresso de Farmacêutico no Corpo de Apoio à Saúde da Marinha

Confira os principais concursos previstos para 2018O Serviço de Seleção do Pessoal da Marinha (SSPM), na qualidade de Organização de Coordenação e Execução Geral (OCEG), torna público que, no período de 13 a 27 de junho de 2018, estarão abertas as inscrições do Concurso Público para Ingresso no Corpo de Saúde Marinha

Necessário ter menos de 36 (trinta e seis) anos de idade no primeiro dia do mês de janeiro de 2019, ser brasileiro nato, de ambos os sexos, possuir bons antecedentes de conduta, a ser apurada por meio de averiguação da vida pregressa do candidato, estar em dia com as obrigações do Serviço Militar e da Justiça Eleitoral, não estar na condição de réu em ação penal e nem ter sido, nos últimos cinco anos, entre outros.

O valor da inscrição é de R$ 120,00 e as inscrições podem ser realizadas pelos sites www.ensino.mar.mil.br ou www.ingressonamarinha.mar.mil.br.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Asma: fatores ambientais e genéticos podem causar a doença

21 de junho é o Dia Mundial de Controle da Asma, doença inflamatória crônica das vias aérea

asma dia-nacional2

A principal característica da asma é a dificuldade de respirar quando a pessoa é exposta a agentes alergênicos. De acordo com a pesquisa Nacional de Saúde (Ministério da Saúde/IBGE), 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos têm a doença.

A asma é resultado da integração entre alterações genéticas e fatores ambientais e biológicos. Sua base genética fica evidente quando é focado o traço familiar. “Quando se faz o diagnóstico de asma, frequentemente se encontram outros asmáticos entre os pais, avós, tios e irmãos. Estudos demonstram que diversos genes estão envolvidos na patogenia da doença”, explicou Hisbello Campos, pneumologista do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

O traço genético da asma é o responsável pela impossibilidade de "cura", exatamente como na hipertensão arterial, diabetes e outras doenças geneticamente determinadas. No entanto, frequentemente, quando a asma é leve na infância, em 50% dos casos ela desaparece na puberdade. “Isso independe de ter ou não sido tratada adequadamente e, provavelmente, está relacionada às alterações hormonais que acontecem nessa idade. Em parte dessas pessoas nas quais os sintomas da asma desapareceram, eles ressurgem na idade adulta”, esclareceu Hisbello Campos.

Segundo a pesquisa, as mulheres são as mais acometidas pela asma: 3,9 milhões delas afirmaram ter diagnóstico da enfermidade contra 2,4 milhões de homens. Ou seja, prevalência de 39% a mais entre o sexo feminino.

Causas da asma Vários fatores ambientais e genéticos podem gerar ou agravar a asma. Para os fatores genéticos - característicos da própria pessoa -, destacam-se o histórico familiar de asma ou rinite e obesidade.

Tabagismo - a fumaça é um potente irritante das vias aéreas e deixa pequenas cicatrizes por onde passa. A fumaça é responsável por muitas dessas inflamações.

Entre os aspectos ambientais estão a exposição à poeira e barata, aos ácaros e fungos, às variações climáticas e infecções virais (especialmente o vírus sincicial respiratório e rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e resfriado, respectivamente).

A asma caracteriza-se por um processo que afeta todo o organismo e não somente as vias aéreas inferiores, que aumentam a produção de secreções e prejudicam a passagem de ar.

O asmático tem tosse frequente, prolongada, geralmente durante a noite, nem sempre com catarro; chiado, cansaço, opressão no peito com dificuldade para respirar. Esses sintomas podem aparecer juntos ou ocorrer isoladamente. A existência de tosse crônica ou a falta de ar ao praticar exercícios físicos podem ser sintomas de asma.

Dicas
A maior concentração de ácaros é encontrada nos travesseiros e camas, estofados, bichos de pelúcia, carpetes, estantes de livros e cortinas. Por isso, é importante que esses locais estejam sempre limpos, principalmente onde o alérgico passa a maior parte do seu tempo. Essas medidas simples de limpeza são primordiais para que os asmáticos não tenham crises constantes.

Tratamento SUS
Uma pessoa com sintomas respiratórios como tosse, cansaço ou falta de ar deve procurar um médico. O tratamento da asma visa diminuir a inflamação. O SUS oferece tratamento integral a pacientes com asma. Os atendimentos iniciais devem ser realizados na Atenção Básica, e, caso seja necessário, o paciente é encaminhado a um serviço especializado. Os medicamentos definidos pelo profissional de saúde para o tratamento de asma são distribuídos gratuitamente aos usuários por meio do programa Aqui Tem Farmácia Popular, em uma das mais de 35 mil farmácias credenciadas ao programa. Lá, os pacientes encontram os três principais medicamentos para o tratamento da doença (brometo de ipratrópio, diproprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol), em suas diferentes dosagens.

Para retirar, o cidadão deve apresentar o documento de identidade com foto, CPF e receita médica dentro do prazo de validade (120 dias). A receita pode ser emitida tanto por um profissional do SUS quanto por um médico que atende em hospitais ou clínicas privadas.

Nos casos em que há evolução do quadro do paciente, se houver necessidade clínica, é possível ainda obter a complementação do tratamento com medicamentos do chamado componente especializado. Após diagnóstico e prescrição correta, a rede pública de saúde oferece também de graça os remédios – budesonida, fenoterol, formoterol e salmorerol – os quais devem ser retirados nos serviços estaduais, responsáveis pela compra e distribuição dos mesmos.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Cinco vitaminas fundamentais para a fertilidade masculina

Resultado de imagem para vitaminasVocê sabia que alguns homens precisam tomar medicamentos, vitaminas e até consumir alimentos, que contribuirão para evitar a infertilidade e melhorar a qualidade dos espermatozoides produzidos?

Nestes casos, o acompanhamento de um médico especialista é importante para orientar todas as etapas e o melhor tratamento.

Mas podemos adiantar que alimentos com vitaminas A, E, D, Zinco e Ômega – 3, são aliados e podem ser incluídos no cardápio.

A vitamina A, por exemplo, pode ser encontrada em ovos, frutas e legumes de coloração amarelada, leite e seus derivados, verduras com folhagem verde-escura e peixe. As principais fontes de vitamina E são: nozes, brócolis, óleo de gérmen de trigo, óleo de girassol e amendoim.

A vitamina D é encontrada em frutos do mar e peixes.

O Zinco pode ser encontrado na cebola, nozes, feijão, avelãs, germe de trigo, ostras, cereais integrais, levedo de cerveja, ovos e frutos do mar.

Ômega – 3 é encontrado nos peixes, sementes de chia e linhaça e nozes.

Emoções em jogos de Copa aumentam em até 8% número de infartos

Resultado de imagem para heart attackEm meio a essa carga de adrenalina, detalhes como suor frio, palpitações e respiração ofegante passam despercebidamente pelo torcedor ou torcedora

Começou neste domingo (17), às 15h contra a Suíça, mais uma participação brasileira em Copas do Mundo. E com ela, um turbilhão de emoções a cada lance e a cada disputa de bola culmina naquele momento único, onde o coração parece não se aguentar: o gol da Seleção Brasileira. Ele dispara e, em meio a essa carga de adrenalina, detalhes como suor frio, palpitações e respiração ofegante passam despercebidamente pelo torcedor ou torcedora.

É tanta a magia que envolve esse momento que parece ser natural a vista ficar turva, um aperto no peito, uma palidez no rosto. Pois bem, segundo cardiologistas consultados pela Agência Brasil esses sintomas que parecem até naturais em meio a um jogo de Copa do Mundo na verdade podem indicar que há algo de errado no coração desse torcedor. “Nesse caso, é de extrema importância que se procure uma emergência cardiológica”, alerta o cardiologista especialista em arritmia Benhur Henz.

“Sem dúvida as emoções [de uma Copa] podem aumentar os eventos cardiovasculares. Grandes momentos de tensão ocasionam descargas adrenérgicas [de adrenalina] aumentando risco de crises hipertensivas, angina, arritmias. Inclusive existem estudos observacionais que correlacionam período de Copa com um maior número de eventos cardiovasculares, especialmente em jogos do Brasil, quando ocorre um aumento de infarto agudo do miocárdio”, acrescentou.

Citando dados do estudo Copa do Mundo de Futebol como Desencadeador de Eventos Cardiovasculares, da Universidade de São Paulo (USP), o diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Anderson Rodrigues, explica que as ocorrências de infarto aumentam de 4% a 8% entre brasileiros, durante os jogos da Copa.

Emoções boas ou ruins
As emoções que aumentam os riscos de problemas no coração, citados pelos cardiologistas, podem ser tanto boas como ruins. “Ansiedade, rancor, alegria, tristeza ou mesmo amor são emoções que resultam em descargas de adrenalina na circulação sanguínea, e acabam causando sinais como suor frio, palpitações e alterações na pressão arterial”, disse Rodrigues.

Essas alterações na pressão podem ser silenciosas, mas também podem resultar em derrame ou infarto. “Entre esses dois extremos, tudo pode acontecer”, ressalta Rodrigues, referindo-se a sintomas como uma dor de cabeça que pode ou não incidir mais especificamente na nuca, até palidez facial, turvação visual e os chamados escotomas [pontos brilhosos na vista].

“Diante de qualquer sintoma ou sinal suspeito, o torcedor não deve, em hipótese alguma, esperar acabar o jogo para procurar atendimento médico”, enfatiza o diretor da SBC ao incluir, também entre os sintomas, dores no peito que podem irradiar para o braço ou dor na mandíbula.

No caso de pessoas que estejam sozinhas e sintam esses sintomas, o mais indicado é que, de imediato, acione o Samu, pelo telefone 192, ou o corpo de bombeiros, pelo 196.

Prevenir e remediar
De acordo com os cardiologistas, uma estratégia boa a ser adotada para evitar que a emoção coloque em risco o coração é a de tentar assistir ao jogo com tranquilidade; evitar o uso de álcool e tabaco; fazer uma alimentação leve, pobre em gorduras; e buscar lugares arejados ou frescos. “O excesso de estresse, sem dúvida, atrapalha. Devemos agir de forma racional, evitando a paixão excessiva e discussões sem necessidade”, sugere Benhur.

“Claro que, diante de um jogo muito disputado, muitas pessoas podem não conseguir se manter suficientemente tranquilas. Nesses casos, o recomendável, pelo menos para quem já tem diagnosticado algum problema desse tipo [cardíacos, de pressão ou que já tenha passado por infarto], é falar antes com um médico para saber o que fazer, casos eles ocorram. Há medicações e terapias que podem minimizar os riscos”, disse Rodrigues.

A prática rotineira de atividades esportivas e meditação pode ajudar, mas em muitos casos elas podem não ser suficientes. Por isso, é aconselhável que torcedores que já têm acompanhamento médico não deixem de tomar seus remédios nos dias dos jogos.

“Em algumas pessoas, o grau de ansiedade não será controlado apenas com tratamento não-medicamentoso, como Yoga, meditação, esportes e demais atividades físicas. Essas pessoas precisarão de tratamentos medicamentosos, mas é fundamental que essa medicação seja usada conforme orientação médica”, orienta Rodrigues.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Lotes de fraldas Huggies Turma da Mônica têm vendas suspensas pela Anvisa

Pacote de fraldas da marca Huggies Turma da Mônica, da fabricante Kimberly-Clark (Foto: Divulgação)Produto descumpre exigências relacionadas ao uso de matérias-primas não tóxicas e testes para irritação na pele

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a venda de uma série de lotes de fraldas descartáveis da marca Huggies Turma da Mônica "tripla proteção", da fabricante Kimberly-Clark.

A agência determinou ainda que a empresa recolha o estoque existente no mercado, segundo publicado nesta segunda-feira (18) no Diário Oficial da União.

De acordo com a resolução, o produto descumpre exigências relacionadas ao uso de matérias primas atóxicas e a testes de irritação na pele.

Em nota, a Kimberly Clark disse ao G1 que as fraldas podem apresentar escurecimento por conta da oxidação do gel absorvente, mas que "não causam nenhum dano à saúde dos consumidores", conforme atestado em testes toxicológicos e dermatológicos. A empresa afirmou também que já interrompeu o comércio dos produtos, mas que não concorda com a decisão da Anvisa e vai recorrer

Os lotes suspensos são:

  • SZ LOTE NA FAB: 01/06/2015 a SZ LOTE NC FAB: 30/06/2015
  • SZ LOTE OB FAB: 01/06/2015 a SZ LOTE OC FAB: 30/06/2015
  • SZ LOTE PA FAB: 15/06/2015 a SZ LOTE PC FAB: 30/06/2015
  • SZ LOTE QA FAB: 21/06/2015 a SZ LOTE QC FAB: 30/06/2015
  • SZ LOTE RA FAB: 09/06/2015 a SZ LOTE RC FAB: 30/06/2015
  • SZ LOTE SA FAB: 08/06/2015 a SZ LOTE SC FAB: 30/06/2015
  • SZ LOTE NA FAB: 01/07/2015 a SZ LOTE NC FAB: 31/07/2015
  • SZ LOTE OA FAB: 01/07/2015 a SZ LOTE OC FAB: 31/07/2015
  • SZ LOTE PA FAB: 01/07/2015 a SZ LOTE PC FAB: 11/07/2015
  • SZ LOTE PA FAB: 27/07/2015 a SZ LOTE PC FAB: 31/07/2015
  • SZ LOTE QA FAB: 01/07/2015 a SZ LOTE QC FAB: 07/07/2015
  • SZ LOTE QA FAB: 13/07/2015 a SZ LOTE QC FAB: 24/07/2015
  • SZ LOTE QA FAB: 27/07/2015 a SZ LOTE QC FAB: 27/07/2015
  • SZ LOTE RA FAB: 01/07/2015 a SZ LOTE RC FAB: 09/07/2015
  • SZ LOTE RA FAB: 12/07/2015 a SZ LOTE RC FAB: 23/07/2015
  • SZ LOTE RA FAB: 29/07/2015 a SZ LOTE RC FAB: 31/07/2015
  • SZ LOTE SA FAB: 01/07/2015 a SZ LOTE SC FAB: 06/07/2015
  • SZ LOTE SA FAB: 08/07/2015 a SZ LOTE SC FAB: 13/07/2015
  • SZ LOTE SA FAB: 25/07/2015 a SZ LOTE SC FAB: 31/07/2015
  • SZ LOTE NA FAB: 01/08/2015 a SZ LOTE NC FAB: 18/08/2015
  • SZ LOTE NA FAB: 25/08/2015
  • SZ LOTE OC FAB: 03/08/2015 a SZ LOTE OA FAB: 25/08/2015
  • SZ LOTE PA FAB: 01/08/2015 a SZ LOTE PC FAB: 05/08/2015
  • SZ LOTE PA FAB: 22/08/2015 a SZ LOTE PC FAB: 22/08/2015
  • SZ LOTE QA FAB: 07/08/2015 a SZ LOTE QC FAB: 10/08/2015
  • SZ LOTE QA FAB: 18/08/2015 a SZ LOTE QC FAB: 18/08/2015
  • SZ LOTE RA FAB: 01/08/2015 a SZ LOTE RC FAB: 06/08/2015
  • SZ LOTE RA FAB: 20/08/2015 a SZ LOTE RC FAB: 20/08/2015
  • SZ LOTE SA FAB: 01/08/2015 a SZ LOTE SC FAB: 04/08/2015
  • SZ LOTE SA FAB: 10/08/2015 a SZ LOTE SC FAB: 10/08/2015
  • SZ LOTE SA FAB: 17/08/2015 a SZ LOTE SC FAB: 24/08/2015
  • SZ LOTE SA FAB: 26/08/2015 a SZ LOTE SC FAB: 26/08/2015
  • SZ LOTE QA FAB: 03/09/2015 a SZ LOTE QC FAB: 03/09/2015
  • SZ LOTE RA FAB: 25/02/2016 a SZ LOTE RC FAB: 25/02/2016
  • CA LOTE AA 06:00 FAB 24/05/2014 EXP: 23/05/2017 a CA LOTE AC 22:00 FAB 02/09/2015 EXP: 01/09/2018
  • CA LOTE AA 06:00 FAB 08/10/2013 EXP: 07/10/2016 a CA LOTE AC 22:00 FAB 31/08/2015 EXP: 30/08/2018
Os consumidores que tiverem fraldas desses lotes em casa devem contatar a Kimberly-Clark no telefone 0800 709 5599

Foto: Divulgação

G1

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Venda de opioides cresce 465% no Brasil

Resultado de imagem para opióidesOs medicamentos opiáceos – ou opioides – estão em disparada no Brasil

De acordo com um levantamento coordenado pelo pesquisador Francisco Inácio Bastos, da Fundação Osvaldo Crus (Fiocruz), o número de receitas médicas de medicamentos vendidos em 2009 foi de 1.601.043; em 2015, o número chegou a 9.045.945, um salto de 465%.

O artigo, publicado no American Journal of Public Health, revela que as prescrições médicas de produtos à base de codeína, para dores moderadas, cresceram 95%, saindo de 1.584.372 prescrições para 8.872.501 receitas médicas no mesmo período.

Usados, geralmente, para combater dores crônicas e debilitantes de pacientes com câncer ou lúpus, os opioides também são encontrados diluídos na formulação química de medicamentos como os analgésicos, anestésicos e até em xaropes para controlar a tosse. Os fármacos podem ser utilizados para tratar dores de coluna, enxaqueca, dores nas articulações, entre outras. Porém, o uso constante da substância pode levar à dependência e, o abuso, à morte. Os opiáceos são derivados da mesma família da heroína e outras drogas ilegais.

“Nos Estados Unidos, há uma crise de medicamentos prescritos. É o maior índice de mortes por overdose. Aqui não estamos acompanhando essa epidemia. Precisamos exigir melhores dados e transparência para poder fazer prevenção focalizada,” diz a diretora executiva do Instituto Igarapé, Ilona Szabó.

Guia da Farmácia

Suicídios nos EUA geram debate sobre remédios para a depressão

Resultado de imagem para depressão e suícidioNa última semana, a estilista Kate Spade e o chef Anthony Bourdain foram encontrados mortos; marido de Spade admitiu que ela tinha depressão

Uma alta no número de suicídios nos Estados Unidos levanta a discussão sobre a necessidade de tratamentos mais eficientes para a depressão, com pesquisadores dizendo que é uma área complicada de desenvolvimento que foi amplamente abandonada pelas grandes empresas farmacêuticas. Autoridades de saúde dos EUA disseram nesta quinta-feira que houve uma alta expressiva em taxas de suicídio pelo país desde o início do século e pediram uma abordagem abrangente no tratamento da depressão. O relatório foi publicado na mesma semana em que celebridades como Anthony Bourdain e Kate Spade cometeram suicídio.

A Reuters não conseguiu determinar se Bourdain ou Spade faziam tratamento à base de medicamentos. O marido de Kate Spade, Andy Spade, disse em nota nesta semana que a estilista sofria de depressão havia muitos anos e fazia um acompanhamento com seus médicos. Um representante de Andy Spade afirmou que ele não tinha mais comentários sobre o assunto neste sábado. Representantes de Bourdain não foram encontrados imediatamente para comentários.

Com a disponibilidade de diversos anti-depressivos genéricos e baratos, muitos que oferecem apenas benefícios marginais, desenvolver medicamentos para depressão é um desafio. Farmacêuticas têm 140 terapias em desenvolvimento mirando tratar doenças de saúde mental, incluindo 39 delas para o combate à depressão, de acordo com o grupo comercial Produtores e Pesquisadores Farmacêuticos da América. O número é baixo se comparado com as 1100 drogas experimentais de combate ao câncer, produzidas pela mesma indústria, e que podem receber alguns dos preços mais altos.

“A psiquiatria se tornou uma área desfavorável ao investimento”, disse Harry Tracy, cuja newsletter NeuroPerspective acompanha desenvolvimento de drogas para tratamentos de problemas psiquiátricos. “Seguradoras dizem ‘por que deveríamos pagar mais por um novo tratamento?'”. Alguns dizem que drogas anti-depressivas demoram muito para se tornarem eficientes, isso quando funcionam.

Cerca de metade das pessoas com depressão não respondem às atuais terapias, disse o Dr. Husseini Manji, diretor global de Neurociências na Janssen, unidade da Johnson & Johnson. O desenvolvimento de anti-depressivos é arriscado. Pacientes em testes clínicos normalmente mostram uma grande resposta placebo, mascarando a eficácia do medicamento que é testado. Além disso, uma vez aprovados, os anti-depressivos requerem uma grande estratégia de vendas para chegarem a psiquiatras e provadores de cuidados primários.

Outro impedimento é a dificuldade de conduzir pesquisas iniciais em animais para formar uma base para testes em pessoas. “Isso foi um grande desafio para traduzir para testes clínicos em humanos”, disse Caroline Ko, líder do projeto NewCures, um programa formado na Universidade Northwestern que busca reduzir o risco de investimentos em tratamentos para depressão, dores, Parkinson e outras doenças.

A J&J é a única grande empresa farmacêutica fazendo um grande investimento em um novo anti-depressivo, disse Tracy. Outros players menores incluem a Sage Therapeutics, que espera uma decisão das agências reguladoras norte-americanas sobre um tratamento para a depressão pós-parto até o final do ano. A Esketamina da J&J é focada em depressão resistente a tratamentos. É uma droga similar à ketamina, que é usada como anestésico e para aliviar dores, e muitas vezes abusada como uma droga recreativa com o apelido de “Special K”.

A empresa espera pedir a aprovação da esketamina, um spray nasal de ação rápida, na Administração de Drogas e Alimentos dos EUA (FDA) ainda este ano. “Os anti-depressivos comuns podem levar semanas para funcionar. Eles realmente não são úteis em uma situação de crise”, disse Carla Canuso, que lidera os esforços da J&J para testar a droga em pessoas consideradas em risco iminente de suicídio, que é comumente associado à depressão. A Allergan Plc está desenvolvendo o rapastinel, um anti-depressivo intravenoso de ação rápido adquirido pela companhia em 2015.

A droga foi designada como um avanço terapêutico na FDA, e seus resultados de testes clínicos são esperados para o início de 2019. No mês passado, a companhia adquiriu uma outra droga anti-depressiva de seu colaborador Aptinyx. Dra. Julie Goldstein Grumet, especialista em Saúde comportamental do Centro de Pesquisa e Prevenção ao Suicídio, disse que 122 pessoas tiraram suas vidas por suicídio por dia na semana passada. Muitas nunca foram diagnosticadas com doenças mentais. “Estamos perdendo oportunidades de testar pessoas para o risco de suicídio”, disse. Fonte:

R7

Alzheimer: remédio em formato de adesivo chega ao SUS

Imagem relacionadaO medicamento na forma de adesivo tem menos efeitos colaterais

O Sistema Único de Saúde (SUS) já está disponibilizando um adesivo transdérmico de rivastigmina, medicação utilizada para o tratamento do Alzheimer. Com o nome comercial Exelon Patch, o adesivo pode ser colocado em oito regiões da pele, permitindo a absorção do remédio ao longo do dia. Esse é o único remédio para o Alzheimer disponível em formato transdérmico.

Apesar de ter outras duas versões – em cápsula e solução oral –, em forma de adesivo, o medicamento diminui a possibilidade de efeitos colaterais que podem afetar o sistema digestivo, como náusea e vômito, se comparado às opções orais. A administração através da pele ainda garante que a dose diária seja aplicada corretamente, facilitando a tarefa dos familiares ao cuidar do paciente. Como o Alzheimer não tem cura, o remédio terá de ser utilizado até o fim da vida para minimizar os sintomas, por isso a versão transdérmica oferece maior comodidade.

No Brasil, além da rivastigmina, existem outras três medicações disponíveis para o tratamento do Alzheimer nas farmácias e na rede pública de saúde: donepezila, galantamina e memantina, que foi integrada ao SUS no ano passado. Com exceção da última, todas as outras podem ser utilizados na fase inicial da doença.

Alzheimer
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que provoca a diminuição das funções cognitivas uma vez que as células cerebrais degeneram e morrem, causando declínio constante na função mental. Os principais sintomas da doença são: dificuldade de memória (especialmente de acontecimentos recentes), discurso vago durante as conversações, demora em atividades rotineiras, esquecimento de pessoas e lugares conhecidos, deterioração de competências sociais e imprevisibilidade emocional.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa doença é responsável por 60% a 70% dos casos de demência – grupo de distúrbios cerebrais que causam a perda de habilidades intelectuais e sociais. Estima-se que 47 milhões de pessoas sofram de demência no mundo, sendo registrados 10 milhões de novos casos anualmente. No Brasil, o Alzheimer está entre as dez maiores causas de morte e é um problema que afeta 1,2 milhão de pessoas. Por ser uma doença incurável, o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença já que o tratamento ajuda a impedir o seu avanço e amenizar os sintomas.

Funcionamento da medicação
A substância ativa do Exelon Patch é a rivastigmina, que atua no aumento da quantidade de acetilcolina no cérebro, molécula neurotransmissora necessária para o bom funcionamento cognitivo. Na forma de adesivo, essa medicação possui três tamanhos: 5, 10 e 15 cm², embora apenas as duas primeiras estejam disponíveis para distribuição no SUS.

Essa diferença de tamanho/dosagem é necessária para preparar o corpo do paciente para o recebimento da quantidade mais alta do remédio – considerada a mais eficiente na redução dos sintomas -, além de minimizar qualquer possível efeito colateral. Entre as reações adversas mais comuns, que atingem mais de 10% dos pacientes, estão: perda de apetite, dificuldade para dormir, incontinência urinária, reações na pele na área de aplicação, sangue no vômito ou nas fezes, desconfortos estomacais após as refeições, entre outros.

Segundo Rodrigo Rizek Schultz, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ), a principal vantagem do adesivo é a entrega da substância ao longo do dia, geralmente mantendo o mesmo nível da rivastigmina no organismo durante todo o período de uso. “Quando via transdérmica, os produtos são liberados ao longo de 24 horas, evitando os picos de medicação, como acontece com os comprimidos, por exemplo, que quando são ingeridos entregam doses altas, que vão caindo ao longo do dia, sendo necessário fazer a reposição”, explicou. Nas versões orais, o Exelon deve ser tomado duas vezes ao dia. Ele ainda comentou que pessoas idosas costumam utilizar muitas medicações orais, portanto, o Exelon Patch oferece uma alternativa para o paciente, diminuindo a quantidade de comprimidos ingeridos.

Aplicação
Segundo a indicação da bula, o Exelon Patch deve ser trocado a cada 24 horas e pode ser colocado em oito regiões do corpo: Parte superior dos braços esquerdo ou direito; Lado direito ou esquerdo do peito; Parte superior das costas, do lado esquerdo ou direito; e Parte inferior das costas, do lado esquerdo ou direito. Especialistas recomendam que o adesivo seja colocado em regiões diferentes a cada nova troca – como um tipo de ‘rodízio’ -, garantindo descanso para a pele.

Outra orientação é que antes da aplicação a pele esteja limpa, seca e sem pelos, além de estar livre de hidratantes ou loções que possam interferir na aderência. Regiões da pele que tenham cortes, erupções ou irritações devem ser evitadas. O adesivo pode ser utilizado no banho, na piscina ou na praia, mas é necessário certificar-se de que ele não tenha descolado depois. Caso isso aconteça, um novo deve ser aplicado para o restante do dia e trocado no dia seguinte, conforme o esquema habitual adotado.

Veja

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Campanha Nacional de Doação de Sangue 2018

10 curiosidades sobre a doação de sangue

1. No homem, após uma doação de 450 ml de sangue, o plasma é reposto em 48 a 72 horas, os glóbulos vermelhos em aproximadamente 4 semanas e o estoque de ferro em aproximadamente 8 semanas. Já na mulher, após uma doação de 450 ml de sangue, o plasma é reposto em 48 a 72 horas, os glóbulos vermelhos em aproximadamente 4 semanas e o estoque de ferro em aproximadamente 12 semanas.

Banner curiosidades sangue

2. No Brasil as mulheres representam menos de 40% dos doadores de sangue.

3. Doar sangue não engrossa ou afina o sangue, isso é apenas um mito.

4. Não existe nenhuma relação entre ganhar ou perder peso com a doação de sangue.

5. Períodos menstruais não impedem a doação de sangue.

6. No dia de doar, o voluntário deve estar bem alimentado (evitando alimentos gordurosos), ter dormido por no mínimo seis horas na noite anterior à doação e não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores. Também deve evitar fumar por pelo menos duas horas antes e depois da doação.

7. Uma vez coletado, o sangue é dividido em até 4 componentes: Concentrado de Hemácias (CH), Concentrado de Plaquetas (CP), Plasma Fresco Congelado (PFC) e Crioprecipitado (CRIO), que podem ser utilizados como produto terapêutico em até 4 pacientes diferentes. Todo sangue coletado é testado e só é liberado para uso após comprovada a sua segurança.

8. O volume total de sangue a ser doado não pode exceder 8 ml/kg de peso para as mulheres e 9 ml/kg de peso para os homens.

9. O peso corporal mínimo determinado para a doação de sangue é de 50 kg, isso porque o volume total de sangue que corre no corpo humano é principalmente baseado no peso do indivíduo. Então, como a doação gira entre 10 e 15% do sangue total que a gente tem no corpo, quando a pessoa tem menos de 50kg aquele volume padrão da doação pode significar mais do que 15% - trazendo o risco de ela não se sentir muito bem, ou ter algum mal-estar durante ou após a doação de sangue. Então, é por segurança que existe a determinação que somente aqueles indivíduos com mais 50 kg de massa corporal façam a doação de sangue.

10. Não há nenhum substituto para o sangue!


Blog da Saúde

UNA-SUS oferece vagas para curso de tuberculose

redes-sociais tuberA Universidade Federal do Maranhão, integrante da Rede UNA-SUS (UNA-SUS/UFMA), está com matrículas abertas para o novo curso online Vigilância, prevenção e eliminação da tuberculose como problema de Saúde Pública

Voltada a profissionais que atuam no SUS, prioritariamente àqueles vinculados à Vigilância em Saúde e acadêmicos da área da Saúde, a capacitação tem como objetivo compreender as ações de vigilância, prevenção, diagnóstico e manejo de casos clínicos da tuberculose, com vistas à eliminação da doença como um problema de saúde pública no país. A oferta é fruto da parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. Com carga horária de 30 horas, o curso é autoinstrucional e tem início imediato. Interessados podem se matricular até o dia 15 de outubro, pelo site.

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. É um grave problema de saúde pública mundial e milhares de pessoas ainda adoecem e morrem devido à doença e suas complicações. Está intimamente associada à pobreza, às más condições de vida e de habitação e à aglomeração humana.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, anualmente são notificados cerca de seis milhões de novos casos de tuberculose em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. Nesse contexto, a compreensão da epidemiologia da doença, sua forma de transmissão e sua fisiopatogenia, além dos serviços disponíveis na rede de atenção à doença, são fundamentais para a construção de ações de promoção da saúde e prevenção da doença, vigilância e tratamento adequado à tuberculose.

Para Jorge Luiz da Rocha, responsável pelos conteúdos da primeira unidade do curso, entender os aspectos referentes à forma de transmissão, fisiopatogenia, determinantes sociais e as populações com maior vulnerabilidade é de extrema importância para o controle da tuberculose, pois “apesar de ser uma doença conhecida há milênios, ainda é considerada um grave problema de saúde pública”.

As três unidades da capacitação abordam o problema da tuberculose, detecção de casos e tratamento da doença. Os conteúdos trazem também histórico e epidemiologia da tuberculose, os determinantes sociais, notificação, monitoramento e registro dos casos, entre outros temas relacionados.

Fonte: UNA-SUS

França testa realidade virtual para aliviar dor em salas de emergência

Imagem relacionadaPacientes são “transportados” para cenários exuberantes; ação promove relaxamento e até mesmo aumenta a tolerância à dor, sem uso de remédios

O simples fato de pensar em visitar a emergência de um hospital é estressante para muitas pessoas, mesmo sem o desconforto ou a dor de um exame ou tratamento. Mas um programa imersão em realidade virtual criado por três universitários está sendo usado na França para relaxar pacientes e até mesmo aumentar a tolerância à dor, sem recorrer a drogas. “O que oferecemos é um mundo contemplativo, onde o paciente faz uma visita guiada, no modo interativo, para tocar música, pintar ou resolver um enigma”, disse Reda Khouadra, uma das três pessoas de 24 anos por trás do projeto.

À medida que os pacientes são transportados com os óculos de realidade virtual para um mundo tridimensional de jardins zen japoneses ou encostas cobertas de neve, eles se tornam mais tolerantes a procedimentos menores, porém dolorosos, como receber pontos, tratar queimaduras, inserir um cateter urinário ou recolocar um ombro deslocado no lugar.

“O projeto de realidade virtual nos permite oferecer aos pacientes uma técnica para distrair sua atenção e controlar sua dor e ansiedade ao serem atendidos na sala de emergência”, disse Olivier Ganansia, chefe do departamento de emergência do Hospital Saint-Joseph, em Paris.

“Eu acho que em 10 anos, a realidade virtual não será mais uma questão, e será usada em hospitais rotineiramente”. A startup da Healthy Mind não é a primeira do mundo, mas conseguiu um prêmio de 20 mil dólares de uma universidade de Adelaide, na Austrália – que agora pagará para os três fundadores para apresentarem seu projeto na sede da Microsoft na cidade de Seattle.

R7

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Atenção: Lotes de leite integral são impróprios para consumo e são proibidos pelo Ministério Público

Imagem relacionadaSÃO PAULO - Os produtos de leite UHT integral Godam dos lotes J82, J92 e P91 devem ser retirados das prateleiras. A recomendação é do MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) para a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro

Técnicos da Secretaria Estadual de Agricultura constataram que os lotes J82 e P91, produzidos no mês de abril, estão fora dos padrões. No lote J82, foi observado o acréscimo de água em percentual de até 44%, adulterando as características do alimento, que apresentava alterações de densidade e extrato seco desengordurado, com percentual de gordura de 0,26%, quando deveria ter 3%.

No lote P91, além do ensaio de coliformes totais ter sido insatisfatório, não atendendo aos padrões microbiológicos, foram detectadas alterações de gordura e acidez. Independentemente da data de fabricação, todo o lote J82 e P91, encontra-se sob suspeita, tendo sido apreendidas novas amostras para análise, incluindo também o lote J92.

A recomendação do MPRJ também foi motivada pelos resultados da fiscalização do Ministério da Agricultura, que encontrou produtos irregularmente embalados para comercialização no Rio de Janeiro, tendo sido apreendidos cautelarmente produtos dos lotes J82 e J92.

O MPRJ considera que as constatações feitas pelos órgãos fiscalizadores demonstram que os produtos são impróprios para o consumo, já que se apresentam em desacordo com as normas regulamentares.

Os produtos adulterados podem ocasionar riscos à saúde, sendo certo que são direitos básicos dos consumidores, na forma do art. 6º, I e VI, do CDC, a proteção de sua saúde e a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos, diz a recomendação.

Lotes de azeite e canela em pó são proibidos pela Anvisa 12 marcas de escova progressiva foram testadas pela Proteste - e nenhuma passou.

Cópias da recomendação e da documentação apresentada pela Secretaria Estadual de Agricultura foram encaminhadas às promotorias de Justiça de defesa dos consumidores de outros municípios para que possam adotar as medidas que entenderem cabíveis junto a distribuidores e revendedores locais eventualmente não alcançados pela recomendação.

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