por Saúde Business Web
28/04/2011
Custo do serviço será 25% menor do que no padrão seguido tradicionalmente
A Amil desenvolveu um modelo diferenciado para ofertar serviços a um custo até 25% menor do que no padrão seguido tradicionalmente. A estratégia é ampliar a participação da classe média na sua carteira, que atualmente está na faixa de 15% a 20%.
A empresa, detentora das bandeiras One Health (classe A), Amil (classe B), Medial (classe C) e Dix/Amico (classes D e E), conta com 5,3 milhões de usuários, sendo um milhão de planos odontológicos, um milhão de planos médicos individuais e 3,3 milhões de planos médicos corporativos (35% referentes às pequenas e médias empresas).
Dentro do orçamento
Os novos planos de saúde elaborados com ênfase na classe C possuem preços mais acessíveis pela conjunção de uma série de estratégias. Segundo o diretor comercial do grupo, Norberto Birman, estarão disponíveis uma rede de hospitais satélites e uma equipe de médicos que seguem protocolos de atendimento com base científica, que levam em conta as melhores práticas.
Além disso, a companhia prevê centros para atendimento a grupos específicos, como as clínicas de emagrecimento, de abordagem a problemas posturais, de imunologia, de gestação de alto risco, de planejamento familiar e para abandono do tabagismo.
A política de coparticipação permite mensalidades mais condizentes com os orçamentos das classes emergentes. De acordo com a utilização (consultas e procedimentos), as pessoas pagam percentuais de coparticipação na mensalidade. A Amil criou um núcleo de monitoramento dos pacientes para que sejam realizados os exames preventivos e que o uso geral seja mais racional, quando há necessidade médica premente. Nos meses em que a pessoa não usa os serviços médicos e laboratoriais, a economia é de até 25%.
Cadeia da saúde
Durante evento na Câmara de Comércio Americana (Amcham), a gerente de pesquisas da Ipsos Public Affairs, Elisa Bernd, apresentou o Observador Brasil, uma radiografia do consumidor em 2010, realizada para a Cetelem, braço de soluções de crédito no País do banco francês BNP Paribas.
O levantamento mostra evolução da classe C, que passou de 62,7 milhões de brasileiros em 2005, para um universo de 101,6 milhões em 2010. De acordo com Elisa, a força de consumo no mercado brasileiro é reconhecida e há um clima de otimismo devido a melhora na renda familiar, criação de vagas de empregos, acesso ao crédito, movimento de bancarização e incremento das políticas sociais.
A especialista ressaltou que, depois de suprir as necessidades básicas, a classe emergente busca mais qualidade de vida, desenvolvendo hábitos mais saudáveis. Nesse sentido, há espaço para incremento nos negócios de toda a cadeia da saúde no País, desde indústrias de medicamentos, farmácias, laboratórios e hospitais a operadoras de planos de saúde.
*A próxima edição da revista Saúde Business trará uma matéria especial sobre o crescimento econômico do País, tendo em vista a ascenção da classe C
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