Santa Cruz, Campo Grande e Jacarepaguá são os bairros com mais infectados
Santa Cruz, Campo Grande and Jacarepagua are neighborhoods with more infected
Santa Cruz, Campo Grande and Jacarepagua are neighborhoods with more infected
Os casos de dengue confirmados na cidade do Rio de Janeiro, até o dia 25 de abril, somam 27.649 infectados, de acordo com balanço diário divulgado nesta segunda-feira (25) pela Secretaria Municipal de Saúde. Em 30 dias, o salto de notificações foi de 158,9%, quando havia 17.390 casos.
Os bairros mais atingidos, considerando o número de casos de cada região, são Santa Cruz, com 2.963 notificações, Campo Grande (2.746) e Jacarepaguá (2.123).
No entanto, quando verificada a proporção pelo número de imóveis, descobre-se que a zona sul não está livre da doença. Pelo contrário, dois bairros nobres da região têm os maiores índices de infestação pelo mosquito da dengue da capital fluminense e estão em vias, pelo menos formalmente, de epidemia.
De acordo com os dados disponibilizados pela secretaria, em São Conrado o índice de manifestação está em 14,3 a cada mil imóveis – foram encontrados 143 áreas com focos. Na região da Lagoa o dado é ainda mais alarmante, com 16,3 a cada mil imóveis – foram encontrados 163 focos do Aedes aegypti.
O índice de manifestação da cidade do Rio de Janeiro está em 3,4%. Quando essa taxa fica superior a 4%, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a região já estaria com alto risco de epidemia. O Ministério da Saúde aponta que índices acima de 1% já devem ser monitorados.
Na opinião de Alberto Chebabo, chefe do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a cidade está em vias de viver uma explosão dos casos de dengue.
- O índice de infestação é um preditor [antecessor] de epidemia. Onde há muito mosquito há também grande possibilidade de epidemia, mas para disseminar a doença é preciso aliar três fatores: muito mosquito, um vírus forte ou novo em circulação e uma população suscetível. Os três fatores existem no Rio. A probabilidade é que em 2012 tenha mais casos que neste ano. Se continuar esse número crescente de notificações, a gente vai ter uma explosão dos casos.
Municípios em atenção
No entanto, os municípios de Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antônio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci são observados com maior precaução por apresentarem maior risco epidêmico.
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde ressalta que continua sendo observada a redução no número de notificações nos seguintes municípios: Bom Jesus de Itabapoana, Seropédica, Magé, Santo Antonio de Pádua, entre outros dez municípios que também apresentam redução na quantidade de notificações.
Mortes
A Secretaria Estadual de Saúde, até o dia 20 de abril, registrou 39 mortes, nas seguintes cidades: Nova Iguaçu (3), Duque de Caxias (3), Magé (2), Cabo Frio (1), São Gonçalo (5), Maricá (1), Mesquita (2), Rio de Janeiro (13), São João do Meriti (4) e São José do Vale do Rio Preto (1), Bom Jesus de Itabapoana (1), Itaocara (1), Itaperuna (1), Rio das Ostras (1).
Focos da doença
A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil vistoriou na quarta-feira (20), à procura de focos de dengue, o quinto imóvel fechado cujo proprietário não atendeu às notificações da prefeitura.
Na casa, localizada no bairro do Andaraí, zona norte, foram encontrados prováveis focos do mosquito Aedes aegypti. O local já foi alvo de denúncia de moradores vizinhos.
O imóvel apresentava acúmulo de folhas e lixo na área externa. A caixa d’água tinha a tampa avariada e os agentes instalaram uma nova. Na piscina, havia detritos e focos de mosquito.
No local, foram colocados peixes larvófagos (que se alimentam de larvas). Havia focos também dentro de um balde com água, no quintal da casa. Segundo vizinhos, o imóvel está abandonado há alguns anos.
A ação foi baseada no decreto nº 31.406, de 2009, que autoriza os agentes de combate à dengue a entrar em locais sem a presença do responsável, depois de três tentativas, e contou com apoio da Guarda Municipal.
Jovens têm mais riscos
A disseminação do vírus da dengue entre a população jovem com a volta do vírus tipo 1 no Estado do Rio de Janeiro tem preocupado as autoridades de saúde, segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe.
O vírus tipo 1 não era detectado desde meados da década de 1980, mas reapareceu no ano passado. Com isso, jovens, crianças e adolescentes, que nasceram após esse período, não têm imunidade ao vírus, ficando mais suscetíveis à doença.
- As pessoas que nasceram no final da década de 80 não têm imunidade. É uma população muito grande suscetível ao vírus.
Segundo Chieppe, do total de casos investigados pela secretaria, apenas 4% tiveram complicações e 1% foi considerado grave.
Outra preocupação é com os municípios da Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, cidades onde a grande densidade populacional aumenta o risco de contaminação da dengue, que atinge seu pico nos meses de março e abril.
O Rio de Janeiro está entre os 16 Estados com alto risco de epidemia de dengue, segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde.
The confirmed cases of dengue in the city of Rio de Janeiro, until April 25, total 27,649 infected, according to daily balance sheet released on Monday (25) by the Municipal Health In 30 days, the leap of notifications was 158.9%, when there were 17,390 cases.
The districts most affected, considering the number of cases in each region, are Santa Cruz, with 2,963 notifications, Campo Grande (2746) and Jacarepagua (2123).
However, when the proportion found by the number of properties, one finds that the south is not free of the disease. Instead, two suburbs of the region have the highest rates of infestation by the mosquito of dengue and the state capital are in the process, at least formally, of an epidemic.
According to data released by the secretary, in the São Conrado manifestation index is 14.3 per thousand in property - found 143 areas with outbreaks. In the region of Lagoa data is even more alarming, with 16.3 per thousand property - found 163 foci of Aedes aegypti.
The rate of manifestation of the city of Rio de Janeiro is at 3.4%. When this rate is above 4%, according to WHO (World Health Organization), the region would already be at high risk of epidemic. The Ministry of Health reported rates above 1% have to be monitored.
In the opinion of Alberto chebab, Head of the Department of Infectious Diseases, University Hospital Clementino Fraga Filho, UFRJ (Federal University of Rio de Janeiro), the city is about to live an explosion of dengue cases.
- The level of infestation is a predictor [predecessor] of an epidemic. Where there is too much mosquito high possibility of an epidemic, but to spread the disease is necessary to combine three factors: very mosquito, a strong or novel virus in circulation and a susceptible population. The three factors exist in the River The likelihood is that in 2012 has more cases than this year. If you continue this increasing number of reports, we'll have an explosion of cases.
Municipalities in mind
However, the cities of Bom Jesus de Itabapoana, St. Anthony of Padua, Canterbury, Mangalore, Lamb, Guapimirim Seropédica, Mage, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Great Quissamã, Oyster Bay, Angra dos Reis Mosque , Brooms and Cambuci are seen with greater caution due to their larger epidemic risk.
The Secretariat of Health Surveillance continues to be emphasized that the observed reduction in the number of notifications in the following cities: Bom Jesus de Itabapoana Seropédica, Niagara Falls, St. Anthony of Padua, among ten other municipalities that also have a reduction in the number of notifications.
Deaths
The State Department of Health until the April 20, recorded 39 deaths, in the following cities: New Delhi (3), Duque de Caxias (3) Niagara Falls (2), Cabo Frio (1), São Gonçalo (5) , Marica (1) mosque (2), Rio de Janeiro (13), St. John of Merit (four) and São José do Vale do Rio Preto (1), Bom Jesus Itabapoana (1) Itaocara (1) Itaperuna (1), the Oyster River (1).
Outbreaks
The Municipal Health and Civil Defense inspected on Wednesday (20), looking for outbreaks of dengue, which closed the fifth property owner did not respond to reports from city hall.
At home, located in the neighborhood of Andaraí, north, were found likely outbreaks of the mosquito Aedes aegypti. The site has been targeted for termination of nearby residents.
The property had an accumulation of leaves and garbage in the outside area. The tank lid was broken and the agents installed a new one. In the pool, there was debris and outbreaks of mosquito.
At the site, were placed larvivorous fish (which feed on larvae). There were also outbreaks in a bucket with water in the yard. Neighbours said the property has been abandoned for some years.
The action was based on the Decree No. 31406, 2009, authorizing the agents to combat dengue fever to get into places without the presence of the perpetrator, after three attempts, and had the support of the Municipal Guard.
Young people are more at risk
The spread of dengue virus among young people with the return of type 1 virus in the state of Rio de Janeiro has worried health officials, according to the superintendent of Epidemiological Surveillance and Environmental Health of the State Secretariat of Rio, Alexandre Chieppe.
The type 1 virus was not detected since the mid-1980s, but reappeared last year. Thus, youth, children and adolescents who were born after this period they had no immunity to the virus, becoming more susceptible to disease.
- People who were born in the late 80's have no immunity. It is a very large population susceptible to the virus.
According Chieppe, the total cases investigated by the department, only 4% had complications and 1% were considered serious.
Another concern is with the municipalities of the Baixada Fluminense, Niteroi and Sao Goncalo, big cities where the population density increases the risk of contamination of dengue, which reaches its peak in March and April.
The Rio de Janeiro is among the 16 states with high risk of dengue epidemic, according to a survey released by the Ministry of Health
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