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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Herpes genital pode ser transmitida mesmo sem sintomas Genital herpes can be transmitted even without symptoms

Estudo mostra que transmissão não está ligada aos sinais clínicos da doença, mas à atividade do vírus
Study shows that transmission is not linked to clinical signs of disease but the virus activity
estadão.com.br


SÃO PAULO - Um estudo conduzido por Anna Wald, da Universidade de Washington, e Fred Hutchinson, do Centro de Pesquisa do Câncer de Seattle mostrou que há um alto risco de transmissão de herpes simplex tipo 2 (HSV-2), que é mais comum na região genital, por aqueles que nem sabem que têm o vírus e não sentem os sintomas da doença.


"Herpes simplex tipo 2 é uma das infecções mais frequentemente transmitidas sexualmente no mundo, com uma estimativa de 536 milhões de pessoas infectadas e uma incidência de 23,6 milhões de casos entre pessoas com idades entre 15 e 49 anos. Nos Estados Unidos, 16% dos adultos apresentam HSV-2, mas apenas de 10% a 25% dos infectados reconheceram a herpes genital. Mais ainda, a maioria das infecções de HSV-2 são de pessoas sem histórico clínico da doença", escreveram os autores. Assim, fica claro que o risco de transmissão sexual não é correlacionado ao reconhecimento dos sinais clínicos e sintomas, mas sim com a atividade do vírus.

Para este estudo, a equipe de pesquisadores comparou, entre março de 1992 e abril de 2008, taxas e padrões da transmissão da doença na região genital em 498 pessoas infectadas. Cada participante coletou amostras da secreção genital pelo período mínimo de 30 dias. A taxa de transmissão foi medida por reação em cadeia de polimerase (um tipo de teste para DNA viral).

"Nossas descobertas sugerem que a "melhor prática" de gerenciamento da infecção em pessoas que souberam que têm o vírus por teste sorológico devem incluir uma orientação considerando os sintomas na região genital e o aconselhamento sobre o potencial de transmissão. O problema da infecção é tanto uma questão de gerenciamento do pacientes quanto de interesse de saúde pública. A primeira preocupação dos infectados com HSV-2 é o risco de transmissão aos parceiros sexuais; na nossa experiência esta é a principal fonte de angústia dos pacientes com herpes genital", dizia o texto encaminhado pelos autores.

Os pesquisadores disseram que vários métodos que parcialmente reduzem o risco de transmissão para os parceiros sexuais já foram identificados. "O uso de camisinha, terapia diária com valaciclovir e a revelação sobre a infecção diminui pela metade o risco de transmissão de HSV-2. No entanto, estas abordagens atingem uma porção pequena da população. Uma das razões para um efeito tão limitado é que poucas pessoas sabem sobre sua infecção com HSV2.

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,estudo-alerta-para-a-falta-de-informacao-das-pessoas-com-herpes,705375,0.htm

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