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domingo, 22 de maio de 2011

Cientistas descobrem suplemento dietético que previne pré-eclâmpsia

Tomar um suplemento dietético rico em aminoácidos e vitaminas antioxidantes durante a gravidez pode reduzir o risco de pré-eclâmpsia entre as mulheres, uma complicação médica da gestação associada à hipertensão.

Segundo publicação na última edição da revista "British Medical Journal", a doença está ligada a uma deficiência de L-Arginina, um aminoácido que ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo durante a gravidez.

A pré-eclâmpsia é uma complicação séria que provoca o aumento da pressão no sangue durante a gestação, que pode afetar tanto a mãe como o feto, e que é registrada em aproximadamente 5% das mulheres grávidas pela primeira vez.

Um grupo de pesquisadores do México e Estados Unidos testaram a teoria de que uma combinação de L-Arginina e antioxidantes previne o desenvolvimento do problema em mulheres com alto risco de adquiri-lo.

Participaram do estudo 672 mulheres grávidas de cinco meses, divididas ao acaso em três grupos diferentes.

O primeiro deles recebeu diariamente uma dose de L-Arginina e vitaminas antioxidantes, enquanto ao segundo foram oferecidas apenas vitaminas. O terceiro recebeu um placebo.

Ao final do experimento, a doença foi desenvolvida por 30,2% das mulheres do grupo que recebeu o placebo e 22,5% das mulheres que só receberam vitaminas.

Já entre as grávidas que tomaram L-Arginina, apenas 12,7% sofreram a complicação.

A equipe de cientistas concluiu então que as mulheres tratadas com L-Arginina e vitaminas estavam menos propensas a desenvolver pré-eclâmpsia em comparação ao grupo que tomou placebo, e que a ingestão de vitaminas, por si só, não reduz de maneira conclusiva os efeitos da doença.

O estudo também mostrou que a L-Arginina e as vitaminas permitem reduzir o risco de parto prematuro.

"Trata-se de um tratamento de baixo custo que pode ajudar a reduzir o risco de sofrer pré-eclâmpsia e evitar os nascimentos prematuros associados a essa complicação", afirmaram os autores da pesquisa.

No entanto, em um editorial que acompanha o estudo, dois especialistas destacam que ainda resta um longo caminho a ser percorrido na investigação dos efeitos da L-Arginina.

Ainda há dúvidas sobre como essa substância se complementa com as vitaminas, quais são os potenciais efeitos negativos da L-Arginina, e como outros grupos da população reagem à substância.

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