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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cirurgia repõe nódulos linfáticos retirados de axilas


Alguns dos melhores cirurgiões plásticos dos EUA se reuniram em Manhattan, no mês passado, para observar uma operação experimental que pode curar o linfedema, complicação séria no tratamento do câncer de mama.

Enquanto alguns cirurgiões se aglomeravam em uma sala de Nova York, outros assistiam à transmissão ao vivo do vídeo de Corine Becker, médica francesa pioneira na técnica. Ela recolhe gânglios linfáticos da virilha do paciente e os transplanta para as axilas, de onde tinham sido removidos mais cedo durante o tratamento do câncer.

Becker alerta que extrair muito tecido pode machucar o paciente e até causar linfedema em outro membro.

Esse procedimento inovador --chamado de transferência autóloga de nódulo linfático vascularizado-- é usado para tratar o linfedema, efeito colateral comum do tratamento do câncer de mama.

Acredita-se que a remoção dos nódulos linfáticos debaixo dos braços, o mais próximo da área afetada, é capaz de deter o avanço do câncer.

Novas pesquisas, no entanto, sugerem que esse procedimento pode ser evitado em muitos casos. A perda de nódulos linfáticos normalmente leva a inchaços e dores crônicas no braço.

Na nova cirurgia experimental, os nódulos linfáticos que faltam são substituídos com outros, transplantados de outras partes do corpo. Se tudo sair como o esperado, os novos linfonodos ficam "em casa", começando a filtrar resíduos e drenar fluidos que se acumularam no braço.

Apesar disso, a operação é controversa e tem riscos. Embora tenha sido registrada a cura de alguns pacientes e a melhora de muitos outros, ela é pouco realizada.

Até seus defensores propõem que ela deva ser reservada a pacientes que não respondem ao tratamento convencional.

O primeiro teste clínico da técnica está sendo realizado agora em Nova York. Apesar da ausência de dados conclusivos sobre o sucesso, a demanda pelo procedimento certamente irá crescer.

Alguns estudos sugerem que o linfedema se desenvolva, dentro de cinco anos, em até 40% das mulheres que se submetem à cirurgia contra câncer de mama.

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