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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mamógrafos são suficientes, mas estão mal distribuídos, diz Ministério

Levantamento mostra que equipamentos estão concentrados no Sudeste.
Exame é o melhor meio de detectar câncer de mama precocemente.

Brasileiras esperam até dois meses para fazer a mamografia, um exame de rotina, importante no combate ao câncer de mama. Um levantamento do Ministério da Saúde, divulgado hoje, afirmou que a demora não é por falta de estrutura, pois o país tem equipamentos suficientes para atender a todas.

Hoje, 1.285 mamógrafos estão em funcionamento no Brasil. Segundo cálculos do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 795 seriam o bastante para suprir a demanda. O problema, de acordo com o estudo, é a distribuição dos aparelhos.

Os mamógrafos estão concentrados nas grandes cidades e, principalmente, no Sudeste. No Acre, no Amapá e em Roraima, eles só se encontram nas capitais. Isso faz com que mulheres tenham que enfrentar longas distâncias para fazer o exame – o problema se repete em outros estados, mesmo com a distribuição um pouco melhor de aparelhos.

Outra dificuldade que o país enfrenta é o alto número de mamógrafos parados. Ao todo, 223 estão com defeito e sem manutenção, e outros 27 sequer saíram de suas caixas. Minas Gerais é o estado com o maio número de equipamentos sem uso: 36. Somente Santa Catarina e Roraima não têm mamógrafos parados.

O Ministério da Saúde promete investir mais de R$ 170 milhões para resolver os problemas. “Vamos fazer um grande esforço com os estados e municípios para dobrar o número de técnicos em radiologia. E existem poucas empresas que fazem a parte de manutenção. Por isso, o Ministério vai chamar as empresas, junto aos estados, para insistir que elas façam. Vamos usar o peso do Ministério para que elas coloquem inclusive núcleos de assistência técnica onde não tem ainda pelo Brasil”, afirmou o ministro Alexandre Padilha.

Quanto mais cedo um câncer de mama é descoberto, maior a eficácia do tratamento, o que aumenta a importância da mamografia. “O autoexame deve continuar sendo feito, mas é importante deixar claro que ele não substitui a mamografia, que é o exame ideal para a detecção precoce do câncer de mama”, disse João Nunes Neto, médico e diretor do Centro de Câncer da Universidade de Brasília (UnB).

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