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sábado, 25 de junho de 2011

Meninas usam hormônios para retardar a menstruação e crescer mais

Pelos, espinhas, aumento dos seios, suor e calcificação dos ossos. Após a primeira menstruação, as meninas precisam se acostumar com as modificações que o corpo sofre. No entanto, algumas delas utilizam hormônios para retardar este processo, principalmente para poder crescer um pouco mais.

Problemas com a altura fazem meninas atrasarem a menstruação
Gabriela*, de 18 anos, percebeu logo no início da puberdade que não iria crescer muito. Filha de pais baixos – com cerca de 1,60cm de altura – a expectativa era de que ela crescesse apenas até 1,50cm. “Não era isso o que eu queria, então fui atrás de ajuda médica”, disse a jovem.

“Meus pais não gostaram muito, mas o ginecologista os deixou mais calmos”, afirmou. Segundo o presidente da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), Nilson Roberto de Melo, a prescrição de hormônios para o retardamento da primeira menstruação é indicada em casos deste tipo.

“Os hormônios prescritos para adolescentes retardarem o processo de puberdade fazem com que os ossos tenham um pouco mais de tempo para crescer. Assim, é comum que sejam indicados medicamentos para que o corpo espere mais um pouco”, disse o especialista. Segundo ele, o remédio chega à hipófise (glândula que produz os hormônios) e faz com que a primeira menstruação seja protelada, ou seja, adiada.

Gabriela começou o tratamento com 11 anos. Hoje, com 18, ela possui 1,58cm, oito centímetros a mais do que o esperado. “Não podemos esquecer que o fator genético é predominante. Não é tomando hormônios que a jovem poderá chegar a ter 1,80cm”, explicou Melo.

Vaidade

Mas e quando o assunto é vaidade? Algumas meninas procuram os consultórios com a intenção de ganhar altura sem necessidade. “Nestes casos é preciso que os pais avaliem bem. Como médico, acredito que os hormônios devem ser indicados quando há um problema. Caso contrário, sou contra”, disse o presidente da Febrasgo.

Segundo Melo, não existem estudos de contraindicação do método, “mas é bom lembrar que o tratamento não é barato”. Além disso, “as adolescentes precisam estar com receita médica para receber a medicação, que consiste em uma injeção debaixo da pele”.

Embora seja um processo demorado e que demande um alto custo, Gabriela diz estar satisfeita: “Não ouço mais brincadeirinhas de mau gosto e sinto que meu peso está melhor distribuído. Estou feliz com o resultado”, afirmou.

*O sobrenome da personagem não foi divulgado para preservar sua identidade.

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