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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Profissionais de saúde da rede privada participam de treinamento para diagnóstico de dengue

Rio de Janeiro - Cerca de 50 profissionais de saúde da rede privada participam hoje (2) de um treinamento promovido pelo Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro, para diagnosticar precocemente casos de dengue. De acordo com a médica Lúcia Alves da Rocha, especialista em doenças tropicais, a identificação dos primeiros sinais da doença e a orientação adequada ao paciente são fundamentais para evitar que os casos evoluam para a morte.


Somente este ano, 88 pessoas morreram de dengue no estado do Rio, 31 apenas na capital fluminense. De acordo com o último balanço, divulgado ontem (1º) pela Secretaria Estadual de Saúde, de 2 de janeiro a 28 de maio foram notificados 117.922 casos suspeitos da doença.

“As equipes de saúde que prestam o atendimento primário precisam interpretar as informações que o paciente nos traz e considerar a doença, principalmente se a região for endêmica e se a época for de maior demanda”, afirmou durante sua palestra.

A especialista também destacou que em muitos casos o diagnóstico precoce pode não ser tão preciso porque os sintomas da dengue se assemelham aos de outras doenças. Quando o profissional não estiver absolutamente seguro, no entanto, ela recomenda que haja uma observação mais profunda do quadro apresentado, com base na classificação de risco da doença e conforme recomendações do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), no Ministério da Saúde.

De acordo com a médica, quando o paciente não apresentar sinais de gravidade, os cuidados são básicos e incluem a imediata hidratação oral, repouso e uso de analgésicos e antitérmicos. Nos casos em que o paciente apresentar sinais de agravamento, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes ou desmaios, as recomendações variam desde manter o paciente em observação no serviço ou unidade de saúde até a internação em unidade de terapia intensiva (UTI).

“Por isso é fundamental que o profissional de saúde esteja capacitado a identificar os sinais da doença e orientado sobre quais medidas adotar diante de casos suspeitos da dengue para agir de acordo com cada situação que se apresentar”, ressaltou.

Lúcia Alves da Rocha reconheceu, no entanto, que a superlotação nos serviços de emergência, tanto públicos como privados, é um problema que pode atrapalhar esse procedimento.

“É preciso organizar a atenção primária para atender quem não tem gravidade e, quando houver, saber encaminhar para um atendimento mais especializado”, afirmou.

O advogado Pedro Carvalho, que procurou há cerca de um mês uma unidade de saúde na zona oeste do Rio de Janeiro com suspeita de dengue, disse que foi bem orientado e, mesmo sem a confirmação clínica do diagnóstico, recebeu um folheto com indicações do que fazer para se manter hidratado e buscar novo atendimento em caso de piora do quadro de saúde.

Segundo ele, no entanto, o tempo de espera para receber o atendimento foi o maior problema.

“Eu até fui bem atendido, fiz o exame de sangue para verificar o número de plaquetas e fui colocado no soro. O problema é que só para ser atendido precisei esperar quase três horas na fila. Isso para alguém que está doente é terrível”, reclamou.

O treinamento é promovido pela Agência Nacional de Saúde (ANS), vinculado ao Ministério da Saúde, e está marcado para ocorrer também, nos próximos meses, em São Paulo e em Belo Horizonte.

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