Mais equilíbrio resulta em menos quedas e, consequentemente, menos fraturas
Mulheres que fazem reposição hormonal a partir dos 50 anos sofrem menos perda de massa óssea, têm mais equilíbrio e consequentemente caem menos e se machucam com menos gravidade. A descoberta é resultado de três estudos sobre a menopausa e a reposição, apresentados pelo departamento de pós-graduação da faculdade de medicina de Botucatu (UNESP), no Congresso Mundial de Menopausa, no início deste mês.
Os pesquisadores, coordenados pelo professor da pós-graduação, Jorge Nahas Neto, avaliaram cerca de 420 mulheres que faziam reposição hormonal no ambulatório da faculdade.
“Nós queríamos avaliar até que ponto a massa óssea é determinante, até que ponto ela interfere ou não no equilíbrio das pacientes. E percebemos que a tendência é que quanto maior, mais a paciente se mantém equilibrada; quanto menor, mais ela fica vulnerável a quedas”, explica Nahas Neto.
No entanto, os médicos não conseguiram estabelecer uma relação de causa direta entre a melhora do equilíbrio e a reposição hormonal. “Com essa terapia, há uma melhora no sistema cognitivo, a mulher fica mais atenta, mais ligada, passa a ter equilíbrio melhor e massa óssea de melhor qualidade”, avalia o médico. Os hormônios fortalecem a massa óssea, melhoram a musculatura e combatem a perda de fibras musculares, completa.
Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, cerca de 31 mil brasileiros acima dos 60 anos foram internados com complicações decorrentes de quedas. Do total, as mulheres são as mais atingidas, representando 67% dos casos.
Quando a terapia é indicada?
Para o professor, que também é delegado da Sociedade Brasileira de Climatério, a terapia de reposição hormonal deve ser avaliada com muito critério. “Se a mulher tem os sintomas clássicos da menopausa, como transpiração excessiva, calores, perda de massa óssea e de apetite sexual, ela deve conversar com seu médico e analisar se a terapia é indicada para ela”, recomenda.
Fonte IG
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