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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cerca de três pessoas são vítimas de morte súbita anualmente nos principais estádios do RS

Presidente da torcida Super Fico, Marcelo Kripka, morreu neste domingo durante o jogo Inter e Vasco, no Beira-Rio

A morte do presidente da torcida Super Fico, Marcelo Kripka, neste domingo durante o jogo Inter e Vasco, no Beira-Rio, surpreendeu amigos e familiares do colorado de 55 anos. O incidente foi um caso de morte súbita, fato que costuma ocorrer cerca de três vezes por ano em estádios, segundo o médico Marco Schitz, coordenador do SOS Unimed — serviço que atendeu Kripka.

— A parada cardíaca que leva à morte súbita não é incomum e pode ocorrer em qualquer local onde há uma grande concentração de pessoas, como shows, aeroportos e também em estádios — explica.

Segundo o médico, a emoção e o estresse que são comuns em torcedores durante um jogo podem ser fatores de risco. No entanto, os dados estatísticos mostram que a frequência deste tipo de evento não é maior em estádios se comparada com outros locais de grandes aglomerações.

Infarto
O infarto agudo do miocárdio é o maior responsável pela morte súbita. Estima-se que, pelo menos 30% destes pacientes, assim como o presidente da torcida do Internacional, não conseguem chegar com vida ao hospital.

De acordo com Schitz, metade das pessoas que morrem nestas circunstâncias nunca tiveram nenhum sinal de risco conhecido. Contudo, assim como a urgência no atendimento, a prevenção baseada nos fatores de risco e a atenção aos sintomas são fundamentais para evitar a morte súbita.

— A obesidade, a hipertensão, o tabagismo e o estresse são fatores de risco conhecidos e devem ser prevenidos. Além disso, quanto mais a pessoa estiver atenta aos sintomas, mais rápido ela vai procurar atendimento e mais chances existem de ela ser tratada — alerta.

Dor no peito, suor, tontura e enjoo são os sintomas mais comuns do problema.

O histórico familiar também é um fator de risco, ou seja, pessoas que têm casos na família têm maior probabilidade de sofrer uma parada cardíaca.

Conforme Paulo Peres, o presidente da Super Fico era hipertenso e seus pais morreram desta mesma forma, porém, pouco antes do incidente, Kripka não apresentava sintomas.

— Estive com ele uns 20 minutos antes. Ele havia se alimentado bem e estava bebendo líquido. Não bebia álcool e nem fumava — lamentou Peres.

Fonte Zero Hora

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